CAPÍTULO 28

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— E agora?

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— E agora?

Perguntou Martina, confusa, quando o ar faltou, e os dois se separaram, ofegantes. Ainda estavam com as testas encostadas, e abraçados.

— Agora, esse vai ser o seu segredo. O meu segredo. O nosso segredo. — respondeu Diego. Martina riu da conjugação que ele fez, e ele sorriu.

— Até quando? — perguntou ela, perdida no olhar dele.

— Até... Jorge descobrir e queimar nós dois vivos. — respondeu ele, e Martina fez uma careta, fazendo-o rir.

— Não demore, por favor, Diego. Não demore a voltar para mim. — pediu ela, franzindo a sobrancelha, não queria que ele fosse.

— Logo estarei aqui, de volta para você. — sorriu de canto — Ansiosamente, se ainda me quiser. — ela riu.

Ele inclinou-se, novamente, e a beijou.

Medo; felicidade; paixão; ansiedade; remorso.

Vários sentimentos se entrelaçam ali, mas não importava.

Depois ele foi embora, deixando uma Martina com seus pensamentos. Agora ela tinha uma perspectiva.

Ela era, desejada.

— Onde você estava? — perguntou Jorge, quando ela entrou em casa, rumando a escada para o segundo andar.

— Andando a cavalo. — respondeu ela, sem dar atenção.

Em parte era verdade. Agora que tinha Seth, era mais fácil ir e voltar do chalé.

— Diego já foi. Estranho você não ter vindo se despedir dele, pensei que fosse seu amigo. — pressionou Jorge, desconfiado.

— E ele é. Eu o encontrei no caminho, já me despedi, com licença. — ela deu as costas e subiu as escadas.

Tinha um sorriso no rosto ao entrar no quarto. Pelo menos, Jorge estava pagando pelo que lhe fazia.

O rosto de Diego estava aceso em sua memória, como um último sopro de ar, a quem estava asfixiando.

Mas ela não morreria. Ele era sua salvação.

Ela sorriu ao entrar no banheiro, se sentiu mais bonita. Não sabia se era pelo seu rosto corado, ou se era impressão sua, ou se a cor de seus cabelos estavam mais vivos.

Ela riu consigo mesma, enquanto, ia abrindo a torneira para encher a banheira.

Pareço uma adolescente. — pensou consigo mesma, sorrindo ainda mais.

Os dias foram passando.

O remorso invadiu Martina. Não por Jorge — que ele fosse pro diabos —, mas por Valéria. Diego estava com ela agora, e estava longe. Isso, definitivamente, não ajudava em nada.

— Carta do Diego. — disse Xabiani, remexendo as correspondências na mão.

Martina ergueu o rosto, olhando-o, enquanto ele lia o papel.

— Disse que está tudo bem por lá. Que a viagem foi tranquila, e que todos estão bem. — ele passou o olhar pelo papel — Diz que está ansioso para voltar, mais que o normal. — ele franziu o cenho, lendo o papel, em silêncio. Martina empalideceu, que diabos Diego havia escrito ali? — Manda lembranças a Martina, e só. — ele passou as outras cartas.

Fez de propósito. — pensou Martina, reprimindo um sorriso. Era típico de Diego provocá-la.

O tempo de Martina era vago. Vago demais.

— O que você está fazendo? — perguntou Mercedes, em uma tarde, entrando na sala de estar.

Lodovica, tricotava uma touquinha branca para o bebê, e Martina, bordava um pano.

— Hum? Ah, nada. Só estava... — ela arregalou os olhos.

No tecido branco havia bordado, em vermelho, "DIEG"; o último "O" estava em andamento já.

— Só estava bordando. Não tinha nada para fazer. — sorriu, tirando o lenço que bordava da forma.

— Por que está queimando? — perguntou Mercedes, ao ver Martina jogar o lenço nas chamas da lareira.

— Não estava adequado. — sorriu, voltando ao seu posto.

Se pôs a bordar lenços, jogos de cama, e tudo para o chalé. Pelo menos serviria de alguma coisa.

— Eu sinto falta dele, também. — observou a menina, enquanto se sentava ao lado de Martina. — É claro que, agora é melhor, já que posso sair do quarto, mas, ainda assim. — Martina sorriu, triste.

Mas, os dias foram se passando, e não havia mais o que bordar.

Diego não voltou.

Martina expulsava, a todo custo, a melancolia dentro de si, mas não era fácil. Nem ânimo mais para discutir com Jorge, ela tinha.

Diego não escreveu, sabia que era arriscado demais, mas não ter notícias dele era pior.

Diego não escreveu, sabia que era arriscado demais, mas não ter notícias dele era pior

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora