CAPÍTULO 62

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Depois do que houve, Martina e Jorge não conversaram mais

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Depois do que houve, Martina e Jorge não conversaram mais.

Quando se falavam, era só para discutir.

Em compensação, Martina e Diego estavam mais apaixonados que nunca.

E, o pequeno Pedro crescia saudável.

— Lodovica, não! — insistiu Xabiani, com a esposa, calmamente.

— Mas eu não quero ir sozinha. — retrucou a morena, fazendo bico.

Martina estava passando pelo corredor, e achou graça da voz da irmã.

Ia continuar seu caminho, sozinha, quando ouviu seu nome.

— Mas a Martina não, enlouqueceu? — perguntou ele, quase em um murmúrio.

— Quem mais, então? — questionou ela, olhando o marido.

— Eu vou com você. — propôs ele, calmamente.

— Amor — ela soltou uma risada fraca. —, você não entende nada disso.

Xabiani não respondeu, viu que já tinha sido derrotado.

— Eu preciso comprar roupinhas para Pedro, para Mercedes, para Théo, e coisas para casa. Só a Tini pode me ajudar.

— Lodo, meu amor… — começou ele, dando alguns passos, e passando a mão no cabelo. — Seattle inteira está comentando, abertamente, sobre Jorge e Capitu. Ele anda com ela pela cidade durante o dia. Se Martina for, vai criar uma situação desagradável. — ele suspirou, olhando para a esposa. — Eu não quero você envolvida nessa história.

Martina, após ouvir isto, deu alguns passos para trás, e fingiu estar chegando — novamente.

Dessa vez, ela foi pisando forte, para que as botas fizessem barulho no assoalho, e percebeu que Lodovica e Xabiani se calaram.

— Lodo? — chamou ela.

— Oi? — respondeu a irmã, tentando parecer normal.

— Quando você vai à cidade? — perguntou Martina, tranquila.

Xabiani e Lodovica, se encararam, brevemente.

— Eu… — começa ela, olhando para o marido, com os olhos arregalados, mas logo, desvia o olhar para a irmã. — Eu estava pensando em ir amanhã, se não estiver chovendo muito, claro. — respondeu ela, soltando um pigarro, e desviando o olhar da irmã, nervosa.

Uma das características marcantes que Lodovica tinha, é que ela não conseguia disfarçar quando estava nervosa.

— Por… por que? — perguntou ela, ainda sem olhar a irmã.

— Quero comprar um vestido. — respondeu Martina, calmamente, achando graça do desespero da irmã. — Vou ir com você, tem algum problema? — perguntou ela, olhando para Xabiani.

— Nenhum. — respondeu ele, indo para trás da esposa, para tentar acalmá-la. — Assim, você faz companhia a Lodovica.

— Perfeito, então. — disse ela, sorrindo. — Vocês viram o Diego? — perguntou, querendo acabar com o assunto.

— Estava no escritório, organizando alguns papéis. — respondeu Xabiani, sentando a esposa, que ainda estava nervosa, em um banquinho que tinha no quarto deles.

E, Martina segurou o riso com a cena.

— Com licença. — disse ela, segurando a aba do vestido, e saindo.

Martina caminhou pensativa até o escritório.

Era só o que me faltava, ter de ficar presa em casa por causa de Jorge. — pensou ela, enquanto descia as escadas da mansão. — Não vou ficar presa.

Ela não precisava de vestido algum, mas iria para comprar mais vestidos pretos.

Não tinha muitos, e agora, essa era a única cor que usava.

— Posso interromper? — perguntou ela, entrando no escritório.

— Poder não pode, mas já que interrompeu. — respondeu Diego, sem dar atenção, e Martina ergueu uma sobrancelha, fazendo-o rir. — Estou brincando. — disse ele, e Martina sorriu.

— Tem algum compromisso para amanhã? — perguntou ela, aproximando-se dele, após fechar a porta do escritório.

— Preciso deixar alguns pacotes no correio; checar alguns papéis; e fora, o trabalho normal. Por que? — perguntou ele, oferecendo a perna esquerda para ela sentar.

— Irei ao centro com a Lodovica amanhã. — respondeu ela, sentando no colo dele. — Pensei que você pudesse ir conosco. — disse ela, calma.

Diego lhe fazia um bem incalculável.

— Que horas vocês irão?

— Pela manhã, após o café. Mercedes, Théo e Pedro precisam de roupas, e Lodovica e eu, vamos abastecer a casa. Além do mais, queremos voltar antes do almoço.

— Irei sair cedo, antes do café. Assim, resolvo o que tenho que resolver e encontro vocês lá. — disse ele, sorrindo torto.

— Não precisa. — disse ela, acariciando o rosto dele. — Eu só o convidei, porque pensei que você não iria estar ocupa…

Diego interrompeu a fala dela, colocando um dedo nos lábios dela.

— Calada. — ordenou ele, brincando — Encontro vocês lá, e ponto.

Martina sorriu, e ele estendeu o rosto, esperando um beijo.

Ela fez uma cara pensativa, como se estivesse avaliando ele, e Diego ergueu a sobrancelha. Logo, ela riu, e o beijou.

 Logo, ela riu, e o beijou

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora