CAPÍTULO 74

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Os dias foram passando normalmente

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Os dias foram passando normalmente.

Nada mudou. Só a apetite de Martina, que estava mais aguçado, e ela vinha tendo ataques histéricos também, o que divertia Diego.

— Tini. — chamou Diego, certo dia, após abrir uma carta.

— Oi? — respondeu Martina, olhando para ele.

— Jorge.

Martina sentiu uma pontada no estômago ao ouvir o nome do marido. Nada de bom seria.

— O que ele fez agora? — perguntou ela, tentando se preparar.

— Ele mandou trazerem a Vale. — constatou ele, levantando-se. — Volto logo. — avisou ele, e saiu, pisando forte.

Martina ficou na sala, com a boca amargando de ódio.

Então, ele realmente mandou trazerem Valéria? — pensou consigo mesma. — Ótimo.

Era só o que ela precisava.

O ciúmes tomou conta do seu corpo, ao pensar em Valéria, dividindo o quarto; dividindo uma vida com Diego. Enquanto isso, Jorge lá, traindo ela à vontade com Capitu.

Se não fosse ela, sua vida ainda seria um conto de fadas.

Martina, antes que pudesse calcular, levantou-se, e subiu as escadas correndo. Mas não parou no segundo andar.

Chegando no corredor, direcionou-se à esquerda, e andou, rapidamente, para a escada do terceiro andar.

Pela segunda vez, os olhos do quadro de Capitu focalizaram ela, ironicamente e provocadoramente.

Martina ofegava de ódio.

Havia uma lamparina ali — já que Jorge não deixou que instalassem luz. Ela foi até a estante, e pegou o primeiro arquivo de cartas. Sorrindo maldosamente, pôs-se a rasgá-las, uma por uma.

Logo, um monte de papel picado, se fazia pelo chão.

Martina rasgou todas, não deixou nenhuma inteira para deixar de recordação.

Depois, puxou a estante com toda força. A estante emborcou no chão, com um estrondo, e Martina ouviu o vidro das delicadas portinhas se quebrarem.

— Senhora? — chamou Mirta, no andar de baixo.

Nem sob o indício evidente da destruição, tinha coragem de desobedecer Jorge.

— Saia daqui, Mirta. E, manda todos saírem. — ordenou ela, pegando a lamparina, e quebrando-a em seguida.

Jogou a querosene em cima da enorme pilha de papel picado, e acendeu, fazendo uma fogueira.

Diego entrou no escritório dos Blanco, como um furacão.

Jorge estava sentado em sua mesa, escrevendo algo.

E, Xabiani, que estava de pé, entrou no caminho do irmão, que ia golpear Jorge, que estava distraído.

— DIEGO! — rugiu Xabiani, entrando no caminho de Diego.

— QUE PALHAÇADA É ESSA? — perguntou Diego, alterando o tom de voz, e erguendo a mão com a carta amassada.

Xabiani pegou o papel, e olhou.

Jorge já havia se levantado. Se ia brigar com Diego, queria estar de pé. Ele sabia da capacidade destrutiva do irmão, quando ele queria fazê-lo.

— Mandou tazer Vale? — perguntou Xabiani, confuso, ainda segurando Diego.

— Já havia passado da hora. — concluiu Jorge, sereno. — Vamos ver se assim, ele passa a cuidar mais da mulher, e deixa Martina em paz.

A próxima coisa que Jorge sentiu, foi algo acertando-lhe a testa, causando uma dor que lhe cegava.

Ouviu Xabiani gritar com Diego, enquanto sua visão escurecia, e ele caiu ajoelhado no chão.

Sentiu a mão que tocava sua testa, se enchendo de sangue.

Quando Jorge estava respondendo Xabiani, Diego aproveitou a distração do irmão, e pegou um peso de papel na mesa de Xabiani, e lançou com toda força no irmão, acertando-lhe a testa.

Longe dali…

Martina abriu as janelas do terceiro andar.

A fumaça estava lhe deixando tonta.

Pegou um caco da lamparina quebrada, e pôs-se a acertar os quadros de Capitu, com tanta força, que o vidro, cortava sua própria mão.

As telas, por fim, estavam completamente destruídas.

Martina pegou o vestido preto, que usara anteriormente, e o rasgou, em cada pedaço, a mão, jogando-o em um canto.

Pegou um pedaço de papel, em chamas, com a ponta dos dedos, e jogou no vestido, que, prontamente, começou a queimar.

Rasgou a tapeçaria do chão; o papel que decorava as paredes; tudo.

Iria acabar com tudo!

Enquanto isso, na cidade.

Xabiani levou Jorge ao hospital.

Jorge levou seis pontos na testa, ganhando um curativo ali.

Capitu apareceu — até hoje, não se sabe de onde —, e não desgrudou de Jorge, nem por um segundo. Irritando um Xabiani, e enojando um Diego, que só estava ali porque Xabiani o obrigou.

Por fim, seguiram para casa.

A surpresa se criou quando chegaram na mansão.

As janelas do terceiro andar estavam abertas, e cuspiam fumaça para o vento.

Martina. — murmurou Diego, com um sorriso crescendo no rosto.

 — murmurou Diego, com um sorriso crescendo no rosto

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora