CAPÍTULO 33

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— Agora, já chega!

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— Agora, já chega!

Disse Mercedes, decidida, entrando na sala que Jorge estava olhando os papéis.

— ONDE ELA ESTÁ? — perguntou ela, ficando de frente para o Jorge.

— Está falando comigo? — perguntou ele, como se estivesse olhando um inseto.

— Não, estou falando com a sua mãe, palhaço. — respondeu ela, cheia de si, fazendo Jorge franzir a sobrancelha — Eu ouvi os seus gritos, Jorge. Já faz seis dias! Onde ela está?

— Francamente. — balançou a cabeça, e saiu.

Anoiteceu, e Mercedes estava irredutível.

Quando amanheceu, saiu decidida do quarto.

Iria atrás de Diego.

— Vamos, Seth. Me ajude! — resmungou ela, pulando para subir no cavalo.

Como por milagre, Seth dobrou as duas patas da frente, se abaixando. Mercedes franziu a sobrancelha, mas logo montou.

Quase caiu quando o cavalo saiu a galope, ela se segurava firme nas rédeas.

Não fazia a mínima ideia onde Diego estava, mas precisava tentar.

Estava próxima a saída da fazenda, quando uma carruagem preta passou por ela, parando em seguida.

— Mercedes? — gritou Diego, saindo da carruagem, com Xabiani, Lodovica e Théo, a seu encalço.

Mercedes puxou as rédeas com tudo, e Seth voltou. Deu um pequeno gritinho, quando chegou perto de Diego, e o cavalo, inteligentemente, parou.

— Diego! — gritou ela, ofegante — Eu estava indo atrás de você.

Xabiani caiu no riso, e Lodovica sorriu do marido. Diego ergueu a sobrancelha, incrédulo.

— Ia à Madrid, atrás de mim, montada neste cavalo? — perguntou ele, como se não tivesse ouvido direito.

— Estava indo… mas, graças a Deus, você está aqui. — engasgou — Diego, a Tini… — ele ficou em alerta, e Xabiani parou de rir — Ela foi ao terceiro andar, e o Jorge apareceu do nada… eles brigaram… e eu acho que ele bateu nela, eu não sei. — Diego arregalou os olhos, franzindo a sobrancelha. — E ela, sumiu! Tem uma semana isso, eu não sei… ela não saiu da mansão, mas eu já procurei em tudo, e nada. — se engasgou, novamente.

Diego não disse nada.

Apenas puxou Mercedes do cavalo, pondo-a no chão, e montou em Seth.

Então, como uma rajada de vento, ele sumiu.

Meu Deus… — murmurou Xabiani, para si mesmo. — Vai na carruagem, Lodovica. — pediu ele, alterado.

Sentia que uma desgraça podia acontecer entre Jorge e Diego.

Pegou um dos cavalos que puxava a carruagem, e desapareceu atrás de Diego.

O cavalo ainda estava a galope, quando Diego pulou dele, na frente da mansão, mas, por algum milagre, nem se alterou. Apenas houve um pequeno impacto, como se tivesse dado um pulinho.

Subiu as escadarias da mansão, em um salto.

Seu faro foi certeiro.

O primeiro lugar onde ele foi quando entrou na mansão, foi o terceiro andar.

Mercedes já havia olhado o resto da mansão, e era bem a cara de Jorge deixar Martina lá.

Seu estômago revirou quando chegou no local.

Martina estava largada no chão, deitada de bruços. A camisola de seda, que ela usava, estava rasgada nas costas, e sua pele estava em carne viva.

Os braços tinham marcas vermelhas, mas as costas estavam — claramente, e extremamente —, feridas.

Fios de sangue desciam pelos lados, manchando a seda branca. Parecia alguém, que havia cometido um crime, e estava pagando por todos os seus erros.

— Tini! — chamou ele, depois de se abaixar ao lado dela, tirando algumas mechas de seu rosto. — Tini, fale comigo. — pediu atordoado.

Di — murmurou ela, abrindo os olhos devagar, e os fechando de novo. Um sorriso fraco brotou em seus lábios. — Você veio! — disse ela, com a voz falhando, e fraca, enquanto ele pegava em sua mão.

— Claro que eu vim. Me perdoe?! — pediu ele, com a voz atormentada — Eu demorei muito… eu deixei você. — ele deu um beijo no rosto dela, e um no canto da boca, Martina sorriu, fracamente. — Eu vou tirar você daqui.

Foi difícil.

Diego poderia carregá-la sem problemas. Mas, como fazer, se suas costas estavam, completamente, feridas?

Por fim, ele passou os braços dela por seu ombro, e a abraçou pelo quadril, ainda coberto pela camisola desfigurada, e saiu às pressas dali.

— TINI! — gritou Mercedes, assustada.

— Meu Deus! — Mirta pôs as mãos na boca, ao se bater com Diego.

— Chame um médico.

Foi a única coisa que ele murmurou, depois de estourar a fechadura da porta do quarto de hóspedes, com um chute, e entrar com Martina.

— Tini, pode me ouvir? — perguntou ele, ao vê-la de olhos fechados, ela assentiu de leve, quase imperceptível. — Eu vou pedir para Mirta tentar te dar um banho, ou pelo menos tirar o sangue, enquanto o médico não chega, tudo bem?

Martina assentiu, fraca.

Diego levou ela até o banheiro do quarto, e foi quando Mirta voltou.

— Cuidado com ela. — advertiu sério, antes de sair.

 — advertiu sério, antes de sair

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PECADO - JORTINIOnde histórias criam vida. Descubra agora