A Herdeira - Quebrando as regras

Capítulo Vinte: Rotina

-N/A

Hey, galera! Eu ia pedir desculpas pelo meu período sabático, mas sei que vocês querem me matar (com toda a razão).

Nem vou enrolar muito! Só dizer que espero que esse ano eu consiga comprar um computador novo, porque estou sofrendo um pouco para fazer as coisas. 

Próxima atualização vem domingo :) - é sério!

Boa leitura! 

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Acabei dormindo na casa de Leon... Não que eu quisesse que a vida tomasse esse rumo... Mas, sabe quando você quer muito comer chocolate, mas fez uma promessa que só depois que se realizar vai comer novamente o doce? Foi mais ou menos como me senti. A promessa foi cumprida à risca, porém, passei meses com abstinência de qualquer tipo de cacau até que tudo se ajeitou e eu voltei a comer chocolate. O primeiro pedaço foi como descobrir água no deserto.

- Vem, eu te levo para o Hotel, eu estou indo para lá também. – ele disse. Acordou mais cedo e deixou uma xícara de café e um pão com manteiga sobre a mesa da cozinha.

Eu bebi o café num gole só e levei o pão comigo. Ainda precisaria me trocar para trabalhar. No carro, não falamos muito, mas foi gostoso da sua maneira. Um silêncio cumplice.

Quando chegamos no Hotel, eu quase pedi para ele parar longe... E eu ir primeiro, mas quando saí do carro e ele também, ele fez a melhor coisa que poderia fazer na vida: segurou a minha mão e entramos de mãos dadas. Podia ver os olhos nos acompanhando... Mas, foi delicioso. Entramos no elevador juntos, eu desci primeiro com a promessa de nos vermos mais tarde. Entrei no meu quarto flutuando, coloquei meu uniforme e cheguei pontualmente no meu posto atrás do balcão da recepção. Nesse momento, tomei uma decisão muito séria: eu ia me esforçar ainda mais. Porque eu queria que quem me amasse tivesse orgulho de mim.

- O que foi isso? – Aline perguntou me encarando fixamente.

Eu só sorri. Perla deu um risinho e não quis falar nada. Mas, elas não se contiveram quando na hora do almoço Leon me chamou para ir com ele. Foi como um sonho! Acabamos trombando com Menezes que deu uma piscadela discreta antes de entrar no elevador.

- Vamos? – ele me estendeu a mão e me elevou até as alturas. Foi inacreditável. Fomos num restaurante próximo onde nos foi servido um salmão com arroz integral e batatas com ervas finas. Eu deveria parecer uma idiota, pois ele me olhava e dava uma risadinha assanhada.

- Animada?

- Estou ainda sem acreditar que isso está acontecendo... Quando você disse que as coisas iam mudar, mudaram, mudaram muito! – exclamei animada. A voz meio histérica sem querer.

- Eu disse que estava levando isso a sério.

- Espero. – brinquei. Mas, a brincadeira não era uma piada. Eu queria ver quando chegasse o fim de ano e a mãe dele voltasse.

- Com certeza.

As coisas estavam ótimas e, provavelmente, por causa disso, que o resto de férias passaram. Minhas aulas voltaram como uma nova grade que envolvia Antropologia e Cultura Brasileira, aprendizagem prática de alimentos e bebidas, fundamentos de marketing, gerenciamento de alimentos e bebidas, hospedagem, inglês II e o projeto-integrado.

No primeiro dia, imaginei que Pedro iria me ignorar. Mas, ele me surpreendeu.

- Olá. – ele me disse e se jogou sobre a cadeira como se fosse muito difícil de ficar em pé.