A Herdeira - Quebrando as regras

Capítulo quarenta: As Irmãs

Nota da Autora:

Aos que acompanham "Em busca da Felicidade", eu acabei me confundindo com os capítulos e volto a postar essa semana. 

Comecei a divulgar alguns textos e posts no Instagram só digitar na busca: acaixadepalavras e vocês me acham

Confesso que esse capítulo é uma doçura.

Boa Leitura!

- O apartamento dele é de muito bom gosto! – Patty comentou assim que pisou no apartamento de Leon. Acabamos saindo para almoçar e depois do almoço, eu a convidei para conhecer o apartamento, ela aceitou e veio ver como era comigo. Claro que eu havia pedido para Leon antes de levar a Patty. O que, confesso, era algo muito novo para mim. A minha versão mais antiga nem iria cogitar pensar em pedir permissão para o dono do apartamento. Mas, eu estava um pouco mais ajuizada e não queria arrumar confusão. Sem falar que era uma forma de garantir que enquanto eu estivesse com Patty ali ninguém iria entrar. Só de imaginar minha sogra entrando pela porta e me vendo ali dentro eu já sentia um arrepio percorrendo o meu corpo inteiro.

"Só não faça uma festa rs" ele respondeu na mensagem e depois mandou uma risada. Obviamente que Leon era do tipo que ria com rs e não com ahhaha ou hauhauhaua ou muahuahua ou heheh ou hihi nem LOL. Ele só escrevia rs. Eu nem conseguia imaginar ele digitando com aqueles dedos longos algo como muhua no celular. Meu primo-noivo era alguém muito peculiar. Mantinha seu jeito sério até por meio de mensagens. Quando li aquele rs eu dei um sorriso e senti algo quentinho no peito. Era um misto de carinho com saudades. Já conseguia imaginá-lo falando algo assim, depois rindo e me abraçando.

Além disso tudo, o apartamento de Leon era o único lugar que Máximo aceitou esperar do lado de fora, eu disse que íamos falar de coisas de meninas e lá era super seguro. Ele aceitou ficar nos esperando do lado de fora. Já me bastava ter que almoçarmos os três. Apesar de que agora a gente estava super íntimos e fazendo piadas um com o outro.

Eu dei uma voltinha com ela pelo apartamento para mostrar e depois fomos para a cozinha beber água e paramos na sala.

- O apartamento dele é realmente lindo de morrer! – Patty comentou mais uma vez.

- Realmente é bem bonito. – comentei. – Mas, eu não te trouxe aqui para ficarmos maravilhadas com o imenso bom gosto do meu namorado.

- Noivo. – Patty me corrigiu.

Eu dei risada. – Noivo. – Confirmei. Na hora de falar, eu ainda me atrapalhava. Era muito recente. Nunca ia pensar que eu estaria noiva. Minha mãe não esperaria isso de mim. Quando ela me deixou, eu não tinha nem sequer um namorado e meu rolo com Fernando era algo que ela sempre disse que não parecia ter muito futuro. Ela não podia estar mais certa. O que vivi até meus vinte e cinco anos parecia cada vez mais distante a cada dia que passava. Só me agarrava a lembrança de minha mãe e o resto eu não buscava tanto me apegar. Na verdade, a vida era tão corrida que eu não conseguia ficar relembrando.

Puxei Patty até o sofá e nos sentamos.

- Mas, fale, o que você queria me fazer ao me trazer aqui? – ela perguntou e ficou me encarando. – Além disso, o que é que você não pode dizer na frente do seu segurança?

- Nossa, - eu me assustei. – Você me conhece mesmo. – comentei me referindo a segunda pergunta. Patty deu um sorrisinho vitorioso que só confirmava nossa amizade de mais de duas décadas. – Bem, eu te chamei porque precisamos descobrir algo!

Patty já levantou as mãos para cima. – Não, não, não... Sempre que você fala nesse tom a gente se mete em alguma enrascada! – exclamou e fez que não com a cabeça.