Premiação

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Quando deu 13 horas, Brooklyn me levou no mesmo cabeleireiro que eu fui no dia do meu aniversário.

Lá fizeram meu cabelo, e uma maquiagem simples.

Quando terminei, fui até a casa de Brooklyn.
-Aqui seu vestido.
Ele me entregou um saco.
Abri.
-Nossa! Isso não é um vestido! É uma saia e um... Top? Sei lá o que é isso.

Nunca usei algo tão ousado assim. Pra você pode parecer não ser, mas pra mim é.
-Pode usar. Eu deixo.
Olhei pra ele com cara de  " Até parece que preciso da sua aprovação. "
Só por isso vou usar.

Até que ficou bonito...

Fomos até a premiação.
Chegando lá, tinham muitos, mas muitos e muitos paparazzis, muitos mesmo.

Tinham vários cantores, modelos, apresentadores, etc.

Cheguei lá e fiquei de boca aberta. Acho que tiraram uma foto minha assim.

Encostei numa parede, e fiz pose para as fotos.
Depois, tirei umas fotos com Brooklyn.

2 minutos depois, foi como Brooklyn falou, várias pessoas em cima de mim.
Tinham várias vozes, e vários celulares apontando para nossas bocas.
Brooklyn respondeu algumas perguntas.
Então, começaram as perguntas para mim.
Eram tantas que eu nem conseguia entender.
Mas as que eu entendia, eu respondia.
-Como está seu irmão? É verdade que ele sofre câncer e está internado?
-Ele não está bem, mas não está mal. Sim... Ele tem câncer e está internado.

Como é difícil falar isso...

-Você e Brooklyn já assumiram o namoro?
-Aham.-Sorri.
-Seu pai cometeu suicídio ou foi assassinado?

Tá... Eu estava torcendo pra que não fizessem essa pergunta. Eu ia responder: Por que não pergunta pra sua avó?
Mas lembrei da simpatia.

-Ahn... Ele cometeu suicídio.

Meus olhos lacrimejavam, mas você não pode chorar, Mia.
-Por que ele se suicídio?

Agora eu ia dar um soco na cara do sujeito, mas é só o trabalho dele, e esse é o meu, então vou fazê-lo direito.

-Eu prefiro não falar sobre isso.

Acho que Brooklyn percebeu que a pressão estava demais, então começamos a sair.

Quando saímos algumas lágrimas caíram em meu rosto.
Eu sei e não sei porque meu pai se matou.
Tento não pensar nisso. Mas como não pensar? Ele era meu pai.

O pior de tudo é saber que ele morreu triste.
Claro, a pessoa não se mata com o coração cheio de alegria.
Mas ele podia avisar uns dias antes que iria se matar, assim podia ser diferente... Os últimos 3 dias dele podiam ser diferentes, podiam ser alegres, eu podia mudar aquela raiva pra alegria, e seus últimos dias podiam ser mais felizes.
Que raiva, eu odeio meu pai. Odeio. Odeio por ele mentir pra mim. Odeio por ele nos largar. E ainda pede desculpas? Não perdôo. Não perdôo, porque ele poderia mudar isso. Ele podia pedir perdão pessoalmente, e depois mudar, achar um emprego, ser mais presente na vida de Daniel, mas ao invés disso ele resolve se matar.
Odeio ele por isso.

-Você quer falar sobre isso?- Perguntou Brooklyn.
-Eu acabei de falar que prefiro não falar sobre isso!- Disse com raiva, fiquei até vermelha.

-Tá...
Ele ficou envergonhado.
Nossa, que estúpida eu fui... Nada simpática.
Sua mãe e seu pai até olharam para trás.
Eu que fico envergonhada agora...
Olhei para ele,que estava com uma cara de assustado.
-Desculpa! Não devia ter falado com você assim, não sei o que deu em mim... É que ...
-Tudo bem... Não precisa se desculpar.-Ele sorriu.

Por isso amo ele...

Deitei minha cabeça em seu ombro.
-Primeiro minha mãe... Depois meu pai. Mas meu pai morreu como um idiota, minha mãe como uma guerreira, e achou que meu pai iria cuidar de nós, achou que ele iria nos proteger de tudo. Mas não... Ele se mata. Esse idiota. Idiota!

Brooklyn não fala nada. Melhor assim, o silêncio é melhor.

Começo a chorar mais.
Limpo as lágrimas.

-Desculpa... Agora te deixei na bad né?
Dei uma risadinha, e um sorriso.

-Isso me encanta.-Ele disse.
-O que ?
-Como você consegue, sorrir. Ser mais forte que a dor.
Ele sorriu.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora