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Depois disso, ficamos um pouco no carro, ouvindo músicas, e vendo filmes.
Compramos pipoca. Cinema no carro.

Acabei adormecendo. Sempre adormeço.

Quando acordei, deveriam ser umas 19:30.
Eu estava na grama, e Brooklyn do meu lado.
-Finalmente acordou.

Dei um sorriso, olhei pro céu.
-Que lindo.
-Aham.
-Parece que você lê meus pensamentos.
-Ah, você não estava pensando nas estrelas, você disse aquilo em voz baixa. Estava "pensando alto".
-Sério? Ah. Que seja, é lindo.

Enquanto observávamos, uma estrela cadente apareceu.
- O que você desejou?-Perguntou ele.
-Não posso dizer, se não, não se realiza.
-Ah, então não vou contar o meu. Não quero te perder.

Eu desejei que todos continuem sendo felizes, e claro, principalmente eu.

Sinto falta da minha gatinha. Eles levaram ela para a adoção também, assim que eu fui morar no orfanato.
Tentei achá-la de novo, mas ela já foi adotada.

Depois disso, Brooklyn me deixou em casa.

-Olá, se divertiram bastante?
-Aham, foi muito legal. Estou morta de cansaço.

Amanda e Leandro estavam olhando pra mim, e eu olhei nos olhos deles.
Imaginei o meu, e o futuro de Daniel sendo da mesma família que eles.

-Amanda... Leandro... Eu e Daniel conversamos, e decidimos que queremos ser adotados por vocês.

Amanda deixou cair várias lágrimas de emoção, e Leandro ficou sorridente.

Eles me abraçaram, e logo depois abraçaram Daniel.

-Amanhã assinamos as papeladas da adoção. Mal posso esperar.-Disse Amanda.

Acordei, me arrumei, ajudei a arrumar Daniel, e fomos assinar a papelada.

Depois que assinamos, fomos comemorar comendo fora.
Entramos num restaurante muito chique, e sentamos em nossa mesa.

Olhei para o lado, e Kelly estava lá, junto com Sarinha.
Nossa. Não que Sarinha deva me dizer tudo que ela está fazendo, mas: Nossa.

Tentei ao máximo não olhar para elas.
Sarinha me viu, acenou, e eu dei um sorrisinho falso. Tão falso, que até ela deve ter percebido a falsidade no sorriso.

Continuei comendo, e fomos para casa.

No dia seguinte, Amanda me deixou na escola, e levou Daniel para o hospital.
Que dó do meu irmãozinho. Podia ser eu... Podia ser nenhum de nós. Tento nunca lembrar das palavras daquela enfermeira naquele dia.

Fiquei esperando Brooklyn. Sarinha chegou na maior risada com Kelly.
-Oi...-Disse.
Ela deu um sorriso, olhou pra Kelly, e deu uma risadinha.
-Oi.-Disse Sara.
-Olá... Botas bonitas.

Fiquei procurando as botas, e a graça.
Se bem que parecem botas, mas não teve graça. Não mesmo.

-HaHaHa. Acho que vou explodir de tanto rir.

-Nunca pensei que diria isso... Desculpe, mas está ridícula com essas coisas.

-Aff....-Bufei, e fui arrastando a cadeira até um lugar mais calmo.

-Quer ajuda pra empurrar?- Escutei Kelly gritando, e rindo com Sarinha.

Affs. No que foi que Sarinha se transformou? Sabia que se ela andasse de mais com aquela lá, daria merda.

Brooklyn chegou, e eu estava com os braços cruzados, vermelha de raiva, com um bico gigante.

-Oi am... Que foi? Parece que está  brava.
-Estou super calma.
-Não é o que parece.
-Ah, ta de boas. Só a Kelly que pegou minha melhor amiga, pra zoar comigo.

Brooklyn me conhece o bastante pra saber que não tem que continuar a falar sobre isso, se não mato alguém aqui.

Você deve estar pensando que sou muito esquentadinha, mas, imagine: Nos últimos dias, sua melhor amiga começa a andar com sua pior inimiga, não anda mais com você, e quando se encontram ela te zoa. Como se sentiria?

É o cúmulo.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora