Tentação Fatal

Capítulo 26

Pov Alex

Foi tudo muito rápido... Três tiros, três tiros que transoformaram minha vida num inferno maior ainda em apenas um instante, no instante em que o primeiro tiro havia sido disparado vi o pânico nos olhos de Fernanda e o sorriso estampado no rosto de Antoni, corri em sua direção e antes que percebesse mais dois tiros haviam sidos disparados e a vi despencar no chão e perder todos os sentidos. Sua barriga sangrava muito e naquele momento pensei que iria a perder pra sempre, eu não conseguia olhar para os lados e nem pensar em mais nada, apenas gritei chamando seu nome.
Poucos segundos depois outros policiais da operação a tiraram de mim e carregaram pro helicóptero, tínhamos que chegar rápido no hospital e evitar que o mal acontecesse.

Não sei de Antoni, no caminho descobri que ele foi acertado com os dois tiros, mas não sei se aquele maldito morreu, espero que sim, só assim esse inferno acaba de uma vez por todas, ele me faz um mal gigante e merece pagar com isso, a morte é a melhor saída pra isso, não sei como minha mãe irá reagir, vai ficar desolada, mas isso não me importa mais, aquela família não faz mais parte de mim a muito tempo. Posso estar sendo um sem coração por pensar assim, mas eu nunca iria sossegar até fazer ele pagar por tudo isso, talvez essa foi a melhor maneira de acabar com tudo isso, todos mortos.

Caminho de um lado pro outro na recepção do hospital a espera de alguma informação dos médicos. Já fazem mais de uma hora que minha Fernanada entrou na sala de cirurgia com um tiro na altura no estômago e ainda não saiu. Não sei de nenhuma informação, apenas que ainda estão lá com ela tentando salva-lá, ou sei lá o que. Não parecia ser nada tão estrondoso, mas as enfermeiras andavam pelo corredor assustadas e isso me fazia temer mais ainda.

Alguns minutos depois Luana aparece chorando e me abraça.

- Como isso foi acontecer? Me diz! Eu não quero perde-lá. - Afago seus cabelos enquanto ela desabafa.

- Nós não iremos a perder, vai dar tudo certo, eu tenho fé. - Falo e então a solto. - Não fique chorando, temos que ser fortes por ela. - Digo mesmo abalado, não quero chorar, não posso, tenho que ser forte nesse momento.

- Tudo bem. - Seca o nariz e então funga. - Stephen me disse que já faz mais de uma hora que ela está lá dentro. Já ligou pro pai dela? - Putz! O pai de Fernanda, caralho, esqueci completamente disso. - Não ligou, né? - Me observa. - Tudo bem, deixa isso acabar e a gente liga, não quero deixá-lo muito preocupado. - E Antoni? - Pergunta enquanto nos sentamos.

- Não faço a mínima idéia. - Passo a mão nos cabelos. - Espero que tenha morrido.

- Não diga isso, ele é seu irmão. - bufo, preferia que não fosse. - Stephen me deixou aqui e foi ligar pro seu amigo policial pra saber de tudo. Parece que eles vão deixar tudo por debaixo dos panos, pra não ocorrer mais problemas, eu não sei. - Dou de ombros. É melhor tudo em sigilo, não quero que essa porra toda vaze na imprensa.

- Eu sei, mandei ele perguntar de Antoni logo, preciso ver o que faço. - Me reeconsto na cadeira e me perco nos pensamentos de tudo isso enquanto Luana parece rezar.

- Tenho notícias de Antoni. - Stephen aparece me fazendo ficar de pé no mesmo instante. - Ele não resistiu aos tiros... Morreu antes mesmo de chegar no hospital. - Balança a cabeça negativamente e me deixo cair na cadeira novamente prendendo a cabeça entre as mãos. Agora já foi, nada pode ser feito, eu devia sentir dor nesse momento, mas não, não consigo sentir isso, foi melhor assim, agora ele me deixa em paz de uma vez por todas. Tenho certeza que Fernanda vai ficar aliviada também. Isso foi nossa libertação.

- Familiares de Fernanda Mota. - O médico chama e eu, Luana e Stephen nos levantamos no mesmo instante.

- Doutor! Como ela está, podemos vê-la? - Luana pergunta ansiosa e o médico parece não dar ouvidos a ela que bate o pé bufando.