Capítulo 3

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Até que ir na igreja havia sido uma ótima idéia. Voltei do almoço renovada e livre de todos meus pecados. Mas a paz durou apenas uma semana.
Me encontro agora entediada na sala esperando meu noivo para irmos almoçar com a companhia mais desagradavél do momento, sim, vocês acertaram, o mongo do Alex. Mas que porra! Eu estava em paz, feliz e com tudo indo bem na vida e logo esse sem oque fazer aparece. Será que ele não tem uma empresa pra cuidar não?
Eu juro, mas eu juro mesmo, que esta vai ser a ultima vez que vejo ele neste mês. Vou evitar o máximo contato possível. Odeio aqueles olhares dele pra mim. Quando eu contar pro Antoni é bem capaz ele nem acreditar em mim, assim como faz quando conto algo sobre Carlotta. Quando ele faz isso, juro que tenho vontade de jogar nosso relacionamento pros ares. Além de não me fazer gozar a séculos só me faz passar raiva as vezes. Mas tudo bem, eu amo meu noivo e tudo isso iria ser superado e depois do casamento tenho certeza que ele voltaria a me satisfazer na cama.

A campanhia toca e respiro fundo antes de atender. Eu preciso ser forte.
Me levanto e abro a porta e lá está Toni, até que ele ta mais informal hoje. Também, se em pleno sábado ele estivesse de terno ia ser doentil. Hoje ele estava de polo e com uma calça jeans lisa.

- Oi amor da minha vida! - me abraça me pegando no colo. Eu amava isso nele.

- Oi gostoso! É melhor você me soltar, ou vou querer te arrastar pro meu quarto! - rio e beijo sua boca. Logo depois ele me solta.

- Prontinho, ta solta pra não corrermos riscos. - que idiota! Eu me ofereço pra ele e o tolo ainda prefere a merda do almoço, eu mereço, Deus oque eu fiz? Será que joguei tanta praga pra Carlotta e agora quem tava colhendo os frutos era eu? Eu não mereço isso.

- Que estranho amor, em pleno calor e você de calça e blusa sem decote... Ta doente? - pergunta desconfiado.

- Não sei amor, acho que sim, mas não to com aquela coisa de gente doente sabe? Eu to com uma gripe básica ai me deu um frio. Mas ta tudo bem. - sorrio.

Era óbvil que eu não estava doente porra nenhuma. Mas eu não queria ir com nada ousado pra ver o tal do Alex, só assim ele para de me olhar com aquele jeito safado. Ai que ódio daquele demônio!

- Se você piorar só me avisar que te trago devolta baby. Agora vamos, Alex já deve ter chegado.

- Tudo bem. - sorrio forçadamente e me encaminho para mais uma seção de tortura.

Poucos minutos depois chegamos a um restaurante em copacabana, era um dos meus preferidos. Foi aqui que Toni me pediu em noivado, eu nunca me esqueceria.

Logo que entramos somos atendidos e levados a mesa em que tristemente Alex já está sentado e sorri de bochecha a bochecha quando nos vê. Bastardo!

- Eai maninho! - abraça Toni - Fiquei feliz com seu convite.

- É a saudade cara. Quero te ver sempre daqui pra frente. - Toni responde e meu estômago já embrulha. Era só oque me faltava mesmo.

- Fernanda. Prazer te ver novamente querida. - sorri irônico - Muito frio?

- Olá cunhado. Muito frio sim, você vive sempre com calor pelo visto não é? - tento parecer o mais normal possível, mas estou com uma raiva do cão.

- Claro. As mulheres gostam dos mais quentes. - ri e dou o assunto por encerrado. Eu odeio esse filha da puta. Filha da puta sim, porquê a mãe dele era uma puta nojenta.

Nos sentamos e fizemos nossos pedidos. Meu noivo e Alex conversam animadamente e só escuto, não quero me meter pra não ter que conversar com o escroto do meu cunhado.

Enquanto esperamos a sobremesa o celular de Toni toca e logo ele atende.

- Oque aconteceu? ... Sim, eu sei... Mas hoje é sábado porra! ... Vocês não entendem que tenho coisa melhor a fazer do que cuidar da função que pago pra vocês cumprirem? ... Tudo bem, estou indo. Mas fique ciente que você e o bando todo vão ser demitidos depois dessa. - desliga exaltando e bufando. Certeza que as coisas na empresa estavam complicadas.

- Amor, oque foi? - pergunto preocupada.

- Os incompetentes fizeram merda em algumas planilhas da empresa. Preciso ir agora resolver. - diz alisando meus cabelos presos em um rabo de cavalo.

- Meu Deus, Toni. Você precisa demitir esses imbecís. Eu vou com você até lá. - digo tentando me livrar do almoço entediante.

- É oque farei. E você vai ficar aqui com Alex. - Ó nãoooooo - Não posso fazer essa desfeita.

- Não vejo o minímo problema de ficar com a Fernanda. Não se preocupe Antoni, eu levo ela pra casa depois. - Bastardo maldito, eu estava fodida, esse resto de almoço iria ser infernal.

- Ótimo. - responde Toni aliviado - Agora preciso ir. Mas tarde nos vemos baby. - me beija brevemente e se despede do irmão.

E assim se vai me noivo me deixando no inferno, mas eu iria conseguir me manter calma.

- Então cunhadinha... É impressão minha ou tem medo de ficar sozinha comigo? - meu Deus, ele não me da uma paz.

- Eu? Medo de ficar com você? Só pode ser louco né Alex. Do que eu teria medo? - Quer saber? Que se foda! Vou arranjar briga com ele agora mesmo, só assim ele me deixa em paz.

- Cunhadinha, você acha que não percebi o quanto você fica instável e paralisada quando nos vemos? Sei que tenho algum efeito sobre você, vai me negar? - levanta uma sombracelha me encarando.

- Hahahaha - rio tentando parecer o mais sínica possível. - Eu não vou negar. - sorrio - Mas o efeito que você me causa é mesmo que um gato causa em um cachorro. Ódio!

- Me engana que eu gosto. - sorri esfregando a perna nas minhas. Isso já era demais.

Me levanto e vou correndo em direção ao banheiro. Entro e fecho a porta. Graças a Deus não tem ninguém aqui. Vejo o quanto estou vermelha no grande espelho e percebo que sim ele me afeta. Mas na verdade ele me deixa muito excitada. Porra! Por que meu Deus? Eu amo meu noivo isso não devia acontecer, e justo com seu irmão. Eu nasci pra me fuder só pode viu, só pode.

Enquanto passo água na testa pra tentar me acalmar, escuto a porta do banheiro se abrir. Olho pro lado e o maldito sorri de um jeito pertubador pra mim.

- Cê ta louco cara? Aqui é o banheiro feminino. - me revolto. - Me deixa Alex, seja oque for, por favor me deixa!

- Eu juro que depois de hoje te deixo, pelo menos posso tentar. - vem se aproximando de mim e tento recuar. Até que estou contra a parede e vejo que estou fodida de qualquer jeito.

- Oque você quer? - pergunto - Eu sou noiva do seu irmão, você não sacou que nada pode rolar entre a gente? - tento controlar minha respiração.

- Eu sei que você quer Fernanda, você é uma arrogante gostosa e te quero e sei que vou te ter. - diz e aperta minha bunda. Ele quer me matar! Mordo o lábio e tento segurar um gemido.

- Eu amo o Toni e nunca trairia e nem magoaria os sentimentos dele. Agora da pra me soltar por favor? - imploro quase sem ar.

- Até parece que o Toni poderoso como é não te bota vários chifres, se liga. - Não me dá tempo nem de responder e enfia sua lingua em minha boca me devorando. Tento empurra-lo mas ele é mais forte que eu. Me entrego e o beijo com fervor, agarro seus cabelos e ele chupa e morde minha lingua num desespero alarmante.
Meu corpo implora por ele, mas luto e tento resistir. Quando ele enfia a mão dentro de minha blusa e toca meus mamilos sinto que irei explodir e gemo em sua boca.
Nosso contato é carnal e quando me vem a mente todo carinho de Antoni, automaticamente chuto o meio de suas pernas e me afasto.

- Da próxima vez que você tocar em mim eu juro que corto suas duas bolas. Desgraçado! - ele era um desgraçado, mas um desgraçado fodidamente gostoso, e eu precisava me ver livre dele pra sempre.

- Eu sei que você gostou. Assim como eu gostei Fernanda. Puta merda! Você é G.O.S.T.O.S.A D.E.M.A.I.S. - silíba e finjo não ligar.

- Ta avizado, me deixa em paz! - saio dali a ponto de explodir e toda descabelada. Nunca me senti tão apavorada, e tão selvagem. Essa foi a primeira vez que minha vida fugiu dos trilhos.

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Só passei pra agradecer a todos que estão aqui lendo e acompanhamdo essa história que está apenas no começo. Vocês são incríveis. Muito, muito obrigada.
Beijos.
Aaah e dêem estrelinhas e comentem, assim fico sabendo oque acharam do capítulo.

Espero que gostem. Fiquem com Deus.

Tentação FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora