Capítulo 7

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Ela é um filme de ação, com vários finais
Ela é política aplicada e conversas banais
Se ela tiver muito afim, seja perspicaz
Ela nunca vai deixar claro, então entenda sinais
É o paraíso, suas curvas são cartões postais
Não tem juízo, ou se já teve, hoje não tem mais
Ela é o barco mais bolado que aportou no seu cais
As outras falam, falam, ela chega e faz  Ela não cansa, não cansa, não cansa jamais
Ela dança, dança, dança demais
Ela já acreditou no amor, mas não sabe mais
Ela é um disco do Nirvana de 20 anos atrás 
Não quer cinco minutos no seu banco de trás
Só quer um jeans rasgado e uns quarenta reais
Ela é uma letra do Caetano com "flow" do Racionais
Hoje pode até chover, porque ela só quer paz
[...]

Ela só quer paz - Projota

++

A madrugada chegou, resolvemos sair do bar.
— O carro está para lá. — Falei, vendo-a atravessar a rua.
— Mas eu quero ir para lá. — Ela correu e já estava do outro lado da rua.
— Começou as loucuras. — Resmunguei.
— Vem logo, chato.
Respirei fundo, e atravessei a rua, ela começou a ri feito uma louca. Estávamos na praia, praias me lembrava muito a Amanda e eu deixei de vim aqui por um bom tempo, virei completamente sério e deixei coisas para trás.
— Tem coragem? — Ela me olhou.
— De que? — Estava com com as mãos no bolsos.
— Entrar no mar idiota.
— Você é louca, e olha que nem bebeu.
— Você é um velho chato.
Ela começou tirar a roupa, e jogando sobre o meu rosto, ficando apenas de lingerie. Comecei a ri e balançar a cabeça negativamente, ela saiu correndo e entrou no mar.
— Vem logo! — Ela gritou mergulhando mais uma vez.
— Eu não sou louco que nem você. — Gritei de volta.
Caminhei pela areia e aproximei-me mais do mar, sentei-me na areia e fiquei olhando a louca se divertindo sozinha na água. Após alguns minutos, ela saiu do mar e saiu andando em minha direção.
Ela se ajoelhou na minha frente, e ficou me olhando com um sorriso lindo no rosto.
— A água está ótima. — Era falou e apoiou suas mãos em meus joelhos. Fiquei olhando-a, estava começando a me assustar essas sensações que Antonella estava me fazendo sentir. — O que foi? Você está me olhando de....
Levei minha mão em sua nunca e a puxei para um beijo, ela encaixou suas pernas em minha cintura. Deslizei minha mão livre pela suas costas até chegar o fecho do seu sutiã, abri o mesmo, ela mexeu os braços tirando-o deixando seus seios amostra. Cessei o beijo, desci meus lábios pelo seu pescoço até chegar em seus seios, destribui beijos e mordidas pelas os mesmos, enquanto Antonella segurava em cabelo com força. Suas mãos desseram até a borda da minha camisa tirando-a, levantei os braços para ajuda-la. Ela deslizou suas mãos pelo meu peitoral, até chegar no zíper da minha bermuda, ela abriu o mesmo. Ergui meu quadril para descer a mesma, acabamos rindo, mas consegui tirar a calça. Minha ereção já estava formada, Antonella apertou meu pau por cima da cueca mesmo, levei a mão novamente na sua nuca entrelaçando seu cabelo em meus dedos. Segurei com um pouco de força e levei meus lábios em seu pescoço, senti a mão dela abaixar minha cueca deixando meu pau amostra, ela se ajeitou em meu colo colocando sua calcinh, para o lado e encaixando em seguida meu pau em seu entrada, foi sentando devagar. Meus lábios estavam pressionados em seu pescoço, dei algumas mordidas no mesmo. Deitei meu corpo na areia, Antonella rebolava devagar, ela inclinou seu corpo ficando por cima do meu, apoiou suas mãos uma de cada lado, e encostou sua testa na minha, levei minhas mãos em sua cintura, apertei a mesma. Seus olhos estavam fixos nos meus, continuamos messa sintonia, até gozarmos quase juntos segurei para gozar depois dela. Ela apoiou sua cabeça em meu ombro, ficamos assim por alguns minutos.
Dormimos que nem dois mendigos na areia da praia, o dia estava começando a clarear. Olhei para o lado e Antonella estava com a cabeça em meu peitoral, me mexi devagar.
— Ei, acorda. — Acariciei seu cabelo devagar.
Ela resmungou algo, mas não abriu os olhos, olhei para baixo e até que dormindo parecia uma espécie de anjo. Só parecia mesmo.
— Acorda. — Falei baixo, dessa vez ela resmungou, mas logo abriu os olhos me olhando, abrindo um sorriso.
— Bom dia!
— Bom dia. Acho melhor levantarmos e irmos embora. — Falei e ela apoiou o queixo no meu peitoral.
— Vamos sim. — Ela sorriu e se levantou.
Pegamos nossas roupas e nos vestimos, fiquei em pé esperando ela terminar de se ajeitar.
— Vamos?!
— Espera. — Olhei para ela. — Vamos ver uma coisa. — Ela segurou na minha mão e saiu puxando.
Caminhamos pouco tempo na areia, até chegarmos a umas pedras, ela saiu me puxando, subindo nas mesmas. Ela parou em cima de uma pedra que estava mais no alto e eu fiquei ao seu lado. Olhei para frente, e acho que vi uma das coisas mais lindas que a natureza proporciona. O céu estava meio alaranjado, o sol estava nascendo, era lindo de se ver.
— Perfeito não é?!
— Sim, é muito lindo. — Falei ainda impressionado com aquela vista.
Ficamos em silêncio, estávamos na realidade curtindo o momento, demorou alguns minutos e assim terminou, o sol já estava entre as nuvens.
— Eu amo vim aqui essa hora. Fazia tempo que não vinha.
— Que dizer, que eu sou só mais um que você trás aqui.
— Que coisa afeminada Gustavo. — Ela disse rindo e eu fingi estar sério.
— Tenho sentimentos ta?
— Você é um gay.
— Sou é? — Olhei para ela.
— Não. — Ela riu. — Vamos embora, estou com fome.
Descemos das pedras, atravessamos a rua e fomos até onde o carro estava parado. Entramos no mesmo, e dei partida até o meu apartamento. No caminho ela deu um show falando que ela tinha casa e falou outras coisas que não prestei a mínima atenção.
Depois de entrarmos em meu apartamento. A empregada havia deixado a comida pronta, o que deixou Antonella muito feliz, comemos e resolvemos ir deitar, afinal quase não dormimos. Quando acordei já estava anoitecendo, olhei no relógio e já eram seis horas de noite. Antonella estava dormindo sobre meu peitoral, levei minha mão em seus cabelos e acariciei o mesmo, fiquei olhando-a dormi. Depois de alguns minutos, tentei sair sem acorda-la. Levantei da cama e caminhei até a sala de onde eu ouvia alguns risos.
— Boa noite! — Falei assim que cheguei na sala.
Eram a Melissa, amiga da Antonella e a Maria Júlia.
— Acordou belo adormecido. — Maria Júlia brincou.
— Ainda sou seu pai, me respeita. — Falei sério.
— Não pode nem brincar. — Resmungou.
— Bom, eu vou indo. Marquei com a Elisa Maju, depois a gente se fala. — Ela se despediram com um beijo no rosto. — Tchau Gustavo, cuida da minha maluquinha ein.
Dei um sorriso e assenti, ela abriu a porta e saiu.
— Como foi ontem? — Maria Júlia perguntou animada.
— Cadê sua irmã? — Perguntei e ela bufou.
— Está dormindo.
— Hum.
Sai da sala e fui até a cozinha, preparei um sanduíche, e um suco de maracujá. Sentei na cozinha mesmo e comi, ouvi a campainha tocar, deixei para ver se a Maria Júlia iria atender, mas ela insistiu em tocar.
— Pode nem comer em paz. — Soltei o sanduíche e levantei.
Caminhei até a porta, abri a mesma e não acreditei no que eu vi.
— Que recepção. — Seus olhos passaram pelo meu peitoral. — Senti saudade, Guto.
Eu estava parado feito um idiota. Como ela poderia aparecer depois de todos esses anos e agir como se nada tivesse acontecido? Como conseguia ser tão cínica?
— Amanda... O que você está fazendo aqui? — Perguntei incrédulo
— Preciso falar com você, e fora isso eu estava com saudade. — Ela se aproximou alisando meu peitoral. — Você não vai me convidar para entrar?
Dei espaço para ela entrar, e a mesma adentrou o apartamento. Eu estava agindo sem pensar, era um dos efeitos que ela ainda tinha sobre mim.
— Nossa! Isso aqui não mudou nada, ainda bem, porque minha decoração ficou perfeita. — Ela disse sorrindo.
Mas eu mantive sério.
— Fala logo, o que veio fazer aqui?
— Você não era grosseiro assim. — Ela se aproximou, e novamente passou a mão sobre meu peitoral que estava exposto. — Mas eu gostei, fica sexy nervoso. Você mudou muito, está mais... Mais... Mais, gostoso. — Ela mordeu o lábio inferior e aproximou os lábios dos meus.
Eu não poderia deixar ela me dominar tanto desse jeito, mas com ela tão próxima assim, estava meio difícil. Seus lábios encostaram nos meus, em seguida estávamos em um beijo intenso, minhas mãos passeavam pelo seu corpo.
— Gustavo?! — Uma voz fez eu cair na real da merda que eu estava fazendo.
Empurrei a Amanda e olhei para o lado, Antonella me olhava com um olhar que eu não consegui decifrar.
— Quem é essa? — Amanda perguntou com desdém.
— É a babá das meninas. — Respondi
— Então você está liberada querida, tenho que conversar com ele, a sós.
Antonella olhou para mim, séria, séria até demais.
— Antonella, depois a gente conversa. — Falei.
— É isso mesmo Gustavo?! — Ela me olhou.
— Depois a gente conversa, é melhor. — Ela assentiu, mas não estava com uma cara boa.
Ela voltou para o quarto, em dez minutos ela estava de volta na sala, ela me olhou pela última vez antes de sair.
— Você é um completo idiota.
— Antonella eu... — Ela bateu a porta com tanta força que eu achei que a mesma fosse cair.
Estava me sentindo um idiota, pelo jeito que falei com a Antonella.

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