Se uma canção me lembrar
Troque o CD, não ouça mais
Se um perfume me recordar
Troque de marca, não use mais
Já que me trocou por um outro alguém
Substituir é o que te convém
Mas quando o coração não me enxergar
Vai te deixar louca de saudade, louca de saudade
O coração vai me desejar
E te deixar louca de saudade, louca de saudade
Eu quero ver então, se vai poder trocar de coração
Se algum lugar me lembrar
Troque de rota, não passe lá
Se um filme me recordar
Troque o canal, é só desligar
Já que me trocou por um outro alguém
Substituir é o que te convém
Louca de saudade++
Antonella Narrando.
- Nem acredito que hoje vou voltar ao meu paraíso. - Falei animada enquanto eu me arrumava.
- Hum. - Gustavo resmungou mexendo no celular.
- Que animação! - Debochei. - Bom, estou indo amor. - Me inclinei e selei seus lábios.
- Juízo, qualquer coisa me liga. - Ele disse com os olhos fixados no celular.
- Tem certeza que não quer ir? - Insisti. Ele negou com a cabeça. - O que você tanto faz, nessa merda de celular?
- Estou puto e estou tentando te ignorar. Não é óbvio? - Ele me olhou irritado.
- Não vou brigar com você, estou feliz demais para você estragar minha noite. - Abri a porta do apartamento e saí.
Desci pelo elevador agoniada, eu não gosto de ficar assim com o Gustavo, mas eu não sou uma boneca dele, que ele manda e desmanda.
Já fora do prédio, chamei um táxi e entrei no mesmo, dei o endereço da boate para o taxista, não era longe e logo chegamos, paguei-o e saí do mesmo. Cumprimentei algumas pessoas conhecidas, os seguranças e entrei, avistei Elisa com um garoto e o Levi com uma menina loira.
- Oi pessoal. - Falei mais alto por causa do som.
- Achei que a Maju iria vim com você. - Levi disse um pouco decepcionado.
- O mala do Gustavo não deixou ela vim. - Revirei os olhos e ele riu.
- Você tem visto a Melissa? - Elisa perguntou para mim.
- Desde do dia do campeonato do Levi não a vi mais. Sinceramente? Melissa mudou muito e eu não estou com saudade dessa nova Melissa.
- Encontrei com ela um dia desses, veio me dá lição de moral por causa do beijo com Maju.
- Eu quero mais que vocês fiquem juntos. São lindos juntos. - Levi revirou os olhos e a menina que estava com ele, não estava com a cara que estava gostando muito dessa conversa.
Dei de ombros, e falei com eles que iria dá uma volta. Fui até o bar, pedi uma dose de tequila, e assim que peguei virei a mesma.
Meu nome é chamado no palco, meu coração chega estar acelerado. Eu não posso fazer outra coisa, aquilo ali era a minha vida. Esse palco, meus fones, é minha felicidade. Subi até o palco, ajeitei minhas coisas e comecei meu set, ver a galera ir a loucura por minha causa não tem preço. Quase uma hora tocando, chegou a hora de trocar de DJ, finalizei e me despedi de todos, desci do palco com minhas coisas.
- Mandou bem, como sempre. - Uma voz masculina me chamou atenção.
- Ah! Oi Samuel, obrigado. - Forcei um sorriso.
- Qual foi Antonella? Desde que começou a sair com aquele panaca lá, você mudou. Está toda cheia de frescura.
- Agora digamos que eu namoro. Gustavo é muito ciumento e eu só evito situações. - Dei de ombros.
- Capacho de homem? - Perguntou ironicamente.
- Respeito ele Samuel é diferente.
- Para mim é tudo a mesma coisa. - Ele levou uma mão no queixo e alisou o mesmo. Ele manteve o olhar em mim que realmente eu não estava gostando.
Estávamos atrás do palco, sozinhos. Se eu gritasse ninguém iria me ouvir, o som estava muito alto.
- Foi bom falar com você Samuel. - Botei minha mocila no meu ombro. - Agora tenho que ir.
- Para que a pressa? Bem que podíamos matar a saudade dos tempos antigos né?
- Não Samuel. Agora estou comprometida e eu não quero mais nada com você.
- Você não tem que querer nada. No momento, só temos eu e você aqui. Você fará o que eu quiser. - Ele deu um sorriso diabólico e eu realmente estava ficando com medo.
- É você encostar sua mão nela e eu quebrar a sua cara. - A voz do Gustavo me assustou e me acalmou no mesmo instante.
Ele manteve suas mãos no bolso de sua calça, olhando com raiva para o Samuel.
- Como se eu tivesse medo de você. - Samuel sorri.
- Deveria ter. - Gustavo dá de ombros. - Antonella sai daqui. - Seus olhos estão fixos em Samuel.
- Vem comigo Gustavo. Não precisa disso. - Caminhei até ele e passei a mão em seu rosto. - Vamos, por favor. - Ele estava com ódio no olhar, demorou a me olhar, mas logo seus olhos encontraram o meu.
Ele não falou nada, segurei em seu braço e puxei-o até consegui tira-lo do local. Segurei a mão do Gustavo e fomos passando pelas pessoas, até encontrarmos a saída. Ele pegou a chave do carro no bolso, e foi andando em direção onde provavelmente ele tinha estacionado.
- Fala alguma coisa. - Falei nervosa.
- Você realmente gosta disso, sua felicidade quando está no palco chega ser contagiante. - Ele parou e deu um sorriso de lado. - Eu odeio você nessa vida, mas eu me apaixonei por você assim, não tenho direito de tirar isso de você, só não me peça para não ficar puto toda vez que você sair, porque eu vou ficar. - Não estava me vendo, mas eu tinha certeza que estava sorrindo feito uma idiota. Ele se aproximou e levou a mão no meu rosto. - Porque você é minha. - Sorri e joguei meus braços em seu pescoço, beijando-o em seguida. - Agora vamos para casa que eu quero te comer. - Ele falou cessando o beijo e eu ri.Maju Narrando.
Estava na escola, as aulas passava de um jeito chato e monótono, quando finalmente o sinal da saída tocou, dei graças a Deus, me despedi das minhas amigas e saí pelo portão quase correndo. Para minha surpresa Melissa estava sentada na calçada, assim que me viu ela levantou.
- Maju eu quero falar com você. - Ela disse vindo na minha direção, me desviei e continuei andando. - Só me escuta, por favor. - Respirei fundo e parei, ela deu um sorriso fraco, que eu não respondi. - Podemos ir para algum lugar para conversar?
- Não, fala logo o que você tem para falar. - Tentei ser o mais fria possível.
- Eu queria te pedir desculpas, eu errei. Confesso que no começo eu não queria nada com você, mas eu me apaixonei caralho. Depois que você foi embora aquele dia, minha mente só está em você. Eu nunca me apaixonei antes, não sabia lidar com isso. - Ela disse um pouco desesperada. - Agora eu preciso te dizer e preciso que você me perdoe e volte para mim.
- Você tem noção do quanto você me maguou? - Não chora Maju. Não chora.
- Me perdoa.
- Tudo bem Maju?! - Ouvi uma voz masculina e agradeci a Deus quando eu vi que era o Levi.
- Tudo sim, pode me levar em casa?
- Eu vim te buscar mesmo. - Ele olhava para nós duas.
- Maju não terminamos nossa conversa. - Melissa gritou enquanto eu me afastava.
- Não tenho nada para falar com você. - Falei firme, segurei na mão do Levi e saí arrastando ele pela rua.
- Para onde estamos indo? - Levi perguntou enquanto me seguia.
- Não sei, só não quero ir para casa. - Disse um pouco nervosa.
- Espera. - Ele parou e segurou meu braço. Parei e olhei para ele. - Vem comigo então.
- Tudo bem.
Andamos até eu reconhecer que estávamos indo para pista, ele caminhou até a arquibancada e eu o segui. Ele sentou em um dos degraus e eu sentei ao seu lado.
- Se acalmou? - Ele perguntou e me olhou.
Não sei o que me deu, mas quando eu fui me dá conta, eu já havia pulado no colo do Levi e atacado o lábios dele. Suas mãos desceram para minha cintura, e dava leves apertões, uma de suas mãos foi para minha nuca, entrelaçando seus dedos no meu cabelo, segurou com um pouco de força. Nosso beijo havia tomado uma intensidade, que eu só parei porque eu precisava respirar.
- Nossa! - Levi disse assim que cessei o beijo. Dei um sorriso sem graça.
- Desculpa eu... - Ele levou um dedo na minha boca.
- Só te desculpo se você fizer isso de novo. - Ele abriu um sorriso tão lindo, que foi inevitável não ri junto.
Passamos um tempo nos beijando, e estava simplesmente muito bom.
- Levi... - Ele me olhou. - Eu não sei, eu gosto da Melissa sabe?! Por mais que ela seja filha da puta.
- Relaxa, só curti o momento, o futuro à Deus pertence. Está bom não está? - Assenti. - Então deixa rolar. - Depositou alguns beijos no meu pescoço.
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Califórnia Azul
De TodoEla colorida, ele preto e branco. Ela balada, ele escritório. Ela agitada, ele quieto. Ela impulsiva, ele calculista. Ela sorri o dia inteiro, ele metade mal humurado. Ela agora, ele mais tarde. Ela vive, ele sobrevive. Ela doce, ele amargo. Ela pre...