Capítulo 23

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Então meu aniversário chegou, acordei a casa estava em silêncio. Levantei da cama, fui olhando nos cantos da casa e não tinha ninguém.
— Ótimo! Legal mesmo. — Resmunguei e fui até a cozinha.
Ouvi o barulho da porta abrindo , andei um pouco até a sala.
— Pai? Bruno? — Perguntei surpreso.
Abracei os dois, e olhei para eles um pouco confuso.
— Parabéns meu filho. — Meu pai me deu outro abraço apertado.
— Eu vou falar a verdade logo, — Bruno disse e meu pai olhou assustado para ele. — mamãe e Antonella, aramaram uma festa, na realidade é um almoço, mandaram te levar pra cortar cabelo, fazer essa barba ae.
— Sabia que tinha alguma coisa. — Resmunguei baixo. — Espera ai que vou trocar de roupa.
Caminhei até meu quarto, vesti uma calça e uma camisa, calcei um tênis, fui até o banheiro escovei meua dentes e voltei para sala onde os dois me esperavam.
Saimos do meu apartamento, fomos no carro do meu pai, ele nos levou ao lugar onde ele sempre cortava o cabelo. Cada um fez o corte que estava acostumado, fiz minha barba, meu pai mandou o Bruno fazer a dele, mas ele disse que ele sairia correndo se alguém tentasse. Meu pai mandou fazer a dele, não demorou saímos da barbearia, meu pai estacionou o carro e mandou eu e o Bruno esperar dentro, estava me sentindo uma criança. Ele voltou para o carro como três ternos na mão.
— Nem olha com essa cara, vamos ter que usar isso. — Bruno disse com a voz de tédio.
Voltamos para o meu apartamento, comi alguma coisa já que estava de estômago vazio.
— Já são que horas? — Meu pai perguntou e olhei para o meu celular.
— Três e meia.
— Vamos se arrumar logo. — Bruno disse procurando seu nome, entre os ternos.
Meu pai pegou o dele e eu o meu, fui para meu quarto, troquei de roupa, arrumei meu cabelo. Meu problema era sempre com a gravata, mas meu pai entrou no quarto e me ajudou.
— Você nunca aprende né? — Meu pai disse e sorri.
— É complicado.
— Vamos logo, antes que aquelas loucas nos matem. — Bruno gritou da sala.
Já estávamos dentro do carro à caminho da casa dos meus pais, meu pai e Bruno conversavam sobre algo que eu não estava prestando atenção. Minha mente vagava para o que a Antonella e a minha mãe estavam aprontando. Não demorou muito e chegamos na casa, meu pai entrou e estacionou o carro na frente da casa, coisa que ele nunca faz.
— Vai deixar o carro aqui? — Perguntei estranhando.
— Vou, — Meu pai disse descendo do carro e olhou para o Bruno. — vamos logo.
Abri a porta do carro e desci, Bruno olhava para minha cara e ria, enquanto meu pai cutucava ele, em sinal de repreensão.
— Gustavo, — Minha irmã saiu pela porta, vestida em um vestido longo rosa claro, ela estava linda, só não entendi porque ela estava tão arrumada. — você está atrasado, vem logo.
Ela segurou minha mão e saiu puxando para dentro de casa.
— Atrasado para que? — Perguntei, mas ela se quer me ouviu porque ela estava me arrastando pela casa.
— São que horas? — Ela parou e me olhou afobada, ela mesmo segurou meu pulso e olhou a hora. — Está na hora.
— Hora de que? — Insisti perguntando.
— Você já vai saber. — Ela revirou os olhos.
— E eu já tinha esquecido, — Ela disse rindo e me abraçou forte. — feliz aniversário. Eu te amo muito, e quero que você seja muito feliz, a partir do dia de hoje, sei que você não está entendendo nada. Mas dê muito valor à essa mulher que você tem ao seu lado, eu sou muito grata à ela, por trazer meu irmão de volta.
— Eu te amo anã. — Abracei-a mais apertado, e quando nos separamos, ela passou a mão no seus olhos, secando algumas lágrimas que estavam ameaçando cair. — Mas alguém vai me dizer o que está acontecendo aqui? Ou eu vou ter que continuar com essa cara de idiota?
— Sua cara de idiota vai piorar, quando você vê a surpresa que te espera. — Ela disse animada.
— Meu filho... — Olhei para trás e minha estava elagatemente vestida em um vestido vinho. — Como você está lindo de mais. — Ela se aproximou e ajeitou um pouco minha gravata.
— Vai logo mãe... — Sophia disse e saiu correndo mesmo nos saltos.
— A senhora vai me dizer o que está acontecendo? — Perguntei passando a mão no cabelo, e bagunçando um pouco o mesmo.
— Não bagunça seu cabelo, o noivo tem que está bonito e arrumado no dia do casamento. — Noivo? Casamento? Mas o que?
— Do que a senhora está falando?
— Antonella queria te dá um presente de aniversário, e ela nos disse que você a pediu em casamento três vezes, e ela disse não. Então ela quis te dá isso. — Ela disse sorrindo. — Mas agora, vamos logo.
Eu ainda estava processando a ideia de casar. Antonella tinha feito isso? Esse era meu presente? Era isso os sumiços, por isso ela estava chegando cansada, ela estava preparando o nosso casamento.
Minha mãe me arrastou até a porta que dava para o jardim, e cruzou os braços no meu. Meu coração estava acelerado, minhas mãos estavam suando, e eu não conseguia tirar o sorriso idiota do rosto. As portas se abriram, e meus olhos passaram pelo o local. Havia um tapete vermelho onde iríamos passar, no final um pequeno altar e juiz estava atrás do mesmo. Cadeiras brancas estavam nas laterais do tapete, e algumas pessoas estavam ali, não havia muitas pessoas, só os mais próximos mesmo. Quando eu e minha mãe passamos pelo tapete, as pessoas levantaram, e caminhamos até o altar. Em seguida entrou o Bruno com a Elisa, Sophia com o namorado, Maju com o Levi e a Melissa com o John, um primo meu. Todos olharam pra minha cara rindo, e eu estava nervoso, muito nervoso. Se passaram dez minutos, e uma música começou a tocar, não era aquela música tradicional, era lenta, não consegui identificar qual era, as portas se abriram e lá estava ela, seu vestido era curto, um pouco abaixo do meio da coxa, invés de sapatos altos, estava calçada com um tênis vermelho. Seu véu estava preso em uma coroa de flores que estava na sua cabeça, não era comprido também. Ela não era uma noiva comum, mas era a mais linda que eu já vi. Luna estava na sua frente, com um vestido branco com detalhes vermelhos e um coroa igual da Antonella na cabeça. Antonella estava entrelaçado no braço do meu pai, ela veio caminhando em minha direção, nossos olhos se encontraram, e ela sorriu, ela foi se aproximando, mais dois passos e ela já estava do meu lado. Meu pai me deu a mão dela e sorriu para em minha direção.
— Feliz aniversário. — Ela sussurrou me olhando e eu não conseguia falar nada. Eu sei que estava agindo feito um idiota, mas é que eu não conseguia ter outra reação.
O juiz começou falar várias coisas que eu não estava prestando atenção, não porque eu não dava importância, mas sim porque meu cérebro não estava capitando nada, eu só conseguia pensar nisso tudo, na mulher linda que estava ao meu lado que fez isso tudo para mim.
— Eu preparei meu votos, ensaiei várias coisas bonitas para falar, mas agora olhando para você com esse sorriso no rosto, eu esqueci tudo. — Antonella disse colocando aliança no meu dedo. — Normalmente é o homem quem começa a falar, mas no nosso casamento foi tudo diferente, então isso também foi diferente. Eu não sou romântica, você sabe disso, mas eu vou tentar se sair ruim, você só ri e diz que achou lindo. — Ela disse rindo, mas sua mão estava tremendo. — Um pouco mais de um ano atrás, eu sai de casa com o objetivo de achar um emprego para me sustentar, mas ai você abriu a porta, te achei lindo e fiquei falando que nem uma matraca. Nossa convivência foi constante e eu me apaixonei pelo médico sexy mal humurado. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, ficou ao meu lado quando as coisas ficaram ruins, me aguentou de tpm e meus dramas. Eu sou muito grata à você por tudo, hoje eu sou oficialmente sua, não que eu não fosse, mas a partir de hoje vou ter uma aliança com seu nome no meu dedo. — Ela terminou de botar aliança no meu dedo. — Eu te amo Gustavo, muito mais do que eu consiga demostrar.
Seus olhos estavam cheios d'agua, eu respirei fundo e peguei aliança na almofoda que estava na mão da Luna.
— Eu não esperava nada disso, sabia que estava escondendo algo de mim, mas nunca na vida achei que fosse algo parecido, — Coloquei um pouco da aliança no seu dedo. — mas posso te dá a certeza, que esse é o melhor presente de aniversário que poderia ter, é o melhor aniversário da minha vida. No começo eu não queria admitir no que eu senti por você, mas eu não podia fazer mais nada, eu já estava completamente apaixonado por você. Por esse jeito de menina mulher, por esse sorriso que consegue mudar meu dia, por você inteira. Eu sou o mais sortudo no mundo, por ter você na minha vida e agora como minha mulher. — Termino de botar a aliança em seu dedo. — Eu te amo Antonella.
— Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. — O Juiz disse.
Sorrimos, ela se aproximou colocando as mãos na minha nuca e eu coloquei as minhas em sua cintura, nosso beijos foi lento e apaixonado.

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