Capítulo 8

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Gustavo Narrando.

Eu sei que errei, mas ela ficou com dois moleques na minha frente e quando eu achei ruim, ainda veio brigando comigo. Eu fiz a minha parte, agora chega de correr atrás de mulher.
- Pai seu celular está tocando desesperadamente. - Maria Júlia entrou na sala falando.
- Trás ele aqui. - Estava deitado no sofá.
- Folgado.
- Me respeite. - Resmuguei.
Ela saiu pisando firme, em instantes depois ela apareceu com meu celular na mão. Ela jogou na minha barriga e saiu reclamado de algo. Maria Júlia de TPM é um fim do mundo. Olhei meu celular e tinha 15 chamadas perdidas da Antonella, fiquei preocupado afinal ela nunca ligaria tão desesperadamente assim por nada. Disquei seu número e no quarto toque ela atendeu.
- Antonella?!
- Gustavo, por favor. Vem aqui, as meninas saíram. - Ela estava soluçando de tanto chorar.
- Calma, me explica o que aconteceu?
- Eu... Eu... Eu to sangrando. Me ajuda, ta doendo muito.
- Calma, eu estou indo para ai, me espera. Não sai daí.
Levantei correndo do sofá, joguei o celular em qualquer lugar, corri até meu quarto, coloquei uma camisa e uma calça, calcei um tenis. Peguei minhas chaves do carro, voltei para sala.
- Onde enfiei meu celular agora? Que inferno. - Falei sozinho jogando as almofadas que estavam no sofá no chão. Olhei em volta da sala, e achei o mesmo do lado do sofá. - Te achei. - Peguei-o e saí correndo.
Se quer eu quis esperar o elevador, desci pela escada mesmo, cheguei no estacionamento correndo feito um louco.
Graças a Deus o trânsito estava otimo, em instantes cheguei no apartamento da Antonella, mas agora eu teria que brigar com o porteiro.
- Mas ela deixou claro, que estava proibido o senhor subir. - Esse cara estava começando a me irritar.
- O senhor não está entendendo, ela me ligou agora, ela está passando mal. Pelo amor de Deus. Se acontecer alguma coisa com ela, eu processo você. Está me entendendo? - Eu estava quase pulando em cima do balcão onde ele ficava.
- Senhor precisa se acalmar.
- Calma é o caralho. - Segurei na gola de sua camisa, mas o balcão estava impedindo nosso contato direto. - você não libera a porra da minha entrada, você vai me ver realmente nervoso.
Seus olhos estavam arregalados, ele estava quase tremendo vamos dizer assim. Ele assentiu, assustado ainda com a minha reação e liberou a minha entrada. Soltei sua camisa e sai correndo, apertei o botão do elevador várias vezes de forma impaciente. Opitei pela escada mesmo.
Entrei no quarto da Antonella, ela estava encolhida em um canto, chorando e uma poça de sangue em baixo da mesma.
- Calma, eu estou aqui. - Falei, ajoelhando em sua frente.
- Eu estou morrendo? - Seu choro estava se regularizando.
- Não amor, você vai ficar bem. Vou te levar para o hospital. - Ela assentiu.
Peguei a mesma no colo, com cuidado e sai do apartamento. Logo estava no carro. Coloquei-a dentro do carro, e dei partida para o hospital. No meio do caminho liguei para o hospital e dexei avisado o estado da Antonella. Não demorou muito e cheguei no hospital, as enfermeiras já estavam com uma maca preparada, tirei-a do carro e coloquei-a na mesma.
- Doutor Carlos está ai?! - Perguntei para uma das enfermeiras.
- Está sim Doutor.
Assento, e fui resolver as coisas onde a Antonella ia ficar, eu poderia atendê-lá, mas quando tem lado sentimental envolvido não é legal. Deixei o Carlos atendê-lá, ele é um bom medico e vai cuidar dela direito. Aproveitei o tempo de espera e avisei as pessoas, eu acabei saindo de casa sem avisar nada. Quase uma hora depois Carlos apareceu na sala de espera.
- Ela está bem?! - Perguntei.
- Você sabia que ela estava grávida?
- Grávida? Ela estava grávida? - Eu fui parar para pensar, e como eu fui tão idiota a ponto de não reparar nos sintomas que ela vinha tendo. - Eu... Não liguei as coisas. Mas espera, se ela estava. Ela não está mais?
- Ela perdeu o feto. Ela teve uma hemorragia, conseguimos controlá-la. Mas tivemos dificuldades, as chances dela engravidar novamente é quase nula. Pode ser que ela é nova, e posso reverter esse caso. Na realidade eu não preciso de dar aula sobre isso.
- Obrigado Carlos. - Ele assentiu e eu saí.
Entrei na minha sala e procurei uma camisa, troquei a mesma. Voltei pelo corredor, achei onde a Antonella estava e entrei, ela estava dormindo, provavelmente a base de sedativos, sentei na cadeira e fiquei olhando-a.

[...]

Califórnia AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora