Acordei com claridade do sol adentrando pela janela, olhei para baixo e avistei Antonella dormindo feito um anjo, ela continuava na mesma posição da noite anterior, quando dei por mim estava encarando-a com um sorriso babaca no rosto, na verdade atitudes idiotas se tornam normal quando estamos apaixonados. Levei minha mão em seu cabelo, ajeitei uma mecha atrás de sua orelha, o que fez a mesma se mexer um pouco.
- Bom dia! - Falei.
- Hummm. - Se espreguiçou um pouco. - Bom dia.
Ela me olhou sorrindo, apoiou o queixo no meu peitoral e ficou me encarando.
- Que foi? - Perguntei mexendo no seu cabelo.
- To me perguntando, qual foi a macumba que você fez para mim?! - Ela pareceu realmente falar sério.
- Nunca irá saber. - Acabei lembrando de algo que eu iria fazer na noite anterior, mas acabei deixando para depois e no final da noite não tive oportunidade. - Lembrei de uma coisa, deixa eu pegar uma coisa. - Ela me olhou curiosa, e levantou de cima de mim.
Levantei da cama, caminhei até minha bermuda da noite anterior e peguei a caixinha que estava na mesma, respirei fundo e voltei para cama.
- Eu... Não sei muito o que falar. Mas você apareceu na minha vida em um momento que eu precisava de alguém que desse algum sentindo para ela, - Dei um sorriso torto lembrando das maluquisses da Antonella. - você chegou com esse jeito errado, impulsivo e completamente louca. Então, me apaixonei, no começo achei ignorei esse sentimento, porque eu já tinha me machucado por amar demais e sentia um pouco de insegurança em amar de novo. Mas você é diferente, o que sinto por você é diferente, o que a gente tem é diferente. - Abri a caixinha, ela encarou a mesma. - Casa comigo, deixa eu te fazer feliz?
- Casar?! - Ela estava um pouco surpresa. - Eu nunca admiti, mas eu me apaixonei por você, acho que isso estar muito claro. Mas... Casar? Por que estragar as coisas? Está bom do jeito que está, não está? Estamos felizes. Eu só tenho 18 anos, tenho meus sonhos para realizar antes de me prender a alguém assim desse jeito.
- Casar para você é te privar do seus sonhos? Eu posso realiza-los com você. Casar não é estragar as coisas, quero pode ter apresentar como minha esposa, não posso?! - Confesso que fiquei extremamente decepcionado. - Mas relaxa, não está mais aqui quem falou. - Joguei a caixa em cima da cama, e caminhei até o banheiro batendo a porta com força.
- Gustavo, me escuta...
Ignorei a mesma, liguei o chuveiro, me despi e entrei de baixo do mesmo, fiquei uns trinta minutos, terminei o mesmo, me enrolei na toalha e sai do banheiro, Antonella estava sentada na cama, segurando a caixinha.
- Não quero que fique chateado comigo. - Ela respirou fundo.
Continuei em silêncio, procurei uma roupa para vesti, coloquei a mesma.
- Pode jogar essa caixa fora, - Peguei minha carteira e coloquei no bolso. - vou dá uma volta mais tarde eu volto.
Abri a porta, e bati a porta com força interrompendo algo que iria falar.Antonella Narrando.
Eu não sei se fiz certo, mas eu fui sincera, eu não queria casar, não agora, eu tenho muita coisa que quero viver, que quero viver antes de dar esse passo na minha vida.
- Antonella?! - Maju bateu na porta interrompendo meus pensamentos. Olhei para mesma. - Cadê meu pai?!
- Saiu. - Bufei e me joguei na cama olhando para o teto.
- Vocês brigaram?! - Ela se aproximou e sentou na beirada da cama.
- Ele me pediu em casamento e eu disse não.
- Porque você fez isso?! - Ela perguntou provavelmente me achando uma idiota.
- Porque eu só tenho dezoito anos. - Resmunguei.
- Ele deve ter ficado puto da vida.
- Isso não me ajudou. - Respirei fundo.
- Vou na casa da Melissa, quando meu pai chegar avisa ele. - Ela disse. - E não fica assim, ele gosta de você, ele vai te perdoar. Meu pai é meio, tudo tem que ser do jeito dele, então como as coisas não saíram como ele quis, ele ficou com orgulho ferido. Quando voltar vocês vão se entender. - Ela se aproximou e deu um beijo na minha testa.
Ela saiu do quarto e eu fiquei com minha cara de bunda olhando para o teto.
- Não vou correr atrás de ninguém não. - Falei sozinha. - Eu não fiz nada de errado, só fui sincera, tem algo de errado nisso?!
Olhei para porta e Luna estava parada me olhando como se eu fosse uma louca.
- Eu não sou doida tá?! - Ela riu. - Vem cá, - Dei um tapa na cama, chamando-a para se sentar no local. - Vamos brincar de boneca? - Ela assentiu. - Então vamos.
Levantei da cama, e fomos as duas brincar de boneca, depois fomos comer algo quando eu lembrei que eu estava estômago vazio. Fiz uma omelete para nós duas, com quase tudo que havia na geladeira.
- Está gostoso?! - Perguntei enquanto estávamos nós duas sentadas na cozinha comendo minha gororoba. Ela assentiu e eu sorri satisfeita. - Depois vamos ver filme da Barbie. - Falei mastigando um pouco da comida.
Terminamos de comer, lavei a louça que usei. Depois fomos para o quarto, peguei todo os dvd's da Barbie e fiquei assistindo com a Luna, não é porque não sou mais criança e muito menos que eu não sou nada fofa, que eu não possa gostar de Barbie.
- Seu pai está demorando né?! - Realmente eu já estava ficando agoniada, estava de tarde já. - Vamos tomar um sorvete.
Troquei minha roupa colocando um short e um blusa, calcei um chinelo. Segurei na mão da Luna, e saí do apartamento trancando-o. Depois minutos estávamos na sorveteria, Gustavo iria me matar por estar enfiando a Luna de doce, mas eu não estou nem ai para ele.
Gustavo voltou na noite anterior, irritado e claramente mal humurado. Eu não disse nada, e nem tentei ajeitar a situação afinal, eu só fui sincera. Não posso ter errado tanto em ter sido sincera, eu acho que ele não iria preferir que eu aceitasse mesmo querendo lhe dizer não. Está agindo feito uma criança mimada e isso está me irritando.
- Terá uma festa hoje, é aniversário de um dos diretores do hospital, terá pessoas importantes.- Ele disse procurando algo nas gavetas de seu armário. - E quero que vá comigo.
- Eu... Acho, que não tenho roupa apropriada. - Respondo timidamente.
- Isso não é problema, Maju poderá te ajudar, ir com você no shopping talvez.
- Tudo bem. - Do de ombros.
- Maria Júlia? - Ele grita do quarto e ela aparece logo em seguida.
- Oi pai!
- Vamos no shopping Maju?! - Me antecepiei perguntando.
- Vamos claro. - Ela disse animada.
- Deixa eu só ajeitar meu cabelo. - Disse levantando da cama.
- Vou trocar de roupa. - Ela disse saindo as pressas do quarto.
Fui até o banheiro, soltei o coque que estava em meu cabelo, joguei uma água rápida no rosto, e saí do quarto, Gustavo não estava mais, andei até o quarto da Maju para encontra-la, ela estava falando no telefone, provavelmente com a Melissa, e eu ainda sinto que isso vai dá merda, no caso a Maju vai se fuder legal, eu conheço a Melissa e eu sei que da parte dela não tem sentimento nenhum. E se tiver algum sentimento ele é nomeado "vontade de chupar seu grelo".
- Vamos Maju?! - Ela me olhou com um sorriso idiota nos lábios e eu revirei os olhos.
Ela terminou sua conversa e desligou o celular.
- Agora vamos. - Ela pegou sua bolsa e saiu do quarto.
Eu não estava muito animada para sair, mas eu já estava com pontos negativos com o Gustavo não quis piorar, então aceitei ie nessa merda de festa, só para fazer a vontade dele, coisa que nunca faço por ninguém, ele deveria se sentir honrado.
Duas horas, exatamente duas horas que estávamos andando naquele shopping, puta merda como odeio andar em shopping. Maju parecia maravilhada, experimentava todas as roupas que via pela frente, eu já estava de saco cheio.
- Maju viemos compra meu vestido, compramos meu vestido, agora podemos ir para casa. - Resmunguei.
- Você vai precisar de um sapato. - Ela disse animada e eu quase soquei a cara dela. - Eu shopping.
- Que mulher nesse mundo, odeia shopping? - Ela disse espantada.
- Eu. - Bufei e sai andando.
Agora começava a caça a aos sapatos, e para piorar estava ficando com fome, e isso aumentava meu mau humor em uma escala muito alta.
- Esses vão ficar lindos em você. - A vendedora disse.
- É... São lindos, compra esse mesmo e vamos embora. - Disse irritada.
Maju me olhou de cara feia e a vendedora estava um pouco sem graça. Mas quem se importa? Não sou eu. Pagamos e felizmente estava indo em direção a praça de alimentação, nada como comer para me deixar feliz.
- Come direito mulher, parece um bicho.
- Estou com fome, cala essa boca e come o seu. - Respondi de boca cheia.
- Oi meninas. - Desviei o olhar da Maju e olhei para cima de onde vinha a voz.
- Bruno, Levi. - Estava um pouco surpresa. Não sabia que os dois haviam virado amigos.
- Oi meninos. - Maju sorriu.
- O que vocês estam fazendo aqui? - Perguntei.
- O mesmo que vocês. Comendo. - Bruno respondeu rindo.
- Não sabia que vocês estavam grudados.
- Não estamos grudados, só marcamos de pegar uma praia com umas meninas. - Levi respondeu dando de ombros.
- Levando Bruno para o mal caminho Levi.
- Não preciso ser encaminhado. - Bruno disse erguendo uma de suas sobrancelhas, e isso foi sexy.
- Antonella com fome é o capeta. - Maju resmungou.
- Ninguém perguntou. - Mostrei a língua para a mesma.
- Mas to contigo Maju, ela realmente é. Dá até medo de se olhar. - Levi disse com humor.
- Vão para puta que pariu... Os dois. - Bruno riu. - Os três na realidade.
Telefone da Maju começou a tocar e ela revirou os olhos e virou o visor para eu ver. E era o Gustavo.
- O chefe vai brigar, ficar tantas horas fora de casa. - Bruno debochou me olhando.
- Ninguém manda em mim, muito menos homem. - Voltei a comer minha batata frita.
- Vamos pegar um cinema então. - Levi deu ideia.
- Isso, vamos ver aquele filme de jogo, aquele de terror?
- Mas nem fudendo. - Falei. - Vamos para casa mesmo, é melhor. E além disso tem a maldita festa que tenho que ir com seu pai.
- Pagava para ver você arrumada, de salto alto. - Levi disse rindo e eu acertei um tapa em sua cabeça.
- Nem eu acredito que vou me vestir assim. - Apoiei meu queixo sobre minhas mãos e suspirei.
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Califórnia Azul
SonstigesEla colorida, ele preto e branco. Ela balada, ele escritório. Ela agitada, ele quieto. Ela impulsiva, ele calculista. Ela sorri o dia inteiro, ele metade mal humurado. Ela agora, ele mais tarde. Ela vive, ele sobrevive. Ela doce, ele amargo. Ela pre...