Capítulo VII Nenhum lugar é seguro!

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- Me amas? - Perguntou Caio para mim.

- Sim meu amor! - O Abraçei.

Professora: - Tabom,chega por hoje. - Disse nos liberando.

Isabel: - E então? Como anda a vida depois da conversa?

Eu: - Ainda não caiu a ficha...Mas eu sei que mesmo não sendo filha. - Disse essa palavra com tanta dor - eles me amam. - Sorri para disfarçar.

Caio: - E não pensa em encontrar seus verdadeiros pais? - Disse me interrogando.

Isabel: - Caio! - O repreendeu.

Eu: - Na verdade,não! - Disse sem me importar. - Se meus pais me quisessem não teriam me abandonado em um orfanato! Vamos?

~ Rafael

Depois de ver aquele colar na foto,eu tinha uma missão...Não contei ao meu pai,mas eu haveria de encontrar a Sofia.Mas...se ela for minha irmã,nós nunca poderíamos ficar juntos.Na verdade não ficaríamos mesmo junto porque já estou prometido.
O melhor agora seria não pensar em nada disso.Apenas,encontrá-la.Hoje é noite de lua cheia.Tinha me esquecido.Tenho que falar com ela até as 18:00.
Depois disso o perigo é certo..

~Sofia

Todo dia depois do colégio,nós vamos à padaria do meu pai .É a única daqui de qualquer forma.

Eu: - Chegamos,pai!

Pai: - E os pães já saíram! - Disse feliz.

Isabel: - O que faríamos sem o senhor Batista!? - Rimos de sua fala.

Caio: - E qual é a receita pra esse pão ser tão gostoso? - Perguntou curioso.

Caroline: - Pobreza! - Disse entrando na padaria.

Caio: - Quem te chamou aqui!?

Caroline: - A padaria é pública,amor. - Disse com sarcasmo.

Eu: - Olha só, nao admito que fale assim com o meu pai! - Disse me levantando.

Pai: - Está tudo bem,filhinha! - Disse me acalmando. - Caroline,eles são feitos com muito amor,mas se tornam um veneno pra quem não tem.

Depois desse fora inteligente e discreto que meu pai deu,ela teve que sair da padaria.

Caroline: - Não dá pra dividir o mesmo ar com vocês, licença.

Essa menina me irrita! Não sei porque ela é assim...Porque essa aí...Ninguém merece!

Caio: - Sr. Batista,não sei como você aguenta isso...

Pai: - A vida é assim meu filho... Ai!! - Disse gemendo de dor, eu acho.

Eu: - O que foi pai? - Perguntei preocupada. Ele estava jogado no chão de tanta dor.

Isabel: - Está tudo bem? - perguntou e se aproximou também. Claro que não,mas na hora as peguntas que fazemos não são inteligentes.

Pai: - Está sim,é que... - Disse tentando buscar palavras. - não é nada - Completou.

Eu olhei para sua perna e nela havia um machucado bem grande,e estava em carne viva.

Eu: - Pai! - Disse preocupada. - Por que não disse antes? Como isso aconteceu?

Pai: - Não foi nada filha... - Disse tentando se levantar.

Eu: - Claro que foi!

Isabel: - Como o senhor fez isso?

Pai: - Foi na floresta...Lembra aquele dia que eu demorei a chegar?

Eu: - Lembro...

Pai: - Eu acabei caindo em cima de uma madeira bem afiada.

Eu: - Uma madeira? - Disse desconfiada.

Pai: - Sim! Uma árvore cheia de espinhos. Foi horrível! - Disse enfatizando a última palavra.

Eu: - Tabom...Mas o senhor não pode trabalhar assim! Vamos te levar pra casa!

Isabel ficou cuidando da padaria,enquanto eu e o Caio levamos o meu pai para casa.

Eu: - Obrigada,Caio! - Sorri - Não sei o que faria sem você! - O abraçei.

Caio: - Precisa de mais alguma coisa? - Perguntou.

Eu: - Não,pode ir. - Sorri - Obrigada!

Caio: - Até amanhã.Melhoras pro seu pai...

Depois de nos despedirmos eu entrei em casa.

- Droga! Não tem água...Tenho que buscar no poço. - Fica bem longe daqui de casa...E hoje é lua cheia! Não é uma boa ideia.Mas preciso lavar as feridas do meu pai,ou poderá piorar!

Coloquei minha capa e saí de casa.

As ruas estão tão calmas,não há ninguém aqui.

Peguei o balde que segurava e o enchi.

Xxxx: - Sozinha? - Era o Rafael . Conheço essa voz...Mas o que ele faz aqui ?

Eu: - O que está fazendo aqui? - Me virei assustada.

Rafael: - Preciso falar com você! - Depois de falar,olhou para o céu, pois já estava escurecendo.

Eu: - Não é seguro aqui!

Rafael: - Nenhum lugar é seguro!

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