Capítulo Vigésimo quinto Lugar de pessoas solitárias

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Quando a Danda me disse que meu pai havia sido atacado pela fera eu saí correndo ao seu encontro.

Danda: - Ele está no quarto! - Disse com a voz cansada.

Eu: - Pai... - Disse abrindo a porta.

Rei Arthur: - Filhinha. - Disse calmo.

Eu: - Pai! Não faça mais isso! O senhor me matou do coração! - Disse chorando. - Onde estavam os guardas?

Rei Arthur: - Calma meu amor,foi apenas uma mordida. - Disse sorrindo.

Eu: - Apenas uma mordida? Pai...a mordida da fera é mortal! - Disse chorando. Ele parecia não perceber o risco que estava correndo. - O que aconteceu com o "um dia eu ainda acabo com essa raça maldita"? A fera te atacou ,pai! Assim como matou a minha mãe quando eu era menor.

Rei Arthur: - É o extinto do animal... Eles atacam quando estão com raiva. - Pausou. - ...Ou por fome. - Disse pensativo.

Eu: - Eu não posso te perder,pai! - Eu já perdi duas mães! Agora o meu pai? - Deus? Não o tire de mim também! - Disse chorando.

Rei Arthur: - Eu estou aqui,Sofia...Isso é o que importa! Se eu morrer sabendo que já encontrei minha filha,morrerei feliz. - Não acredito que ele já se conformou com essa ideia!

Danda: - Sofia. Com licença. - Disse entrando no quarto. - Seu pai precisa descansar.
Eu o olhei e ele concordou com a Danda.

Eu: - Eu volto à noite,pai. - Depositei um beijo em sua testa e fechei a porta quando saí.

Onde será que o Rafael está? Nas horas importantes e que eu preciso dele...Nunca o encontro!

Alice: - E o rei? Como está? - Perguntou enquanto me olhava preocupada.

Eu: - Ele foi atacado pela fera no seu braço. A ferida foi profunda. - Disse enquanto chorava em seu abraço.

Alice: - Ele vai ficar bem...

Eu: - O nosso médico disse que o animal realmente deveria estar com muita raiva ou faminto,pela forma que a ferida está...

Alice: - A gente tem que dar um fim nessa história... - Disse baixinho,parecia estar pensando.

Eu: - O que você disse? - Perguntei e ela ficou pálida enquanto me encarava.

Alice: - Pensei alto. - Riu enquanto sua cor voltava ao normal. - Essa fera não pode continuar machucando as pessoas.

Eu: - Eu posso falar isso com toda certeza!

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Eu: - Você sabe para onde o príncipe Rafael foi? - Perguntei ao Jack,o soldado.

Jack: - Tenho ordens de não falar à ninguém. - Eu tenho que conseguir essa informação...

Eu: - Por favor! O rei quase morreu e ele não está em casa! O que você acha de me falar isso logo!? - Gritei.

Jack: - Tudo bem. Não precisa se irritar ,princesa... - Disse assustado. - Ele me pediu para levá-lo ao vilarejo Moonville. Mas pediu também sigilo,e que depois arranjaria um jeito de voltar para o castelo.

Eu: - O que ele foi fazer lá!? - Perguntei confusa.

Jack: - Isso a senhorita terá que descobrir sozinha. - Disse enquanto entrava na carruagem. - Suponho que vai querer que eu a leve ao vilarejo... Entre aí.

Entrei na carruagem e em pouco tempo eu cheguei ao vilarejo.

Caio: - Sofia!? - Eu conhecia essa voz,era o Caio!

Eu: - Caio!? - Corri ao seu encontro e ele me recebeu com um abraço apertado.

Caio: - Você vai para aquele castelo de um "bando" de metidos e esquece da gente aqui? - Perguntou irônico,mas esbanjava felicidade. - Amo-te Sofia! - Riu.

Eu: - Onde está o meu pai!? - Perguntei esperando sua resposta.

Caio: - Hoje é domingo...Então ele deve estar em casa. Você era pra saber disso!

Eu: - Só queria confirmar. - Ri ironicamente.

Bati na porta e o meu pai logo atendeu.

Eu: - Pai... - O abraçei e ele não correspondeu,então me afastei.

Sr. Batista: - O rei não irá gostar de vê-la me chamando dessa forma. - Disse calmo.

Eu: - Então ele vai ter que aceitar que vocês também são minha família. - Disse da mesma forma . Então ele sorriu e disse:
- Só queria comprovar se você ainda era a mesma Sofia... - Ele me abraçou bem forte. - Senti saudades filhinha! Seria loucura te pedir para voltar para o vilarejo? - Perguntou irônico mais com uma pitada de sinceridade.

Olívia: - Seria,pai! - Disse se intrometendo. - Sofia! - Nos abraçamos. Olívia foi preparar um chá para nós e eu e meu pai fomos nos sentar no sofá enquanto esperávamos.

Eu: - Pai... Eu preciso muito conversar com o senhor.

Sr. Batista: - Sobre a padaria? - Perguntou.

Eu: - Como o senhor sabe!? - Perguntei espantada.

Sr. Batista: - O príncipe Rafael. O rei resolveu comprar uma parte da padaria e somos sócios. - Ele parecia estar muito feliz. - O príncipe disse que foi sua ideia. Realmente conseguimos superar... - Disse relembrando a vez que estávamos no telhado da nossa casa. Eu estava super preocupada em não conseguirmos pagar os impostos ao rei e a rainha,e olha agora!?

Eu: - Isso é muito bom... - Disse sorrindo,mas isso tudo me fez lembrar do rei. Ele poderia morrer a qualquer momento por causa da mordida da fera,e ainda por cima o Rafael nem sabia de nada.

Sr. Batista: - O que está lhe incomodando,minha filha? - Perguntou preocupado.

Eu: - O rei... - Pausei. - A fera o atacou,e agora ele está correndo risco de vida.

Sr. Batista: - Eu não sabia,meu amor. - Disse espantado. - Como isso aconteceu? - Contei-lhe tudo o que sabia.

Eu: - Pai, o senhor por acaso conhece algum lugar para alguém se esconder aqui no vilarejo? - Perguntei. - É complicado... Eu só preciso saber.Não me pergunte o porquê.

Sr. Batista: - Você está querendo dizer o lugar onde as pessoas solitárias vão? - Perguntou rindo.

Eu: - Exatamente! - Ele rapidamente parou de rir quando percebeu que era sério.

Sr. Batista: - Eu lhe dou o endereço.

Eu: - Fica perto daqui! - Exclamei.

Sr. Batista: - Não é um lugar muito organizado,e nem muito convidativo. É meio que um restaurante abandonado.

Eu: - Muito obrigada! - Me despedi do meu pai e da Olívia e rapidamente cheguei ao endereço que meu pai me dera. Já era noite,e nas ruas não haviam ninguém. Só uma porta encostada com um feixe de luz saindo por ela.

Uma senhora,aquela mesma que disse que a padaria tinha sido fechada quando eu estava com o Rafael,disse:

- Não é hora de uma menina bonita estar sozinha nas ruas desse vilarejo... - Disse calmamente.

Eu: - Meu irmão está aqui,não estou sozinha. Mas obrigada. - Disse entrando no local informado.

- Rafael?

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