Cá estou na casa de Catarine, ainda era três horas da tarde, eu estava sentada em sua sala enquanto ela fala no telefone com sua amiga, Sandy, que ficou responsável pelas bebidas, Josh o namorado de Catarine também estava ajudando. Bom e eu no meu caso como fui convidada apenas fiquei observando, e Catarine estaria abrindo sua casa.
–Tá, seus pais vão te matar.– Digo a ela, que a mesma se senta ao meu lado.
–Não vão não, porque eu disse que ia chamar uns amigos, mas eles não sabem nada da bebida, e acho que você não vai dizer nada.– Diz ela me olhando com uma cara sacana.
"Por acaso tenho cara de fofoqueira. Se meus tios sonhar com isso, talvez eu morra, enfim.– Suspiro.
–A casa tá limpa, tem salgados, e tudo mais, acho que está tudo certo, maioria do pessoal da escola vai está aqui.
–Jura? Hum.– Digo revirando os olhos. Eu não ligo para essas coisas de festa.
(...)
Já eram seis e meia, e Catarine começou se arrumar, ela estava com um short jeans, croped branco, eu já escolhi um short preto florido e uma blusa preta:
–Você está linda, Malia.– Diz Catarine enquanto veste teu salto.
–Obrigado.– Digo passando rímel.
–Amiga, você não vai calçar isso?– Pergunta Catarine segurando meu All star.
–Uhum, algum problema?
–Sim, é uma festa, vai ter vários meninos bonitos, e você vai calçar isso?– A encaro e solto um riso abafado.
–Primeiro: Vou calçar, sim, segundo eu ainda vou participar da sua festa e você ainda reclama?! Terceiro eu estou nem ligando para os meninos.– Falo enquanto pego meu tênis de sua mão e calço.– Perfeito.– Olho para ela, que me encara incrédula.
–Tá.– Levanta as mãos em rendição.
Estávamos prontas, Sandy e Josh já haviam chegado com as bebidas, que por sorte estava geladas. Por mais que pareça que eu não curto festa, que eu não curto mesmo eu gosto de beber. Faltava dez paras oito, e já havia chegado alguns amigos, Catarine ainda estava colocando os salgados na mesa, e eu no caso estava ajudando.
–Tá aonde está isso?– Pergunto a ela que anda de um lado pro outro na cozinha procurando uma bacia.
–No porão, os copos estão lá na caixa roxa, minhas coisas eu sempre guardo lá, vê lá.– Fala a mesma abrindo o saco de salgado, eu reviro os olhos e vou para a sala, o porão era atrás das escada, eu abro a porta, estava tudo escuro, procuro o interruptor e o acho, aperto e liga uma luz bem fraca lá em baixo, eu desço as escadas, e vou a procura da caixa roxa, e eu a acho em cima da estante.
–A legal.– A estante era muito grande, olho em volta para ver se acho algum banquinho. Ando a procura e acho um, pego e vou até a estante o colocando e subo me estico e puxo a caixa que estava pesada, e com isso já sabem ela caiu no chão.– Merda.– Digo saindo de cima do banquinho, rezando que não tenha nenhum objeto de vidro. Abro a caixa e por sorte havia nada, além de copos, e pratinhos. Resolvo levar a caixa toda, para Catarine escolher qual quer. Subo as escadas e procuro a maçaneta da porta e cade, legal, to trancada nesse porão.
–Sério mesmo isso.– Mantenho a calma e começo a bater na porta. –Catarine, abre a porta.– Continuo a bater, até que escuto o som ligado. –Nossa Malia você é uma garota sortuda.– Digo a mim mesma que por várias vezes estava batendo na porta. Eu não era de ser medrosa, mas aquilo parecia muito como um filme de terror.
Já fazia uns três minutos que estava ali, e aquilo estava me assustando.
–Catarine, abre logo essa merda.– Continuo a bater até que escuto a maçaneta da porta a sendo mexida, respiro aliviada. Quando a porta é aberta dou de cara com um cara, bonito e alto. Olho diretamente em seus olhos e me lembro, Richard um dos meninos populares da escola, engraçado ele vim, se ele nem fala com Catarine.
Caminho para fora daquele troço chamado porão com a caixa ainda no meu colo.
–Obrigado, de nada.– Diz Richard, olho para ele e dou um breve sorriso.
–Obrigada.– E me retiro e vou para a cozinha. Havia bastante gente já, encontro Catarine conversando com Josh.
–Nossa aonde estava?–Pergunta olha para mim.
–Minha vontade é de te matar, toma a caixa.– Jogo em cima do balcão.– Você é tão amiga que não percebeu que fiquei cinco minutos fora, trancada naquele porão.
Ela me olha, absorvendo aquilo que disse e começa a rir.
–Ai, desculpa Malia, esqueci de avisar que era para travar a porta.– Diz ainda rindo, eu dou um sorrisinho falso e olho ela retirando os copos.
–Eu trouxe a caixa vai que você precisa de mais coisa ai dentro.– Ela me olha e retira os copos e os pratinhos.
–Esperta você.– Diz.– Olha, você gosta de beber, então tem cerveja na geladeira, e vodca e suco de frutas no freezer.– Reviro os olhos e vou para o lado de fora da casa. Olhar quem estava vindo, e havia muita gente chegando, e tinha uns cinco carros na frente da casa de Catarine, me sento no banco que havia ao lado da porta, e começo a pensar o dia que iria encontrar com Stiles, sabe aquela saudade que dá vontade de fugir agora, olho para a pulseira que estava no meu braço, e lembro da nossa despedida.
Estava tão distraída nos meus pensamentos que nem vi que tinha alguém sentado ao meu lado, só o vi quando ele me ofereceu uma bebida. Sim era Richard.
–Trouxe para você, Malia.– Me estende o copo.
–Que que tem ai dentro?– Pergunto o encarando desconfiada.
–Ah, é só vodca com boa noite Cinderela.– Diz sarcástico e não pude evitar de rir.
–Não é louco.– Digo pegando o copo e dando um gole.
Ele ficou um bom tempo conversando comigo, eu sempre achei que Richard era chato, mas ele é uma boa pessoa e super engraçado.
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O Nosso Inesperado. {Stalia}
FanfictionMalia uma britânica que se torna órfã ainda quando criança, após a morte dos pais ela fica na responsabilidade da única parente próxima, a sua tia, que não suportava a ideia da morte da irmã e culpava a sobrinha de algum modo para ela a criança era...