O Nosso Inesperado. {Stalia}

2.8

Malia

Acordo com o barulho dos aparelhos de hospitais, mal consigo abrir meu olhos e perceber que estou em uma cama, o que aconteceu? Abro meus olhos com cuidado, olho para o meu lado esquerdo e vejo meu tio, dormindo na poltrona que tinha ali. Eu conseguir estragar o jantar deles, pensei. Tento me levantar mas sinto algo pesado sobre minha perna esquerda, resmungo, pois quando eu mais forçava, mais doía, meu tio abre os olhos, e vem em minha direção.
-Não tente se levantar meu anjo.-Diz passando a mão em meus cabelos.-Você está bem, está tudo bem.
-O que aconteceu?-Pergunto e ele fica em silêncio, eu não consigo me lembrar de como vim parar aqui.-O que aconteceu?
-Você sofreu um acidente.
-Quando?
-Ontem a noite.-Diz.
-Eu...Eu não me lembro, droga!-Deito minha cabeça com força no travesseiro, aquilo me causou uma dor-Ai.-Levo minha mão para cabeça.
-Logo vai se lembrar, você foi atropelada Malia, mas está tudo bem agora, você vai ficar bem.
-Atrope...-Não consigo termina a frase, em minha mente vem a imagem de uma luz forte em minha direção, ali estava o que havia ocorrido comigo.-Cade minha tia?
-Ela já está vindo para cá.-Ele olha seu relógio de pulso as horas.
-Eu quebrei as pernas?-Pergunto desanimada.
-Só uma.-Diz calmo.-Está tudo bem.-Claro que está bem, eu sou quebrei uma perna, poderia ser pior, mas isto não é nada bom.
-Por que estou com a cabeça enfaixada?-Odeio hospitais, odeio esse lugar, ficar deitada em uma cama não me agrada nem um pouco.
-Você teve um pequeno sangramento, mas foi controlado.-Olho em direção dá porta e vejo um médico, que segurava em suas mãos um prontuário.
-Como assim?-Pergunto, e ele se aproxima.
-Você sofreu um acidente e acabou batendo a cabeça, no parabrisas, por sorte foi socorrida a tempo, e o sangramento não aumentou e nem coágulou.-Não entendia nada do que ele fala, entrava em um ouvido e sair por outro.
-Você abriu a minha cabeça?
-Sim, fizemos uma pequena incisão no lado direito.
-Me deixaram careca?-Ele ri, e balança a cabeça positivamente.-Que dia.-Suspiro.
-Você tem que ficar de observação por pelo menos dois dias.-Diz se sentando ao meu lado.-Seu tio, havia me dito que você teria uma prova muito importante mês que vêm, e que iria perguntar por isso, bom você poderá fazer a prova, já que requer as mãos, e não sua perna.-Ele diz, acredito que era para ser uma piada, mas estou confusa.
-Prova?-Olho para o meu tio.-Eu...Eu não lembro.-Os dois se olham me deixando confusa.
-Malia, olhe aqui.-O médico segura meu rosto e aponta uma pequena lanterna nele.-Você lembra da prova certo? É muito importante pra você.
-Prova, importante para mim? Tio o que é?
-Sua tia está grávida certo?-Eu balanço a cabeça positivamente.-Qual o sexo do bebê?-Ele pergunta, me fazendo pensar, e eu escuto a voz da minha tia, pronunciando o nome Lexie
-Hum, Lexie, é menina.-Digo encarando os dois que ficaram em silêncio por alguns segundos.
-Ela irá lembrar com o tempo, pode ser causado por conta do acidente, dê um tempo a ela.-O doutor falar e se retira dá sala. Meu tio fica em silêncio e volta a se sentar na poltrona. Droga! Josh, eu preciso ir ao jantar com ele, eu prometi a ele.
-Tio, o Josh, cadê ele?
-Josh, ele veio ontem à noite e prometeu que meio dia estaria aqui.
-Eu tinha prometido a ele que sairia com ele.
-Ele não é gay?-Meu tio pergunta confuso.
-Quem é gay?-Surge um senhor de terno na porta, aparenta ter uns quarenta anos, mas seu rosto me era familiar.
-Chefe?-Meu tio se levanta, chefe Stuart? Esse é o pai do Josh, o que ele faz aqui?!-Vejo Josh surgir atrás dele, com uma aparência séria.
-Josh.-Fala surpresa.
-Malia certo?-O pai de Josh pergunta, eu balanço a cabeça e ele se aproxima.-Sinto muito pelo acidente, que bom que não ocorreu nada, nem conheci minha nora.-Ele fala, e acabo sorrindo nervosa.-Fiz questão de te visitar.
-Fico agradecida, senhor.
-Você tá namorando ele?-Meu tio aponta para Josh, eu seguro seu braço, e espero que ele entenda que aquilo é algo que não se deva comentar, como eu e meu tio se damos muito bem, ele abaixa o olhar.
-Meu caro Jacob que mundo pequeno.-O pai de Josh o cumprimenta. Ele estava de roupa social, aparentava ser um cara sério, e aquilo me causava um pequeno desconforto. Josh se aproxima, e se senta ao meu lado.
-Você está bem?
-Sim, estou.-O respondo e ele sorri.
-Bom, vou falar com seu tio lá fora, fiquem ai, já já eu volto para falar com minha nora.-O pai de Josh fala, eu dou um sorriso sem graça, e olho para Josh.
-O que você disse a ele?
-Disse que minha garota não poderia ir para o jantar pois tinha sofrido um acidente, bom, Malia eu quase morri quando sua tia ligou lá em casa.
-Mais provável eu ter morrido.-Brinco, mas ele não sorri.-Josh, eles falaram de uma prova, que eu iria fazer, é algo importante?-Ele me olha confuso depois ri.
-Ta brincando é?-Ele pergunta rindo, eu encaro esperando ele dizer algo.-Você não lembra?-Balanço a cabeça negativamente.-Prova de arquitetura, seu futuro garota, você sabe que vamos para Los Angeles?
-Sei, eu sei, só não lembro dá prova.
-Mas tudo bem logo, logo eu lembro. Richard e Julie queria vim hoje, mas eu pedi que não vinhesse por conta do meu pai. Desculpe.
-Tudo bem.-Ficamos em silêncio por longos minutos até meu tio é o senhor Stuart voltarem para o quarto, ele começou a puxar conversa comigo, ele só aparentava ser sério mas até que é legal. Não me parece com o homem que Josh havia me falado.
-Bom, tenho que ir, ainda tenho coisas a resolver aqui, antes de viajar. Você filho?-Stuart pergunta a Josh, que se despede de mim e sai.
-Cade a tia Cláudia?-Olho meu tio que estava encostada na porta.-Quero ir pra casa, eu preciso lembrar dessa prova. Eu preciso lembrar.-Ele me olha pensativo, respira fundo, quando iria falar algo, minha tia aparece na porta.
-Cheguei.-Ela fala.-O trânsito está horrível, como ela... Malia-Ela vem em minha direção e me abraça.-Finalmente acordou meu amor, fiquei preocupada.-Ela fala e eu apenas dou um sorriso.-Como está?
-Bem, na medida do possível.
-Ótimo.-Ela sorri enquanto passa a mão no meu ombro.
-Quero ir pra casa.
-Tenha paciência, para não ficar entendiada aqui, eu lhe trouxe seu celular.-Ela retira da bolsa, e me entrega. Eu não existo e logo vou atrás de mensagens, e havia várias do Josh, do Richard e de Julie e uma apenas do Stiles.
S: Malia, está tudo bem? Estou com saudades.
M: Bem.
Ele não precisa saber o que houve comigo, não queria preocupa-lo, eu estou bem de verdade, estou viva e é isso que importa, e não vejo a hora de voltar a minha rotina normal, eu odeio hospitais.

Desculpem os erros ortográficos, se tiver, eu estou atualizando pelo celular, e é horrível. Espero que gostem, opinem viu! Xoxo❤ amo vocês.