A minutos atrás eu havia beijado o Richard, bom, o Richard me beijou, e correspondi, não sei se foi a maior burrada que havia feito ou que estava conseguindo o que queria, eu dei um passo a frente, então, por que estou me sentindo errada, eu cometi um erro? Eu não sei, minha consciência está muito pesada, e isso tudo é culpa do Stiles, ele nem está presente, eu não o vejo, mas eu sinto, eu lembro dele, a todo momento, definitivamente. Não posso me sentir assim, eu não fiz nada errado, ele nem sequer se importa. Espero, eu realmente espero, que todos se sintam assim quando dão seu primeiro beijo, aquela culpa por nada.
Eu estava no meu quarto, estou do mesmo jeito que cheguei, sento na janela observando meu quarto todo, estava uma bagunça, e é algo raro, mas meu ambiente pessoal, está igual a mim, uma bagunça por dentro, um confusão, e não sabe como ficou assim, eu não sei. Eu estava feliz, eu estava, estava até eu lembrar que nem tudo é um mar de rosas, que eu estava curiosa para saber se Stiles estava namorando, e magoada, por ele ter mudado comigo, eu só queria voltar no tempo, e ter evitado tudo, a pequena culpa que eu venho sentindo nesses anos, ela nem deveria existir, eu só tinha quatro anos, eu não pude adivinhar, acredito que se eles estivessem vivo, eu seria outra Malia, eu provavelmente teria irmãos, e uma incrível mãe, como minha tia diz.
Eu tinha apenas quatro anos, eu deveria ter apagado isso da minha mente, eu era uma criança, como todas as outras, eu lembro que minha mãe dizia que eu era mais esperta que as outras crianças da minha idade, eu realmente era. Minha mãe era arquiteta, isso explica o por quê de ter tanta vontade de ser uma, quero ser igual ela, meu pai, eu não fazia ideia do que ele trabalhava, mas lembro que ele ia buscar minha mãe toda noite no trabalho. Estava perto do natal, e lembro bem, que estava na sala, com minha tia a que eu atualmente moro, ela cuidava de mim, quando era necessário, e naquela noite ela estava lá.
Meu pai tinha discutido com minha mãe pela manhã, era difícil deles brigarem, eu lembro de ter pegado, uma folha de papel, e um giz de cera, que tinha no meu quarto e feito um péssimo desenho dos dois juntos, e fui até a garagem e deixei no porta luvas do seu carro esse desenho, e quando havia chegado a noite, eu pedi para minha tia ligar para minha mãe, eu queria falar com eles, e ela fez, ligou para minha mãe, não demorou muito e ela atendeu, eu peguei o telefone e comecei a conversar com ela, e pedi para pegar algo que tinha deixado no porta luvas eu lembro dela da risada no telefone e dito palavras de "olha isso papai", eu pude ouvir meu pai sorrir, e ele pediu para pegar o telefone, e começamos a conversa, não sei o tempo que passou, eu sei que eu pude ouvir minha mãe gritar, cuidado, e um barulho no outro lado da linha, eu me assustei, e passei o telefone para minha tia, e falei que aconteceu algo, e tinha acontecido, eu fiz meu pai se descuidar no transito, e com o tempo descobri que foi uma enorme carreta que bateu no seu carro, acertou o lado que meu pai estava, eu o perdi na hora, e minha mãe, morreu dias depois no hospital, não sei o porquê, e recuso a saber, aos meus treze anos, minha tia me contou a história toda, por que não quis ficar comigo, ela me culpou, por tanto tempo, que depois se arrependeu, eu entendo, eu passei a carregar essa culpa comigo desde que ela me contou tudo, mas aquela noite eu nunca vou esquecer, ela deu um rumo diferente na minha vida.
Me levanto e caminho até o banheiro, eu não quero mais lembrar disso, eu preciso esquecer, eu estou ficando tão sensiva, eu não sou assim, eu não deveria ter ficado assim depois de um beijo, depois de uma noite tão agradável, deveria me deitar com aquele sorriso no rosto e dormir tranquilamente. Me olho no espelho, e me pergunto por varias vezes o que eu quero da vida, uma hora tudo esta em ordem e na outra não, eu estou em uma montanha-russa.Desfaço a trança em meu cabelo, retiro a maquiagem que tinha em meu rosto, escovo meus dentes, e por fim jogo água em meu rosto, seco com a toalha, volto para meu quarto e retiro minha roupa, e visto uma blusa larga que tenho a anos, arrumo minha cama, e me coloco debaixo das cobertas, estava pronta para dormir, quando ia desligar a luz do abaju, meu celular começa a tocar, eu nem tinha tirado da bolsa, me levanto novamente e pego, era apenas uma mensagem, mensagem de Richard:
"R: Me desculpe, você deve está brava comigo, ou sei lá, foi um impulso tolo, me desculpe ;s"
Dou risada, eu não estou brava, ele que deveria está, eu sai correndo, ele deveria achar que eu sou uma infantil, ou algo do tipo, eu não respondi, bloqueei a tela do celular, e coloquei no criado, e voltei a me deitar, mas o celular vibra de novo, outra mensagem:
"R: Eu sei que você leu, poderia ao menos responder, qualquer coisa, qualquer xingamento, eu sei que fui idiota, eu não vou dormir até você me responde, bom, eu não vou parar de te mandar mensagem."
Ele é um garoto insistente, se eu realmente quisesse dormir, eu teria que responde-lo:
"M: Eu poderia desligar o celular."
"R: Então eu ligo no telefone da sua casa."
"M: Richard, eu estou com sono, você não se submeteria a fazer isso, eu te mataria."
"R: Então não está brava comigo?"
"M: Ainda não."
Eu iria dormir, ele não havia respondido, coloco o celular no criado de novo, e me ajeito na cama, fecho os olhos e suspiro fundo, o sono estava vindo, e do nada meu celular começa a tocar, alguém estava me ligando, eu só queria dormir.
Oi, como cês estão? Esse capitulo, eu usei para falar mais da história da Malia, ficou um pouco distorcido? Talvez, mas espero que entendam, tudo isso está acontecendo por um motivo, estou triste pela Malia, ela não merece essa confusão em sua vida e nem seu quarto bagunçado.
Baby, estou com outra história, acompanhe ela também THE DESTINY, ela é super legal também.
XOXO.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Nosso Inesperado. {Stalia}
FanficMalia uma britânica que se torna órfã ainda quando criança, após a morte dos pais ela fica na responsabilidade da única parente próxima, a sua tia, que não suportava a ideia da morte da irmã e culpava a sobrinha de algum modo para ela a criança era...