Capítulo 25 - Hold the enemy

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Justin P.O. V -> Para ler o capítulo no anime clique (aqui)

Nós transamos naquela banheira e foi a melhor de todas, com certeza. Depois nós assistimos filmes juntinhos no sofá, falamos coisas clichês um pro outro, até mesmo juramos amor eterno, como dois adolescentes apaixonados ouvindo Michael Jackson na década de Oitenta. Depois nós fomos dormir de conchinha na cama dela. Naquela noite percebi que não é o edredom que nos aquece, somos nós mesmos. Eu preciso dela e ela precisa de mim. Nós nos completamos. Naquela noite eu também percebi que era o homem mais sortudo da face da terra, eu tive certeza de que ela nasceu pra ser amada. Devidamente amada.

Acho que quando amanheceu o dia, depois que nos levantamos quase na hora do almoço naquela manhã de quinta-feira, demorou quase uma hora inteira para que eu conseguisse sair de lá. Nós parecíamos dois recém-casados e não era só ela, eu também não queria de jeito nenhum sair de perto dela, estava ficando uma coisa melosa e possessiva de tão complexa. Era impossível nos desgrudar um do outro. Porém durante o almoço nós dois parecíamos às únicas pessoas felizes dali, os outros três membros da família estavam todos com cara de enterro tentando sorrir ao ver a felicidade da Candi. Era um sorriso forçado e falso. Mas eu entendia a bomba já tinha sido disparada e ia explodir antes do que eles imaginavam. Quando finalmente consegui sair da casa dela eu já não me sentia culpado, eu não tinha mais aquele aperto no coração, por que dentro de mim eu tinha aquela sensação de que eu tinha feito tudo certo.

Por que eu não podia contar a ela a verdade por causa do meu trabalho, mas ao mesmo tempo eu não tinha terminado com ela, por que apesar de tudo isso não era necessário. Por que ela não tinha culpa disso e eu não podia me privar de ser feliz e fazê-la feliz por culpa de um filho da puta. E mesmo que ela não me perdoasse nunca, mesmo que as coisas fossem diferentes eu tinha feito certo, e no fundo por mais que ela estivesse magoada comigo ela sempre saberia disso. E talvez ela entendesse que eu só queria o bem dela, que eu sempre pensei na felicidade dela e que eu fiz de tudo pra ser diferente. Talvez, só talvez ela não me odiasse para todo o sempre.

Fui pra casa sem deixar que essa sensação boa saísse de dentro de mim. Você não pode deixar o medo te dominar, você tem que dominar ele. Emma estava com os cabelos molhados, um casaco preto enorme e uma saia e blusa social, sentada no sofá da sala lendo alguns papeis com muita atenção.

- Humpf! – ela bufou assim que me viu passar pela porta – Até que em fim!

- Desculpa a demora! – olhei pra ela – Tem alguma coisa pra comer?

- Fiz macarrão! – ela se levantou deixando os papeis de lado – Eu já li isso umas mil vezes de trás pra frente, fala sério, esse Mackenzie é um veado.

- Ele estava todo sínico hoje, senti uma puta vontade de regaçar a cara dele.

- Imagino como você deve ter ficado! – ela deu risada – Chaz me ligou ontem avisando que não íamos mais invadir as boates.

- Vamos fazer isso hoje! – falei num suspiro – E vai dar tudo certo.

- Pelo que eu ouvi você não terminou com a Candi! – é, eu não terminei com ela, mas isso não é da sua conta porra.

- Pois é eu não consegui! – falei sem ânimo algum – Eu a amo vai dar tudo certo no final.

- Se Deus quiser! – ela sorriu mostrando sinceridade – Estou muito animada para libertarmos aquelas garotas.

- Eu também! – coloquei meu celular pra carregar – Por que você está arrumada?

- Bom não tá sabendo? – assenti que não, confuso – Chaz, Ryan, e Paulo estão vindo pra cá. Tem outro cara também, mas eu não sei quem ele é, parece que é novo na equipe, eu sei lá.

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