Candi P.O.V
Eu mal conseguia acreditar que eu tinha visto ele de novo e muito menos que nós iriamos sair. Ele está a fim, não está? Por que outro motivo ele me convidaria pra sair?
Mas é claro que ela está a fim, bom, ás vezes é como se ele me achasse uma pirralha, mas ao mesmo tempo é como se ele me desejasse. Eu não entendo mesmo é por que eu insisto em agir como uma maluca, uma criancinha de cinco anos de idade.
Passei pelo portão ao vê-lo desaparecer em alta velocidade dobrando a esquina. E mais uma vez eu entrava em casa toda sorrisos, quer dizer, como não sorrir? Aquele garoto é como o Paraíso e eu me sinto protegida com ele, olha só, ele sempre esta lá pra me defender, isso é incrível. Ele é incrível.Eu tinha saido de casa sem pedir permissão de novo e agora era a hora de enfrentar as consequências.
Meu pai não estava na sala e jamais estaria, já eram mais de três horas da manhã. Tirei o salto e subi as escadas com todo o cuidado possível. Havia apenas um silêncio inquebrável. Assim que entrei no meu quarto corri pro banheiro, eu precisava de um banho pra relaxar e acabar com aquela cara de bebada apaixonada. Durante o banho me lembrava de Justin. Sabe quando você conhece um garoto muito lindo e fica caidinha? Sabe quando você quer fazer de tudo pra impressionar ele? Quando você quer se sentir sexy e tudo o mais? Então, era assim que eu me sentia em relação a ele agora, seríssimo, eu precisava muito que ele me desejasse tanto ou ainda mais do que eu o desejava.
Aqueles olhos cor de mel, aquela boca carnuda, aquele halito quente, porra como ele podia ser mais perfeito que isso? Eu não sabia quase nada sobre ele mas ao mesmo tempo sentia como se o conhecesse a anos. Dá pra entender? Não, não dá. Mas eu to apaixonada e isso sim eu entendo perfeitamente. Talvez ele me veja apenas como uma simples adolescente mas ai eu novamente penso, ele me chamou pra sair não é? Isso tem que ser um sinal, tem que ser um sinal.
- Se divertiu filha? - perguntou meu pai me pegando de surpresa quando sai do banheiro e entrei no quarto.
- P-pai! - gaguejei enquanto secava meus cabelos com uma toalha.
- Que foi, não esperava por mim? - ele estava olhando umas fotos escrotas que eu tinha tirado com a Stacy e a ridícula tinha revelado.
- Na verdade achei que o Senhor estivesse dormindo. - caminhei até o meu closet para trocar de roupa. - Eu já volto.
Merda, só por que eu achei que ia dormir sem ouvir um sermão? Estava bom demais pra ser verdade, e agora ainda seria pior por que eu sai duas vezes e as duas vezes voltei tarde uma vez que ontem nem em casa eu dormi. Mas eu só sai hoje por causa do Collin, aquele idiota acha que manda em mim, só que ele não manda porra nenhuma. Ás vezes nem meu pai manda em mim por que ele pensa que tem moral pra alguma coisa? Eu tenho vontade de socar a cara dele mas a Stacy não deixa. Coloquei um pijama rosa de elefantinho que eu amo e peguei uma pantufa parecida com o pijama. Meu quarto é divido em três partes, o banheiro, o quarto, e o closet, então ele é realmente muito grande.
- Não me respondeu, se divertiu muito? - quando voltei pro quarto ele estava sentado na minha cama vendo uma revista de homens gostosos que eu tinha guardado de baixo do travesseiro.
- Ei, me dá isso! - peguei da mão dele envergonhada e ele riu, em seguida guardei na última gaveta da minha escrivaninha.- A Stacy esqueceu aqui.
- Entendi. - falou irônico- Ela esqueceu isso também? - ele me mostrou duas camisinhas que estavam de baixo do meu lençol.
- É-é, eu não sei como isso veio parar aqui. - não conseguia acreditar que a lesada tinha deixado aquelas duas camisinhas ali, eu já estava ferrada o suficiente não precisava disso.
- Que isso filha, a Stacy deve ter esquecido.
- Nossa, irônia mandou lembranças. - peguei as camisinhas e joguei no lixo ao lado do computador, eu não ia usar isso mesmo.
- Mas se for sua, fico feliz que esteja se protegendo.
- Olha aqui pai, eu posso fazer besteira, sair por ai, beber, acabar com o seu nome, essas coisas que o Senhor odeia e tudo mais, só que eu não sou uma vadia, e eu sou virgem tá? Isso eu posso garantir. - explodi.
- Candice eu não falei isso. - ele ficou sem graça e suspirou dando dois tapinhas no colchão indicando que eu deveria me sentar ali, bufei e assim o fiz. - Olha eu só queria conversar.
- Me desculpa, eu sei que agi mal, eu não devia ter ido, eu sei, sei disso mas porra eu não aguento essa vida de ser perfeita, de fazer tudo certo, que saco.
- Não quero que você seja perfeita, só não quero você em todos os noticiários, a filha rebelde do prefeito ataca mais uma vez, isso não é bom pra minha imagem Candi.
- Então você não vai brigar, não vai me dizer que sou a pior filha do mundo e gritar comigo como todas as vezes? - arqueei a sobrancelha- Não vai colocar um monte de grandalhões me seguindo o tempo inteiro?
- Não, eu não vou fazer isso. Você já tem 17 anos e sabe o que faz, eu já te ensinei o que é certo e o que é errado, então eu vou deixar você cuidar da sua vida. - ele desviou o olhar me deixando impressionada, aquilo não era nem de longe o meu pai.
- Tem certeza? - estava desconfiada- Estranho hein Senhor Thomas.
- Candi eu já contratei dezenas de seguranças, me diz, adiantou alguma coisa? - ele andava de um lado pro outro.
- É, acho que sou Rebelde demais pra ser a filha do prefeito.
- Não é isso, só acho que precisa pensar mais antes de fazer as coisas. - ele finalmente parou de andar e me encarou- Eu amo você Candice, e eu quero o seu bem.
- Eu sei , me desculpa. - suspirei- Mamãe já voltou?
- Ela foi pra casa da sua vó em LA.- abaixou os olhos tristemente.
- Sinto muito. - disse com sinceridade.- A culpa é minha.
- Tá tudo bem, ela vai voltar sexta por que temos um jantar com o Barack Obama.
- Vai ser aqui? - perguntei tediosa.
- Sim, espero que se comporte bem mocinha.
- Mas pai, justo na sexta? Porra, sexta é dia de Festa. - reclamei.
- É, não é todo dia que o presidente dos Estados Unidos vem a sua casa sabia?
- Eu já enjoei da cara dele. - admiti emburrada.
- Não interessa, você vai estar lá sendo meiga e fofa como sempre. - nós dois rimos- Eu realmente achava que você fosse um anjo quando nasceu.
- Ei, eu ainda sou um anjo. - prostetei cruzando os braços- Só que eu cresci.
- Crescer tudo bem né, mas não precisava sair por ai deixando seu pai com os cabelos em pé.
- Desculpa. - ri pelo nariz- É que essa coisa de ser filha do prefeito ás vezes me irrita, serio, é um pé no saco, sei que é o seu trabalho mas eu não queria fazer parte disso. Queria fosse apenas o meu pai.
- Não tenho tempo pra vocês como antes, sinto muito, essa é a realidade agora. - ele passou o braço no meu ombro e beijou minha testa- Mas você é a minha princesa, sempre será assim. Farei de tudo pra te proteger, eu prometo.
- Obrigada pai. - retribui o abraço- Você é o melhor do mundo, não sei como me aguenta.
- Ah, tem que ser muito corajoso pra conseguir isso.
- Ei. - reclamei beliscando seu braço levemente.- Eu não sou tão ruim assim.
- É, só um pouquinho. - ele brincou- Como foi a festa?
- Ah, foi legal. Sai cedo demais de lá, um amigo me deixou em casa.
- Que amigo? - ele parecia curioso, estranhei, ele nunca me perguntou sobre meus amigos.
- Um amigo ai, o nome dele é Justin, aliás será que posso sair com ele amanhã? É durante o dia pai, por favor, deixa. - implorei mesmo sabendo que a resposta seria 'não' e isso se não ficasse de castigo pra sempre.
- Bom... - ele se levantou a caminho da porta e então se virou para mim- Se não for tocar fogo em nenhum lugar, fazer sexo ou fumar maconha acho que pode ir sim.- gargalhei e corri pulando em seu pescoço com o meu melhor sorriso, ele se assustou de inicio mas logo retribuiu o meu abraço. Como ele pode ser tão legal depois de tudo? Meu pai é o melhor do mundo. - Boa noite pequena, dorme com Deus.
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Protected in Paradise
FanfictionPS: Essa obra não é minha, eu apenas a reposto. Fanfic por: Adrielle Queiroz Felicio todos os direitos reservados á ela. Candice e Justin se conhecem em uma boate, quando por um incidente ela se joga na frente do carro dele, ele a leva para casa del...
