The Perfect Ballerina

Tonight

" I'll run my fingers through your hair, and watch the lights go wild, just keep on keeping your eyes on me, it's just wrong enough to make it feel right "

[ Dia do Espetáculo ]

Respira, expira, respira, expira. Mantenha a calma se lembre de manter a calma. Nada pode dar errado.

-  Sério, nem dá pra acreditar que o meu futuro está na minha frente, na verdade especificamente sentado na primeira fileira. - desabafei com a Ty

- Senta ai e respira fundo.

- Não posso sentar. Vai amassar a minha roupa. Desajustar a minha colina, bagunçar o meu cabelo, diminuir minha adrenalina e eu vou fazer merda na hora do Espetáculo.

- Cara, sua mãe faz um otimo trabalho como " lavagista cerebral ". Sério, você está falando como uma maluca.

Ficamos em silencio por algum tempo e depois fomos interrompidas pelo som de alguém começando a falar no microfone.

- Gostaria de agradecer a todos aqui presentes e vamos dar inicio à 38¤ apresentação de balé do Teatro Estadual de Carolina. - a sala se encheu de aplausos e por um instante pararam.

- O que aconteceu? - sussurrou a Ty para mim. - É algum tipo de tradição estranha das apresentações de balé?

- Não, eu não faço ideia do que está acontecendo. Deve ter chegado alguém importante e... - Maxon!?

Me virei e olhei para minha melhor amiga. Ela havia captado a mensagem antes mesmo de mim. Era por isso que éramos amiga.

- Agora queremos agradecer a presença da família Real de Illéa. Muito obrigado.

- Meninas, meninas, todo mundo em posição. O show vai começar. - minha mãe chegou perto de mim. - Esquece o fato daquele garoto estar lá. Eu sei que você chora toda tarde, a Taylor me contou, não fique com raiva dela. Agora dance, dance, sua vida depende dos seus pés. Não importa o que aconteça hoje, eu te amo filha. Eu te amo - deu um beijo na minha testa e me empurrou para o palco.

Para chegar a perfeição é preciso descer ao mais fundo possível da imperfeição, se erguer e voila você chegou a perfeição.

Então a música começou a tocar, a cortina começou a levantar e meu coração passou a bater mais rápido do uma bateria de banda de punk/rock.

Ele estava sentado lá. Feche os olhos e dance. Então foi isso que eu fiz. Minha vida era ali. Em cima de uma sapatilha, não embaixo de uma coroa.
Enquanto eu dançava eu lembrava de toda a minha vida na Carolina, os meus melhores momentos com a Ty.

- Toma! - era Natal e a neve cobria as ruas e eu e ela costumávamos fazer bolas de neve e jogar uma na outra.

Me lembrei de todos os beijos com o Ben, que agora eram apenas memórias felizes de um relacionamento fracassado.

- Nada de beijos no domínio escolar crianças - nos afastamos ao som da bronca do Diretor Glenn.

Me lembrei de todas as vezes que viajei até o interior junto com a minha família. Havia um pé de maçã que eu usava como esconderijo.

Doce e simples vida era aquela minha. Lembro-me dos treinos com a Ashley, as zoacoes na sala de aula com o professor de música, as gritaria na biblioteca, os inoportunos gritos na lanchonete e os ensaios com a minha mãe.

Lembro-me de lavar louça com a Kenna, tentar jogar futebol com o Gerald, assistir filmes românticos com May, brigar com o Kota, abraçar o meu pai e dançar com minha mãe.

Ai eu escutei os aplausos. Eu me sentia tão cansada, suada e orgulhosa de mim mesma. Eu não acreditava. Tudo na minha vida valeu a pena, apenas para estar ali, naquele exato momento.

- Parabéns, filha! - abracei minha mae ao entrar nos bastidores. Então um homem elegante chegou.

- Prazer, me chamo Jonhathan Rosfesman. Sou o representante do Bolshoi. - meu coração começou a bater mais e mais forte.

- Prazer, sou America Singer e essa é a minha mãe Magda Singer.

- Muito prazer em conhece-las. Eu tenho uma proposta. A senhorita foi aceita no Balé Bolshoi, terá hospedagem em um dos melhores hotéis da Rússia enquanto não se estabilizar. Basta aceitar entrar no nosso Balé. Aceita? - falou sorrindo.

- Claro que eu aceito. - falei, esperei ele sair e comecei a pular de felicidade. - Mãe, eu consegui, eu consegui EU CONSEGUI.