The Perfect Ballerina

Magda, the Strict Coach

Droga, novamente isso acontece. O metrô deu um problema e aparentemente vou me atrasar mais 20 minutos.

Urgh! O ensaio das meninas vai atrasar em 10 minutos. Espero que pelo menos ela já tenham chegado.

Depois de 30 minutos esperando cheguei finalmente ao Teatro Estadual de Carolina. Cheguei pisando forte e todas as meninas se ajuntaram em suas posições no palco.

- Desculpem pelo atraso, mas é que moramos em Carolina e o metrô não é sempre eficaz. - elas riram e ficaram mais leves.

Olhei ao redor, faltava uma bailarina. America. Onde essa menina se enfiou, qualquer bom humor ou positividade que eu estivesse se esvaiou rapidamente

- Cadê a America?! - gritei e todas as bailarinas se assustaram com a minha mudança repentina de humor. - Você apontei para uma das bailarinas.

- Sim! - respondeu sorridente.

- Ashley, não é? - Ela balançou a cabeça informando que eu estava correta.

- Sabe onde a America está? - ela balançou a cabeça dizendo que sim novamente - Me diga aonde?

- Desculpe, Sra. Singer, mas não posso falar para onde ela foi. - a olhei severamente.

- Então já que não quer me falar, vai ser a primeira a começar o treino solo. - corri, apertei o play e Bethoven invadiu a sala.

Eu adorava dar aulas de balé, depois que eu parei eu queria continuar no balé de alguma forma. A única forma que eu encontrei foi dar aulas.

- 5, 6, 7, 8. 5, 6, 7, 8. Mais graciosidade, você é uma bailarina, não um pedreiro.

Parei a música quando uma batida ecoou pela sala.

- Resolveu aparecer nos 40 minutos do segundo ato, não é bonito isso. Onde estava?

- Eu demorei, por que eu fiquei presa na escola só isso. Meu Deus, você age como se eu tivesse assaltado alguém ou matado a rainha. - eu tive tanta vontade de colocá-la de castigo. Se aguenta Magda, espera chegar em casa.

- Agora, para o palco. Ashley, foi maravilhosa, mas melhore a sua pirueta para esquerda. Está um pouco mal feita. America sua vez. Já pro solo!

Liguei o som de novo e o rosto de America parecia reluzente. Qual seria o motivo de tanta alegria? Será que ela se inscreveu na seleção? Não, não, a minha filha odeia aquele Príncipe.

Depois de 6 horas de treinos cansativos mais para elas do que para mim, óbvio. Esperei todas saírem e tu conversar com a Ames.

- O que foi mãe? Veio dizer que minha abertura lateral está meio mal feita, por que eu já sei disso.

- Filha, você acha mesmo que eu vim reclamar de você. Eu vim conversar, faz tempo que não temos uma conversa de mãe e filha. - Ela olhou fundo nos meus olhos e um sorriso brotou no meu rosto.

- Faz tempo mesmo, mas não acho que temos nada pra conversar entre mãe e filha, afinal você se tornou mais treinadora do que mãe para mim. - abaixou o olhar, pegou a bolsa e saiu.

Então era isso que a minha própria filha achava de mim? Que eu era uma carasca. Que eu só sabia reclamar dela. Era isso que a minha filha esperava de mim? Reclamações.

Eu só queria que ela fosse a melhor, assim como eu fui um dia. Não queria o mal dela, mas eu queria que ela se tornasse forte, destemida, graciosa e perfeita.

Sai do Teatro e quando cheguei em casa todos ja estavam dormindo menos uma.

- Querido?

- Sim, Magda! - falou e me deu um selinho bem de leve.

- Acha que eu sou tão rigorosa com a America a ponto de ela me ver mais como professora de balé do que como mãe? - perguntei sentando na sala de jantar com ele.

- Sabe o que eu acho? Às vezes, você exige demais das suas alunas, mais sem notar acaba exigindo o triplo do que pede as outras a nossa gatinha.

- Então eu sou mesmo essa vilã de novela mexicana. Sou uma péssima mãe, lágrimas ameaçaram cair porém foram rapidamente secadas pelas mãos do Shalon

- Não é uma péssima mãe, não é uma péssima esposa e é a melhor mulher que eu conheço. Agora, vamos dormir e esquecer essa história.

- Não sei como, mas sempre me diz o que eu preciso ouvir. - sorri para ele.

- Eu desenvolvi esse talento depois de 3 filhas.

Rimos e fomos dormir. Amanhã afinal seria um novo dia e eu teria uma conversa de mãe com a minha filha.