Camille

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Passamos quatro dias discutindo estrategias e formas de lutas, nos organizando e preparando mentalmente para o confronto. 

-Ela transformou um exercito, quando ainda estava ao lado dela pude contar 50, mas, aposto que ela transformou mais. - Pher falou atento.

-Nossa! Nem eu pensei em um numero tão grande. - Sam falou admirada. - Aposto que foi ideia sua. 

-Mais ou menos. - Pher falou convencido.

-Temos que estar bem alimentados e fortes, pra tudo que virá. - Danny falou sério, encarando a praia.

-Seria uma ótima estrategia ter o índio ao nosso lado. - Todos me olharam silenciosos. - Ele também pode matar vampiros não é? 

-Ele é quem mais pode. - Derick falou.

-Duvido que ele queira ajudar. - Cris falou desanimada. 

-O que um pai amoroso negaria há um filho? - Derick falou enigmático. 

Todos nos entre olhamos enquanto ele se afastava com o celular próximo ao rosto.

-Ele é estranho. - Pher falou se aproximando de mim.

-Ele é incompreendido. - Caleb falou com ar filosofo. 

-Pq só ele e o tal índio podem nos matar? - Perguntei curiosa. 

Nick coçou a garganta e seus olhos ficaram sem vida, como se ele não estivesse com o pensamentos em nós. 

-Pq ele é um dos primeiros, um autentico. Um transformado direto de um autentico, tem o mesmo poder de seu criador. Derick foi o único a ser transformado pelo índio, isso o tornou descendente direto dele. A hierarquia dos vampiros é complicada de ser explicada e quando o índio nos explicou, ficamos mais interessados em apressar as coisas e virar maquinas mortais do que saber sobre a história. 

-A história deve ser a parte mais legal de tudo. - Falei exalando curiosidade. 

-Ele gosta de pessoas como você Lua. - Nick falou me olhando. - Pessoas com fome de conhecimento, ele vai adorar você.

Sorri convencida. 

-Ele e Derick tem uma relação muito forte, eu aposto que ele virá.

-Ele virá. - Derick mostrou um sorriso satisfeito.

-E depois, o que faremos? Digo, quando matarmo o exercito dela, ficaremos juntos ou será cada um por si? - Nick perguntou olhando para cada um de nós.

-Somos uma família pai, acho que deveríamos ficar todos juntos. - Danny falou assustando todos. - Eu já fiz nós nos separarmos uma vez, agora quero ser aquele que vai nos unir.

-Um bando de vampiros tão grande numa cidade tão pequena. - Caleb falou desdenhando. - Isso não vai dar certo Danny. 

-Podemos viajar para outras cidades, quando quisermos nos alimentar. - Sam falou claramente demonstrando gostar da ideia. - Podemos ficar juntos de novo, ser uma família de novo. 

-E quando ficar claro que não envelhecemos podemos nos mudar para outro lugar. - Derick falou.

-Tudo bem, tudo bem. Vamos ficar juntos de novo. Mas com uma condição, quero Camille morta. - Caleb falou olhando para Derick.

Senti a confusão nos pensamento de Derick e trinquei o maxilar, uma onda de ciume e de raiva me atingiram. Senti a mão de Pher em meu ombro. ''Calma.'' Me acalmei e levantei indo até meu quarto, sendo seguida por Pher é claro.

-Que merda ein? - Ele falou quase guargalhando.

-Nossa! Eu sinto tanta raiva que quase não consigo controlar, mesmo depois de tantas coisas, ele ainda sente tudo isso mesmo por ela.

-E não é isso que é amor?

-Isso é burrice...

-Mas eu também sinto que ele sente algo por você. Agora vamos tratar de um assunto um tanto sério, seu pai e seus amigos estão atrás de você, vieram várias vezes aqui na casa e já até avisaram a policia. 

''Droga, droga, droga, droga.'' 

Me desesperei.

-Não tem motivos para se desesperar, você já demonstrou controle perto de humanos. 

-Um controle minimo, não posso expor meus amigos a esse perigo.

-E se começarem a nos investigar? Lua, pense bem, melhor você se encontrar com eles, ou ligar sei lá... Mostre que está viva e bem.

Bufei

-Certo. 

-Não acha que está preparada pra isso? 

-Eu não queria ter que fazer isso, pra falar a verdade nem pensei nisso. 

-Eles são seus amigos.

-Eles são humanos Pher e eu sou uma vampira. Não quero correr o risco de machuca-los. 

-Eu sei que não quer, eu te entendo. - Ele segurou minhas mãos e me puxou para um abraço. - Mas você vai ter que fazer isso, relaxa se acalmar. Vai dar tudo certo.

Bufei, mas sabia que não ia adiantar brigar, eu acabaria tendo que fazer isso. Gelei ao me imaginar machucando meus amigos. Afastei os pensamentos negativos enquanto pensava em boa desculpa pra contar a eles por ter sumido. Nada veio em mente.

-Você pode falar que teve que fazer uma viagem. De negócios ou...

-Ou...? - Falei curiosa.

-Pode falar que viajou pra conhecer um grande e lindo amigo e acabou passando três meses divinos conhecendo a Inglaterra. - Pher falou abrindo um enorme sorriso.

-Mas, quem poderia ser esse amigo? - Falei fingindo pensar.

-Eu claro. - Pher deu um sorriso convencido.

-Ata! Não mesmo.

-Pq?

-Você não é lindo. - Falei como se fosse obvio. 

-Não acredito! - Pher falou colocando a mão do lado esquerdo do peito fingindo indignação. - Você é muito ingrata e cega, só um cego pra não ver minha beleza. Alias, um cego seria capaz até de sentir minha beleza.

Gargalhei alto.

-Nunca conheci ninguém tão convencido. - Dei um tapa em seu ombro.




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