Capítulo 17

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ALÔ ALÔ BRASIL, ME CHAMA QUE EU VOU, NIALL... (não leram errado não)!!!! Voltei meu povo! Bom, minhas bad da vida estão passando, então eu consegui fazer esse capítulo novinho pra ustedes, meus queridos. Espero que gostem! Não está muito grande, né, mas...

Acordei com um choro de bebê. Agora são 2:06. Hora da fralda. Bom, Théo está com dois meses, então eu já sei que o primeiro choro é o da fralda e, se houver o segundo, é o da fome. Não sabia que cuidar de um ser tão pequeno dava esse trabalho todo.

- Amor, sua vez - falei.

- Ah, mas... Estou sem forças até pra achar uma desculpa. Tô indo.

Ele saiu, mas logo voltou com Théo nos braços.

- O que foi?

- A fralda está limpa. Acho que ele tá é com fome.

- Ele vai me secar desse jeito.

Coloquei Théo em meus braços e ele logo começou a mamar. Eu encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos. Ai, que sono. Essa criança só chora, já tá enchendo o saco isso.

- Amor - Zack me chamou e eu abri os olhos. - Meu pai me ligou de tarde e disse que precisam de mim lá na empresa. Você ficará bem se eu voltar a trabalhar? Ou prefere esperar mais um mês, como havíamos combinado?

- Não, pode voltar. Será apenas de manhã, né? Pode voltar sim. Eu e Théo ficaremos bem.

- Beleza então. Te amo.

- Também te amo. Ai, que sono. Não me deixe dormir, Zack. Me conte alguma coisa.

- Tá bom. Ahm... Teve uma vez que eu fui numa festa de uma escola que era perto da minha casa... Acho que eu tinha uns sete anos... E roubaram meu cachorro-quente. Desde então... ninguém mais roubou meu cachorro-quente.

- Empolgante. Nunca roubaram meu cachorro-quente... Vou inventar uma música.

- Tá.

- Eu sei que sou lindaaaaa... Mas não sou Miss Universo aindaaaa... Meu filho está mamando na minha tetaaaa... E ele saiu da minha... Me perdi.

- Percebi. Adorei a música. Vai ficar em primeiro lugar na Billboard.

- Cê acha mesmo?

- Não.

***

Acordei com umas cutucadas no meu braço. Abri um olho e vi Théo dormindo na cama. Dei uma geral no quarto e encontrei Zack de cueca, perto de mim.

- Já vai? - perguntei.

- Sim. É, não, porque eu ainda estou de cueca. Te acordei pra avisar que o Théo tá aqui, só pra você não dar aquelas rodadas na cama e acabar esmagando ele.

- Ah, tá. Valeuzão. Ah, droga, perdi o sono.

Me levantei e resolvi tomar um banho. Théo é um bebê maravilhoso, super calmo... Você não pode nem fazer o número dois que a criança já tá gritando e fazendo escândalo. Acho que vou largá-lo na minha mãe... É. Aí eu o busco quando ele completar dezoito anos.

No meio do meu banho... Começou. Eu tive que sair toda encharcada para pegá-lo no colo. Comecei a dar batidinhas em suas costas e a cantar Tale As Old As Time, do filme A Bela e a Fera. Théo havia preparado uma surpresinha pra mim e acabou vomitando em meu ombro. É hoje que ele será deixado na casa da minha mãe.

- Meu filho, o que faremos hoje? - perguntei a ele, depois de ter terminado o banho. Ele me olhou tipo "Querida, eu sou apenas um bebê. Te vira". - Sei lá, a gente podia passear, né? Mas você nem ia prestar muita atenção... Vamos conversar então. - Deitei na cama e o coloquei do meu lado. - E aí, sonhou com o que?

Eu e ele começamos a conversar de um jeito estranho. Bom, eu falava pelos cotovelos enquanto Théo fazia bolhas de saliva. Pelo menos é um bom ouvinte. Meu celular tocou, era Chad.

- Sereia Prenha?

- Chad, não estou mais grávida. Já pode parar de me chamar assim.

- Ah, não, eu gostei de Sereia Prenha. Mas enfim... Quero ir te visitar hoje.

- Você e Josh, você e Lucy ou você sozinho?

- Eu e o Joshito. A Safadona tá ocupada com não sei o quê.

Chad agora pegou mania de apelidar as pessoas. Eu sou a Sereia Prenha, Lucy é a tal Safadona, por causa do tanto de garotos que ela costuma pegar o telefone, Zack é Zackatita (eu disse que iria contar a eles)... E sim, a Lucy ainda está namorando o Owen - que foi carinhosamente chamado de Paraguay, por ser um pouco parecido com o Zack -, mas às vezes ela gosta de provocá-lo e fica pedindo os números dos caras.

- Vem logo então. E olha, tá quase na hora do almoço, mas eu não vou fazer comida, então pode trazer uns lanches aí.

- Nossa, que esposa e mãe super responsável. Eu deveria ter me casado com você antes do Zack.

Coloquei um body no Théo e fiquei assistindo TV. Tinha um canal que estava falando sobre bebês e eu comecei a assistir. Legal que a um tempo atrás, quando eu não tinha o Théo, eu ia passar direto por esse canal e ia procurar logo algum desenho... Será que tá passando Hora de Aventura? Ah, depois eu procuro coisa de bebê na internet.

- Amor? - Zack gritou, lá da frente da casa.

- Tô no quarto! - gritei de volta.

Ele apareceu, afrouxando a gravata. Ele pegou o Théo e se deitou do meu lado.

- E aí, como foi?

- Normal. Daqui a pouco o Chad e o Josh vêm aqui.

- Fazer o que?

- Sei lá. Mas eles vão trazer comida.

- Comida...

- Comida...

- Eu gosto de comida.

- Empolgante. Eu tava vendo um canal que tava falando sobre bebês... Mas aí eu troquei, porque estava chato.

A campainha tocou e eu fui atender. Não eram Chad e Josh, era um entregador.

- Senhora Martin? Aqui está seu pedido e... - ele me entregou um papel - a conta.

Eu definitivamente mato aquele gay londrino. Espera só ele chegar aqui. Pedi pro cara trazer comida... Ele manda o entregador. E eu que tenho que pagar! Ninguém merece.

A Mulher dos Olhos BicoloresOnde histórias criam vida. Descubra agora