Minha mãe havia enlouquecido. Literalmente. Ela havia tratado Alex como um boneco. Ela nunca agira assim com nenhum dos meus namorados. Algo estava muito estranho. Entrei novamente para a minha casa. Queria fazer várias perguntas, mas fui logo fazendo a mais importante. - o que aconteceu aqui? Minha mãe estava de pé, na cozinha. Ela me olhou, respirou fundo, e disse. - acho que chegou o dia de você descobrir a verdade- disse ela. Eu fiquei curiosa. Como assim a verdade? Minha mãe estava bem diferente. - olha- continuou ela- eu não queria fazer isso, mas, mas acabei fazendo. O que eu fiz hoje com Alex, foi por que eu não posso ficar muito perto dele. Eu estava ouvindo tudo o que ela dizia, e sempre, minha expressão mudava. Agora, eu estava indignada. - eu não posso ficar perto dele- continuou minha mãe- por que, por que...Somos inimigos mortais. Eu, eu, sou uma vampira! E ele, ele, é um lobo! Meu coração parou de bater. Quando falo parou de bater, é porque ele parou mesmo de bater. Minha mãe me olhou, desesperada. - oh, não- falou ela- você está se tornando uma vampira. Primeiro seu coração morre, depois, depois você precisa de sangue. Fiquei com uma expressão de nojo. Se o que minha mãe estivesse falando, fosse verdade, eu teria que beber sangue. - como assim? Eu sou uma vampira? E você? Também é? Ela me olhou com desdém, e disse. - responderei até 1.000 perguntas se for preciso- disse ela- mas agora, você precisa de sangue. Então minha mãe foi até a cozinha. Abriu a geladeira, e tirou sangue dos animais, que no passado, eu comeria os animais. Temperados, e prontos. Mas, pelo que eu estava vendo, agora eu teria que beber sangue de boi. Se, tudo isso que a minha mãe falara, for verdade, então Alex, Alex era um lobo! - pare um pouco de pensar em Alex- disse minha mãe, como se estivesse lendo os meus pensamentos. Ela tirou um pouco de sangue, e colocou em uma tigela. Eu teria que tomar tudo aquilo. Não só agora. Se de fato, eu me tornara uma vampira, eu teria que tomar sangue pelo resto de minha vida. Ou, pelo resto da minha morte. Eu estava morta. Minha mãe me deu a tigela. - beba- falou ela. Olhei para a tigela, e fiquei mais feroz. De repente, queria beber tudo. E, foi isso que eu fiz. Bebi o sangue fresco, de um boi.***
Beth estava no Clube. Estava, claro, com sua mãe, a Chefe. A mãe de Beth, era a Chefe dos Vampiros de São Paulo. Ela decidia tudo no nosso clã. Ela era a "Rainha" dos Vampiros. Eu estava escondido entre os Vampiros. Beth ficaria com raiva de mim, pois eu sabia o que ela era, todo esse tempo, e não contei nada. Eu não podia contar nada. Na verdade, eu só fora para aquela escola, por que, a Chefe dos Vampiros, me pedira para espionar Beth. Como eu conseguira ficar a luz do sol? Eu, e a Chefe, conseguimos negociar, as últimas porções que o Mentor dos Feiticeiros, havia feito para Vampiros conseguirem ficar a luz do sol. Ele, ninguém enganava. Ele tinha conseguido fazer apenas 5 porções. E depois da Chefe dos Vampiros negociar com ele, sobraram apenas 1 poção. Mas, isso não vinha ao caso. Ela entrou, e os Vampiros se ajoelharam aos pés dela. Fiz minha reverência também. Beth olhou assustada ,no que estava diante de seus olhos. Ela olhou,surpresa.- então você é a rainha dos Vampiros? - perguntou Beth indignada. Vitória, a Chefe dos Vampiros, olhou com desdém para a filha. - por favor- disse ela cautelosa- Vampiros, eu, a Chefe dos Vampiros, lhes apresento, Beth, a minha filha. Então Vitória ergueu o braço da filha. O Clube ( hotel) começou a fazer barulho. Assovios, palmas e gritos dizendo: Beth!Beth! Era assim que as filhas ou filhos dos chefes dos Vampiros, eram tratados. Eram vangloriados. A Chefe ergueu a mão, e fez-se silêncio. O Clube era completamente escuro. Não se entrava nem um pouco de luz de sol no hotel. - tudo bem- falou Vitória- agora preciso mostrar o Olho Sagrado para minha filha. Antes que ela devore todos os humanos de São Paulo. A Chefe sorriu, mas Beth fez uma cara de dúvida. Elas estavam indo para o quarto da Chefe, quando o olhar de Beth parou. Juntamente, com o seu corpo. Segui o olhar dela, e percebi que ela estava olhando para mim. A Chefe olhou para mim. Vitória já estava acostumada a me ver ali.mas Beth? Beth estava com um olhar de espanto. - você- disse ela e apontou para mim. De repente, todos os Vampiros se voltaram para mim. Senti vários olhares em mim. Até que a Chefe falou.- você também deve explicações para ela- falou Vitória para mim- venha conosco. Então me dirigi ao quarto da Chefe.***
Alex estava andando na rua, naquela noite. E agora, aqui no Vale dos Lobos, estava dormindo. Ele estava desamparado. Quando Alex saíra da casa da mãe de Beth, ele ficou andando sem rumo. E eu, eu sempre seguindo-o. Até, depois de tanto andar, ele parou na praça municipal, e se sentou ao lado de uma pessoa, que para ele, era uma pessoa. Mas, na verdade, a pessoa sentada ao lado dele, era um demônio. Existem vários demônios no mundo. Quem os combatem, somos nós, os lobos, os vampiros, os feiticeiros e os anjos. Aquele era um demônio Bloom. Demônios Bloom se disfarçam de pessoas boas, e no fim, te matam. Alex se sentou, e eu já estava transformada, juntamente com mais dois lobos. Então, o demônio Bloom, se manifestou. Jogou Alex longe. Fomos correndo ao encontro deles, quando vimos Alex se tornando um lobo. Ele era um lobo marrom. Ele veio para cima do demônio, e acabou com ele, em questão de segundos. Então, então desmaiou e, até agora, não havia acordado. Bem, como eu falei antes, esse é o Vale dos Lobos, o refúgio de todos os lobos de São Paulo. Nenhuma outra criatura pode entrar no Vale, a não ser um lobo ou loba, como era o meu caso. Eu fiquei fora da cabana onde havia deixado Alex dormindo. O sol nascia. Os vampiros, se escondiam. Estava tudo calmo na floresta. Eu estava passando a mão no meu cabelo ruivo, quando ouvi um barulho. Olhei ao redor de mim. Não encontrei nada. Quando Estava Voltando para a cabana, aparece um lobo. Um lobo, que infelizmente, eu conheço. Aparece o lobo que me transformou. Aparece Toby, com seus cabelos loiros, me pertubando. - oi- diz ele. Eu não gosto desse cara, por que ele vive me pedindo para vangloriar ele. Somente, por ele ter me transformado em loba. Eu não pedi para ser loba. Eu tive que me acostumar 4 anos. 4 anos, sem ver a sua família. Isso sim? Era triste. Mas, por outro lado, eu estava gostando de ser uma loba. - oi- falo e fica um clima tenso. Ele me olha e fala. - olha Maria- diz ele- eu já estou cansado de ficar escondendo isso de você. Eu...- perdi alguma coisa? - diz uma voz atrás de mim. Olho, e vejo que Alex acordou. Quando volto a conversar com Toby, não vejo mais ele. Ele fugira da conversa. ***
- Então quer dizer que eu sou um lobo?- eu perguntei surpreso a Maria. Eu não lembrara de nada que eu havia feito na noite passada. Mas, de acordo com Maria, eu havia me transformado pela primeira vez em um lobo, e havia acabado com um demônio. Nossa, eu deveria estar parecendo um super herói. - sim- respondeu Maria- você é um lobisomem, como eu sou uma loba. E esse, esse é o Vale dos Lobos. Olhei ao meu redor. Haviam várias árvores e cabanas. Era, naturalmente, lindo. - então todos os lobos moram aqui? - perguntei a Maria. Ela olhou para mim, e deu um sorriso de leve. - nem todos- disse ela- nesse Vale dos Lobos, apenas os lobos de São Paulo moram, há vários Vales dos Lobos espalhados pelo mundo. Esse, é apenas um deles. Olhei para ela, e levantei uma sobrancelha. - então- falei- alguém é o chefe de alguma coisa aqui, ou todos são chefes de todos. Dessa vez, Maria deu uma risada um pouco mais alta do que a anterior. - não é bem assim- falou sorrindo, mas rapidamente, mudou sua expressão- nós, os lobos, temos um único chefe. O Líder. O Líder, é aquele que manda em tudo. Ele, toma as decisões finais dos Lobos. Ele, é o comandante dos Lobos. Fez-se silêncio. Eu estava curioso. E fiz mais uma pergunta. - quem é esse Líder, afinal? Maria ficou incomoda ao ouvir o que eu havia dito. Ela me olhou e disse. - bem- falou ela mudando de assunto- eu, eu preciso ver uma pessoa. Uma pessoa que eu acho que você também conheça. Eu preciso ver Beth. Meu coração de lobo acelerou. Beth. Claro. A menina tão doce que eu conhecera, não iria gostar de descobrir que eu sou um lobo. - na verdade- falou Maria, atrapalhando meus pensamentos- Beth, é uma inimiga dos lobos. Beth, e a mãe dela, são vampiras. Dessa vez, eu fiquei pasmo. Eu sou um lobo, e ela, ela, ela era uma vampira. Nós, agora, éramos inimigos mortais. Maria observou meu olhar de surpresa. Muito surpreso eu estava. - Alex- disse Maria, mas não olhei para ela. Estava apenas pensando na enorme hipótese que seria verdade, de Beth nunca mais chegando perto de mim, sem me beijar. - você, Alex- disse Maria- irá ver o Líder. E eu, vou mandar lembranças suas a Beth. Você vai ver o Líder, e eu, eu vou ver Beth. ***
O quarto de minha mãe era enorme. Uma cama de casal enorme, uma estante de livros enormes. Isso tudo era enorme. Eu, é claro, estava me acostumando com isso tudo. Essa história da minha mãe ser a Chefe dos vampiros. E, ainda tinha Guilherme, que fingira ser meu amigo, mas na verdade, estava apenas me espionando. Minha mãe pediu para que nos sentassemos, e falou. - Bem- disse ela olhando para Guilherme, e olhou para mim- estamos aqui minha filha. Vamos lá, faça o seu turbilhão de perguntas. Eu pensei bem, e fiz minha primeira pergunta. - como você se transformou em vampira? Minha mãe ficou imóvel. Acho que ela não esperava essa pergunta. Respirou fundo, e respondeu. - sem interrupções- falou ela- eu, nasci vampira. Eu, nasci de um romance de um vampiro, com, com, com uma bruxa. Eu, não queria viver esse mundo do vampirismo, mas acabei me transformando na Chefe dos vampiros. Eu conheci o seu pai, em uma das várias festas dos vampiros. Seu pai foi morto a 7 anos. Então, alguma outra pergunta? Fiquei pasma. Meu pai também era um vampiro. Isso era estranho. Pensei bem, e dessa vez, decidi fazer uma pergunta a Guilherme. - Guilherme- falei, olhando diretamente para ele- por que você estava me espionando e como conseguiu ficar a exposição da luz do sol? Guilherme me olhou com desdém, antes de responder. - eu te espionei- começou a falar ele- por que a Chefe mandou cuidar de você, para que nenhum demônio ou bruxa, se aproximasse de você. E o sol? Eu e a Chefe, conseguimos 2 das últimas 3 poções do Mentor dos feiticeiros. Ele fez poções para que vampiros conseguissem se expor ao sol. Eu levantei uma sobrancelha quando ele terminou de falar aquilo. Tinha muitas dúvidas ainda. Teria que tirar todas elas. - então- falei- Mãe, ou Chefe, você disse que tiraria as minhas dúvidas, e que eu iria ver uma coisa. Que coisa é essa? Ela fez um gesto na direção de Guilherme, e ele se foi, deixando eu e minha mãe a sós. - eu queria te mostrar- disse minha mãe- um dos Olhos Sagrados. Eu tenho que te... de repente, alguém entrou na sala. Era um dos servos de minha mãe. - senhora Chefe- disse ele- há uma licantrope aqui. Então, uma pessoa entrou na sala. Olhei para a pessoa, e me surpreendi. Quem estava ali, era a Maria. ***
Eu estava sozinho em um canto no hotel. Tive que explicar o que eu não queria, para Beth. Eu não queria explicar a verdadeira história para Beth. Mas no fim, tive que contar, que só conhecera Beth, sem querer. Estava ali, apenas espionando-a. Estava triste por Beth. Não conhecia ela direito, mas tinha me tornado seu amigo. Agora, ela estava vendo o Olho Sagrado, quer dizer, um dos Olhos Sagrados. E eu, estava no 4° andar do Clube. Estava no meu quarto. Estava esperando para que anoitecesse. Pois, como sou um vampiro, só posso andar a luz da noite. Eu só havia conseguido ficar a luz do sol na escola de Beth, por que a Chefe, havia conseguido uma das últimas poções do Sol, com o Mentor dos feiticeiros. Me deitei na cama. Olhei para um relógio velho que estava na minha estante. Marcavam 18:45. Faltavam quinze minutos para o sol se por completamente. Fui desligado do meu devaneio, por uma batida na porta. Fui até a porta, e abri-a. Era Suzan. Suzan foi a vampira que mais bem me acolheu, quando eu fui transformado em vampiro. Ela é morena, mas com essa coisa de vampiro, ela não parece, muito, morena. Ela sorriu para mim e falou. - tudo bem? Algo me dizia que ela gostava de mim. Ela já me convidara para ir ao cinema, mas eu não aceitara. Não queria ser nada dela, a não ser amigo. - tudo- falei. Então, ela entrou, e eu fechei a porta. Ela se sentou na minha cama, e eu semtei ao lado dela. Há anos eu conhecia Suzan. Ela era como uma irmã para mim, mas apostava que ela não sentia somente amizade por mim. Ela pegou na minha mão. Algo que eu não gostaria que acontecesse, estava prestes a acontecer. Ela foi se aproximando ainda mais de mim. Eu estava deixando ela se aproximar. Num leve toque, ela colocou a mão no meu rosto, e me beijou. Um beijo leve, delicado. Eu coloquei minhas mãos em volta da sua cintura. Estávamos num beijo apaixonado, quando eu me dei conta do que estava fazendo. Estava beijando a minha amiga. Me afastei dela, e ela me olhou confusa. - o que foi,Guilherme? Eu estava tão confuso. Não queria mais olhar para Suzan. Então vi que escureceu, e saí do quarto. Depois eu saí do Clube, e decidi, que iria ver meu velho amigo. ***
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LOBOS E VAMPIROS OS OLHOS SAGRADOS
Kurt AdamE se, de uma hora para outra você virasse um Lobo ou uma vampira? Alex e Beth, dois adolescentes que se conhecem, e começam a namorar. Mas, o que el es não sabem, que eles são Inimigos Mortais. Uma guerra está prestes a ser travada em São Paulo, mas...