Abriu a porta com delicadeza e entrou, tomando muito cuidado onde pisava para fazer o menor barulho possível no quarto, caso o rapaz estivesse ainda sonolento. Entretanto, assim que pôde espiar a cama bem ao centro, viu as íris carameladas bem despertas e atentas voltadas para si.
- Olá. – Acenou com a palma da mão e sorriu. – ...Me avisaram que havia acordado, estava ansioso.
- Oi... – Disse, tentando acomodar-se melhor na cama. A expressão em seu rosto revelava dor.
Gerard aproximou-se.
- Então é isso que você faz quando não está sendo vigiado? – Indagou divertido buscando aliviar o clima que imperava desde que haviam se encontrado no galpão.
Os lábios de Frank curvaram-se minimamente.
- Você estava me vigiando.
O ímpeto contestador de Iero estava intacto.
- Tudo bem, eu corrijo. Mas soará muito pior. – Advertiu no mesmo tom e riu. – Então é isso que você faz quando acha que não está sendo vigiado?
- Por que soa pior?
- Você não saber que está sendo vigiado...?
Frank fez uma pausa. Revirou os olhos e inspirou.
- Eu sabia. – O homem soltou um riso e o rapaz fez uma careta. – Eu sabia sim, eu só achei que fosse coisa da minha cabeça.
O silêncio imperou por um momento, Gerard não quis prosseguir temendo até onde a brincadeira acabaria chegando. Mas já era tarde demais e também inevitável. O semblante do menor foi murchando segundo após segundo, deixando o outro agoniado por não saber como pará-lo.
- Não foi minha culpa. – Concluiu, Frank, deixando as palavras dissiparem no ambiente, como se, assim, pudesse se sentir melhor.
- Não. – Concordou.
- Você esteve perto por todos esses dias, não é?
- Queria garantir que estaria a salvo. – Explicou-se. – E presumo que fiz bem, apesar de...
- Parecer um psicopata. – Completou a frase sarcástico.
- É, é isso.
- Eu provavelmente estaria morto se você não estivesse lá.
- Mereço algum agradecimento? – Way não queria de fato congratulações por ter lhe ajudado. A indagação era um teste para saber qual era seu estado emocional, o que lhe preocupava muito.
Iero virou o rosto para o outro lado e abaixou o olhar.
Gerard não deixou que falasse:
- Frank, olhe para mim. – Ordenou e só voltou a falar quando foi atendido. – Você pedindo para morrer foi a cena mais pavorosa que eu já presenciei em toda minha vida. Eu não quero que isso se repita. – Repreendeu-o. – Se você preferir, eu vou embora, mas não me faça passar por isso novamente.
O rapaz cerrou o maxilar com força.
- ...Me desculpe. – Respondeu forçado.
- Quer mesmo se desculpar? Porque não é isso que eu vejo.
- Eu não estou bem. – Admitiu levando uma das mãos à testa.
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In The Dark || Frerard
Fiksi Penggemar"De repente, por mais que estivesse em frente a um espelho, fitando-se por minutos em silêncio, não se reconhecia. Nos traços faciais refletidos, não havia sequer um ínfimo resquício do temido líder dos Leviathans e, sim, uma trilha de ruína e devas...