Instintos

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  Assim que o Manoel parou vi o Di encostado no primeiro portão sorrindo pra mim. Corro pra ele e o abraço.

- Bom dia ciumenta. - ele diz tirando uma mecha de cabelo dos meus olhos e pondo atrás da orelha.

- Não sou ciumenta. - digo largando-o e olhando em volta com cara de brava - É a mim que você estava esperando ou a "Mô"? - pergunto pronunciando o nome dela com todo o nojo que eu consigo reunir. Ele dá uma gargalhada.

- Maluca. Só você mesmo.

- Ai de você se não fosse. - ele ri.

- E a Maju? Não veio com você?

- Aah, ela não te contou? - pergunto entrando com ele para a área externa e indo em direção á uma mesinha embaixo de uma árvore, ele se senta comigo e diz:

- Ela só disse que estava indo pra sua casa e que ia dormir lá, depois não falei mais com ela. O que foi que aconteceu?

- Bom... - respiro fundo e conto pra ele toda a história.

- Filho da...Nem escuto ele terminar a frase, minha atenção é completamente tomada por aquele idiota, medíocre metido a gostosão que vinha rindo na direção do prédio do 3º ano. Não consigo me conter.

- Luan! - grito e os três param.

- Nicole pera aí! - o Di pede mas eu já to correndo na direção do imbecil.

- Oi loirinha. - ele diz sorrindo e me olhando de cima a baixo. - Nicole não é?

- Sim. - respondo - A amigada Maju. - vejo o sorrisinho prepotente se apagando de seu rosto.

- Hum, e daí?

Reúno todas as minhas forças e mando um soco na cara do idiota.

Ele cambaleia para trás, bate na parede e fica me encarando com incredulidade que em segundos se transforma em ódio

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Ele cambaleia para trás, bate na parede e fica me encarando com incredulidade que em segundos se transforma em ódio.

- Garota errada. - dou as costas pra sair como se nada tivesse acontecido e me assusto com o tanto de gente que está parada assistindo. Alguns meninos gritam "Uhu, vai Nicole!", os outros estão divididos em " O que foi que aconteceu aqui?" e " O Luan apanhou dessa menininha? Vamos Zoar!". Encontro os olhos do Di e eles estão cheios de... raiva? Não é pra mim que ele olha, percebo. Ele parte pra cima do Luan que estava de pé jogando-o no chão com mais um soco. Fico olhando aquela cena em que o Di parece querer matar o Luan sem compreender. O Diego é mais pacífico do que o Gandhi! Ele era um ser humano racional, ao contrário de mim, ele não resolvia as coisas daquela maneira. Dois seguranças chegam e tiram o Di de cima do Luan que tem sangue escorrendo do supercílio e do nariz.

- Diretoria. - grita um deles - Agora! - Droga! Vou em direção do Di e um dos seguranças me seguram, É o Robson.

- Desculpa Nicole, mas você não.

AcrediteiWhere stories live. Discover now