Dia de Praia

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  Começava a ficar frio, os meninos acenderam uma fogueira, lua no céu, e uma galera enorme que foi aparecendo um dali, dois daqui e agora já devia ter umas cinquenta pessoas mais ou menos, fui atrás da minha bolsa pra pegar o meu celular e ligar pra dona Juliana que já devia estar chegando, o que foi bem difícil devido a embriaguez. 

- O quê? Não to te ouvindo filha. - afastei um pouco da bagunça com o celular em uma mão e o copo na outra, mas ainda tava difícil de ouvir.

 - EU DISSE QUE EU TO NA PRAIA. - gritei, por causa do barulho (e do álcool).

- O QUÊ? QUÊ QUE VOCÊ TÁ FAZENDO NA PRAIA UMA HORA DESSA NICOLE? COM QUEM? COM PERMISSÃO DE QUEM?

- CALMA MÃE, EU TO COM A MAJU, O DI, A GIGI, A SARINHA O BETO O JOÃO E O PEDRINHO E UM MONTE DE MALUCO ESTRANHO, A GENTE TÁ FAZENDO UM LUAU LUUUAAAUUUU - digo e começo a rir-

 VOCÊ BEBEU NICOLE, É ISSO?

- BEBI, BEBIBEBIBEBIIIII.

- QUE VEXAME É ESSE NICOLE? QUERO VOCÊ EM CASA ASSIM QUE EU CHEGAR!

- NÃAAO XULIANA, PARA COM ISSO, A GENTE VAI PRA CASA DA MAJUUU.

- QUE MAJU O QUÊ? QUERO VOCÊ EM CASA. JÁ!

- POR FAVO XULIANA, POR FAVOOOR!

- AI MEU DEUS, TUDO BEM, MAS AMANHÃ SE PREPARA.

.- TE AMO MÃE XU.

- TAMBÉM TE AMO FILHA, SE CUIDA.

Desliguei e fiquei encarando o visor tentando lembrar pra onde eu ia, olhei pra frente e lá vinha o Diego, sorri e esperei, quando chegou mais perto vi que não era o Di e sim o Pedrinho.

- Tá fazendo o quê aqui sozinha Nickinha? - Nickinha? Sério? Alguém me chamava assim no jardim, não lembro quem, eu já detestava.

- Só vim avisar pra minha mãe que não ia pra casa.

- Ah tá, e aí, conseguiu se livrar do segurança em? - chegando perto.

- Quê?

- Deixa pra lá, vamos continuar de onde a gente parou mais cedo.

- Do que você tá falando garoto? - eu podia estar meio bêbada, mas ainda estava consciente

- Deixa eu mostrar.

- ele disse e veio com a mão na minha nuca me puxando pra ele e beijando meu pescoço. Verdade seja dita Pedrinho é uma cara muito gato, um loiro de deixar qualquer um babando, mas, o "Pedrinho" não é devido ao tamanho, idade, nem seus "dotes" e sim ao cara ser um crianção. Ele não era pra mim, nem pra uma ficada despretensiosa e ainda tinha o Di, eles nunca se deram bem, nunca.

- Ah sim, lembrei. - disse afastando ele

- Então, - ele disse sorrindo - vai ter que me dar alguma coisa pra compensar ter me feito esperar até agora. 

- Vou dar sim, - digo sorrindo maliciosamente e pondo o celular no bolso - fecha os olhos. - e ele fecha ainda sorrindo, me posiciono atrás dele, na direção que está a galera, pra ter tempo de correr, pego o copo cheio de cerveja quente viro na cabeça dele e saio correndo rindo que nem menina travessa, me sentindo com 8 anos outra vez. Provavelmente ele teria me alcançado se corresse, mas ele só passou a mão no cabelo e gritou:

- PUTA QUE PARIU NICOLE.

Babaca. 

O Di tava sentado conversando com uma loira aguada, magricela, com cara de nojenta, mas quando me viu, rindo e arfando levantou e veio na minha direção. 

AcrediteiWhere stories live. Discover now