"Acordando"

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"Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos, queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos. "
George Bernard Shaw

-Sim, ela vai abrir os olhos em alguns segundos. -diz a voz de um homem, que não sei quem é, mas é uma voz que já tinha ouvido antes.

-Tem certeza que fez todos os ajustes? Como sabe que depois de ligada, poderemos controlá-la? -indaga a voz de uma mulher, que parece próxima, acho que estamos todos numa mesma sala.

-Ah, desta vez eu sei que dará tudo certo. Eu nesmo fiz a parte final. Eva? Eva, pode nos ouvir? -diz o homem novamente. - Está na hora, abra seus olhos.

Então, como obedecendo a um comando, eu abro meus olhos e vejo um teto branco, iluminado por várias luzes brancas. Estou deitada em algo que parece ser uma maca ou algo parecido. Viro meu rosto e os vejo. Sim, duas figuras, um homem de pele branca, cabelos louro escuros, olhos azuis, aparentando experiência, talvez o quê, 48 ou 49 anos? A mulher, de estatura mediana-alta, de pele também branca, em seu rosto existem leves sardas, olhos verdes, e cabelos levemente avermelhados e ondulados, deixando-a com um ar jovial e feminino. Aparentando não mais que 30 anos de idade.

- Olá. -diz o homem. - quero agora que você se sente, na maca onde você está.
Imediatamente me sento e percebo que nesta posição, estou mais confortável.
Vejo toda a dimensão da sala branca: aparelhos ligados com luzes e sons audíveis, a porta está fechada, somos apenas nós. As duas figuras de roupas social e jalecos brancos por cima, me olham com expressão de encanto nos olhos, e cada um com uma prancheta nas mãos, onde hora ou outra fazem anotações rápidas.

- É muito bom ver você assim, Eva. Sim, este é seu nome. - diz o homem se aproximando de mim, com um olhar de análise e um sorriso leve no canto dos lábios.

- Oi, Eva. - diz a mulher, olhando bem dentro dos meus olhos. - eu sou Charlote Beell este é o Professor Alister Walker.

- Oi? - sai um som dos meus lábios e ouço-o como uma melodia suave.

- Incrível! - diz o homem, que agora sei, chamar-se Alister. - ficou muito boa a sintetização da voz dela, combina muito bem, ótimo! Eva, quero que coloque-se de pé, ok?

Então ponho-me em pé e o olho nos olhos, ele deve ter 1, 80 de altura e eu sou praticamente do mesmo tamanho.

- Professor, o senhor não quer ir para a outra sala, para começarmos a explicar tudo verbalmente a Eva? - diz Charlote.

O professor me olha nos olhos, e sorrindo me pede para segui-lo, abre a porta da sala e me encaminha à um corredor. É então que eu percebo onde estou. Este corredor entre as salas em questão, fica ao lado de um vão enorme e oval, onde posso ver outros andares, uns 8 precisamente, com muitas portas e salas, mas estas têem paredes de vidro, dando pra ver pessoas entrando e saindo delas, todas com roupas sociais e jalecos por cima assim como o Professor e sua assistente, e também com prancheta acrílicas e transparentes nas mãos. Para entrar nas salas elas usam uma espécie de desbloqueio num pequeno monitor com senha e ainda passam um cartão magnético que cada um carrega consigo, então entram nas salas e a porta se fecha automaticamente após com um clique.

Enquanto observo tudo, o Professor abre a porta da sala em que vamos entrar e me acompanha sala adentro, juntamente com Charlote.
Esta sala é diferente da que estávamos, parece ter paredes anti-ruídos, a cor não é branca, é creme, com uma mesa de metal finamente trabalhada em suas laterais, várias cadeiras e, enfrente a estas, monitores, como se fosse uma sala de vídeo conferência, na parede em frente à mesa, uma tela enorme de projeção está instalada.

Enquanto estou de pé enfrente a mesa, observando o ambiente, a assistente Charlote avisa ao professor que irá ligar o projetor, enquanto ele inicia nossa "conversa". É olhando pra mim que ele diz:

Eva Em Busca Da Humanidade (Concluído e Será Revisado) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora