Eva Em Busca Da Humanidade (Concluído e Será Revisado) #wattys2016

Quebra Cabeças fazendo sentido

Me deixou pensativa ver Olavo aparecendo na sala onde eu estava ajoelhada ao lado do Sr Hans amarrado e deitado no chão, mas na verdade, não me surpreendeu. Fiquei olhando os dois homens se aproximarem, e Olavo enquanto andava, falava em alto e bom tom, o que seu ego precisava que fosse dito.

Pensando comigo que algumas peças faziam sentido agora. Olavo estava por trás do seqüestro do Sr. Hans, e isso era óbvio, se aliando ao Sr. Jimmy nisto. O que me cheirava a um motivo de vingança torpe. E eu queria saber a fundo o porquê!

- Olavo? O que significa isso tudo? - pergunto me levantando e ganhando tempo, para enquanto ele responde, colocar meu celular no silencioso, atrás de mim e ligando para o último número discado, o do professor.

- Ah, Eva, Eva. Tão inteligente, e tão ingênua a respeito das motivações humanas... - diz Olavo, caminhando lentamente em minha direção, enquanto o Sr. Jimmy me olhava com ar estupefato, como quem finalmente vê algo pelo qual esperava ver a muito tempo.

- É ela? - pergunta a Olavo, num sotaque de inglês.

- Sim, em pessoa, se é que podemos afirmar, assim. - responde Olavo, com um sorriso sinistro no canto dos lábios.

- Arman, pode soltar Hans, e levá-lo a um beco qualquer bem longe daqui. - grita agora Jimmy ao homem que vigiava a porta da entrada do galpão da fábrica no andar debaixo. Este, sobe até onde estamos, e levanta o Sr. Hans do chão, segurando em seu braço de forma brusca, e o encaminha para fora, onde suponho esteja aquela van azul escura.

- Eva, agora que está aqui, será tudo muito fácil. Hans voltará para sua vidinha e você ficará aqui conosco. - diz Olavo se aproximando de mim, tão rápido que mal tenho tempo de pensar. - Temos muito para conversar, mas antes, por favor, desligue o celular que está em suas mãos.

Então percebo seu braço já segurando firme o meu, onde na mão eu segurava o celular atrás de mim.

- Não sei o que pretende, mas com certeza já o localizaram, e logo estarão aqui, a polícia e o Sr. Alister. - digo tentando me soltar de suas mãos.
- A polícia já sabe onde estou, não é? Acredito que você mesma deu a eles a localização, anteriormente, não deu? Eles ficarão felizes em ver Hans chegar são e salvo. E o professor, a este será bem vindo aqui, para ver as melhorias que estarei fazendo com sua ajuda. - diz Olavo cínico, me agarrando pelo outro braço e me forçando a caminhar com ele na direção da escada.

Mas antes de chegarmos ao primeiro degrau da escada, me desvencilio de suas mãos, me soltando e o empurrando, o vejo cambalear e apoiar-se na parede, corro então em direção à janela que entrei, se eu a alcançá-la, será facil pular e correr rua afora. Mas algo me atinge pelas costas, na altura de minha nuca, logo abaixo da minha cabeça. A dor é sufocante, mas consigo gritar alto, até para meus ouvidos, e então escuto passos no andar de cima, e a voz de Paul, me chamando. Meu corpo tomba, fora do meu controle e desabo no chão.

- Eva! Não! - a voz de Paul está próxima, mas não consigo abrir meus olhos para olhar. Tudo está escuro agora, e então meu cérebro apaga, enquanto sinto apenas o chão sob mim.

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Acordo deitada numa maca, em uma sala que parece um laboratório improvisado. Tento me levantar, mas percebo minhas pernas e braços presos numa espécie de algema de couro, forte e muito justa em minha pele. Olho em volta e vejo Paul na mesma situação que eu, amarrado em outra maca, mas desacordado.

Me pergunto o que Olavo pretende afinal. E neste momento a gravação da conversa dele com Charlotte vem em minha mente. "Só saberemos se são compatíveis, quando fizermos os testes". Então é isso? Querem testar a mim e a Paul simultaneamente. Por isso estamos aqui juntos e num laboratório. Tento me soltar, preciso sair daqui e levar Paul comigo. Mas as amarras não permitem, por mais que eu tente, elas não afrouxam, nem um centímetro que seja. E enquanto me debato na maca, alguém se aproxima.
- Ela acordou! - diz Jimmy em um português tosco.