A vida seguindo seu curso

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( Epílogo)

    Com o passar do tempo, percebi que apesar de terem se passado anos, ainda sentia falta de Alister. Queria seu abraço de pai, seu sorriso sólido e ver seus cabelos grisalhos ao brilho do sol.

Durante todo nesse tempo, depois de acordada, andei observando a raça humana e sendo testemunha de sua capacidade criativa. Quer seja para criar com as próprias mãos estruturas, ou apenas situações. Algumas ajudavam a própria raça, outras a destruía.

Mas eu simplesmente amava o raça humana. E apesar de ter passado meus dias até aqui em busca da Humanidade destes, acabei encontrando em mim, boa parte dela.
Quer fosse na fúria e irá que me invadiu certa vez, ou a mágoa encontrada por uma traição entre amigos. Quer fosse a surpresa de um sentimento novo, como o amor que invadiu meu peito de forma duplicada e até dolorosa.

Os dias do nosso retorno da França se seguiram nos deixando com tempo reduzido para a vida de casal. Afinal Nícolas voltara ao Jornal, tão logo retornamos e eu à Coletivas, entrevistas e às pesquisas.

Nós nos víamos a noite, onde Nícolas era um verdadeiro Romeo se desfazendo em carícias e carinhos, me fazendo a esposa mais feliz do mundo e sempre demonstrando que minha decisão de aceitar seu pedido, foi a mais acertada.

- Você precisa ouvir a última - diz Nícolas, quando retorno do Complexo em uma noite depois de passar horas no Laboratorio2.

- Hum...se não me engano, parece algo muito bom, o que é? - pergunto percebendo sua animação e recebendo em abraço pela cintura e um beijo casto.

- Teremos um novo casamento! Natália está noiva de um empresário africano e o trará para nos conhecer em breve. - responde com em sorriso que demonstra a satisfação por ver que sua irmã montará também uma família só dela.

- Oh! Mas isso é magnífico! A família está crescendo! - digo lhe enchendo de beijos por comemoração.

Se Alister estivesse aqui, estaria eufórico com tantas mudanças, e com a alegria que movia tudo e todos. Não apenas no seu antigo chalé, mas também no Complexo.

Nossa Campanha resultou em muitos fundos de investimentos na empresa e parcerias que nos levou ao foco número dois do projeto.

A fabricação de novos andróides!

Eu estava sempre em reuniões e nos estudos e pesquisas com Paul. Agora conseguíamos estar mais perto um do outro, se tivéssemos um foco para onde concentrar nossos esforcos.

Decidimos que faríamos os andróides em pares, e os explicaríamos todo o processo para não serem pegos de surpresa depois. Fizemos também uma reformulação no Complexo, preparando dormitórios femininos e masculinos para acomodá-los, com tudo monitorizado para acompanhá-los em seu desenvolvimento e dúvidas. E ficamos felizes por isso.

Teríamos mais seres como nós, onde não precisaríamos fingir nos misturar, como havia sido antes comigo e com Paul.

E seríamos responsáveis por deixá -los cientes da vida andróide por completo, passando à eles nossas experiências sobre os sentimentos, a força em modo de ataque, a conexão e principalmente sobre a necessidade de se portarem como reais responsáveis pelo bem estar da raça humana.

E esta era a principal das tarefas em sua missão aqui.

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Estive mais uma vez, fora do país, mas agora à trabalho. Hoje estou voltando de viagem ao Sul da África. Era o projeto Eva G1 saindo do país, para alcançar o mundo!

Estávamos eu e Kristal, a nova genóide em treinamento que agora me acompanhava nessa nova missão, e deixava Nícolas mais confortável por saber que o andróide ao meu lado não era seu rival.

Eva Em Busca Da Humanidade (Concluído e Será Revisado) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora