Quando volto a compor o grupo da Comitiva, sou recebida com sorrisos, nos rostos de todos.
-Ah! Eva, você foi formidável! - diz Charlote.
- Me passe todos os dados, Eva. O que você concluiu? - pergunta ansioso, o professor.
- Professor, acredito que seja melhor um relatório escrito, assim posso lhe dar dados plausíveis. - respondo, lhe lançando um olhar, que quero dizer que não é uma boa hora para discutirmos o assunto.
- Ver o paciente reagir a você, foi algo esplêndido, ele é o mais arredio e apático daqui. - diz a enfermeira que nos acompanhava.
- Ah, sim, Eva é mesmo carismática, ela é espetacular! - diz o Sr. Alfredo - E Alister, meu caro amigo, se tudo continuar assim, creio que teremos uma parceria de sucesso!
- Vou lhe enviar um relatório detalhado, Alfredo, com dados de sua instalação, Eva é eficiente em escanear a área, mesmo que não tenha parecido, ela estava fazendo isso o tempo todo, desde que entrou aqui. - responde o professor - E então conversaremos sobre as medidas e melhores formas de agir. Aguarde meu contato em breve, sim?
- Claro, claro, esperarei ansioso. - diz o Diretor.
E assim nos despedimos, e vamos rumo ao estacionamento onde se encontrava a van.
No caminho de volta, o professor parece entusiasmado e pergunta porque não quis dar os dados achados no hospital.
- Acredito que o diretor não iria gostar que eu falasse com todos ouvindo, que seu ambiente está mais infectado de que pensa. Isso iria colocar os funcionários em pânico. - respondo - E aquela enfermeira que esteve conosco, já tem a cepa da doença. Acreditei que seria melhor os dados e gráficos impressos, para que dê mais credibilidade de que sua situação não está nada boa.
- Meu Deus, Eva! Isso é terrível! O caso então é mais sério do que eu pensava. Somos vacinados contra a doença, mas e os outros funcionário? - o professor responde atordoado - Assim que chegarmos, vou imprimir e lhe passar no instante seguinte.
Ao chegarmos na sua sala, a pronto o relatório e lhe entrego. Ele olha as folhas, lendo com atenção. Balança a cabeça negativamente e estala a língua na boca.
- Isso está pior do que eu pensava - fala ainda olhando o relatório - se aqui em Curitiba, onde o saneamento básico é ainda controlado e a qualidade de vida ainda está dentro do razoável, estamos neste estado de saúde, o que dizer das áreas mais pobres do país onde o saneamento básico não existe?
Ele chama Charlote via celular, e em minutos ela está em sua sala. Lhe entrega o relatório e pede que ela o envie para o Sr. Alfredo, diretor do hospital, com urgência. Ela sai, assentindo em seguida.
Ele abre sua pasta para guardar uma cópia do documento que imprimiu para si, e num descuido a pasta vira, e tudo o que está dentro cai no chão: caneta, carimbo, crachá, documentos impressos do projeto Eva e fotos de Eva (eu) e aquela foto da garota.
Enquanto ele tenta juntar tudo e colocar na pasta, eu pego a foto da garota nas mãos. Mas essa foto... Ela se parece incrivelmente comigo, na verdade, sou eu, mas... um pouco mais nova...Mais nova, como? E tem uma outra foto, de minha mais nova, e o... professor.
- O que é isso? - pergunto, o meu sistema acho, entrando em choque.
- Não é nada, Eva, me dê isso aqui. São só documentos do projeto... - responde com sua voz quase sumindo.
- Projeto, professor? Mas parece meu rosto, uns o quê? Cinco anos mais novo? Como é possível? Eu... eu envelheci? Isso pode acontecer? - digo não sabendo de onde meu sistema pode ter tirado tantas dúvidas, tantos questionamentos.
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Eva Em Busca Da Humanidade (Concluído e Será Revisado) #wattys2016
Fiksi UmumUma garota de 18 anos que descobre ser protótipo de um programa para curar a humanidade das armas biológicas criadas pelo próprio Homem. Enquanto entende e aceita sua missão, poderá ficar imune ao meio em que foi inserida? Ao lidar com a humanidad...