Um passo de cada vez

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Nota da autora:

Pessoal, alguns leitores me pediram para colocar a imagem de Paul, então está aí a foto de como eu, enquanto autora, o imagino. Lembrando que Paul, é um protótipo "acordado" de andróide no padrão americano, ok? Então espero que as meninas tenham gostado.

Estou colocando a nota antes do capítulo para explicar o porquê da mídia deste capítulo ser esta. Um grande abraço e, boa leitura!

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A declaração de Nícolas me deixa sem palavras. O que lhe dizer de volta? Não sei se posso confiar que eu esteja sentido o mesmo, não sei se o que sinto por ele, tem o nome que ele denominou. Eu tenho sim, pensado muito em nosso passeio pelo Jardim Botânico, e tudo que ele me disse naquele dia, mas o que aconteceu hoje na sorveteria, sua postura protetora e controladora me preocupa e ainda mais, a postura que Paul tomou. Essa me preocupa ainda mais.

Mas, estar aqui, parada em sua frente, vendo - o olhar pra mim, intenso e confuso... Preciso dizer algo, preciso controlar a situação.

- Nícolas, isso que você me disse agora, é... intenso, percebo seus batimentos cardíacos, sei que está tentando se manter estável... se eu disser que não sinto nada, estarei mentindo pra você, porque sei que sou importante pra você, sinto isso e gosto de me sentir assim. Eu... Eu gosto de você também, mais do que imagina, mais do que alguém como eu poderia vir a gostar, se é que isso já aconteceu algum dia. Mas, vou pedir que tenha calma. Vamos dar um passo de cada vez, ok? - digo controlando cada palavra que falo, olhando em seus olhos e observando sua reação.

- Eva, não sou tolo, sei o que você é e não estou me iludindo. Eu vejo como reage a mim, mesmo sendo você quem é. Eu estou com meus pés bem no chão acredite. Só precisava te dizer isso de uma vez. Me sinto melhor agora e serei paciente. - sua fala é controlada apesar de seu descontrole com Paul, momentos atrás.

- Nícolas, eu agora preciso entrar, há algo importante que preciso relatar ao professor, e sei que ele me espera para conversar. A conversa com Paul era algo de suma importância em um processo que a Cibernex está enfrentando.

- Ah, Eva, não quero que vá. Mas também preciso ir e por minha cabeça no lugar. - diz com ar preocupado agora.

- Essa conversa não acabou, ok? Nos falaremos num momento melhor. Obrigada por me trazer até aqui. Já estou melhor. - agradeço lhe dando um beijo no rosto. Enquanto me afasto do seu rosto, sua expressão é de surpresa, como se meu beijo o tivesse pego desprevenido.

- Se cuide, Eva. E me prometa que manterá distância deste Paul, pelo menos não fique sozinha com ele, ok? - diz todo protetor.

Eu prometo me cuidar, e ele se despede me dando um beijo na testa, me deixando na portaria da empresa, depois sai noite a fora.

Eu entro no complexo, tão aturdida, que não percebo o segurança na porta de vidro e acabo esbarrando nele sem querer, ele dá um grunhido de dor e depois pergunta se estou bem. Respondo que sim e o vejo esfregar o braço onde esbarrei e me dar boa noite.

Subo então até a sala do professor, e bato em sua porta.

- Sr. Alister, está aí? Posso entrar? - me certificando antes de girar a maçaneta.

- Sim, filha, entre, estava lhe esperando. - diz apressado - Você está bem?

- Sim, quero dizer, tenho muito que lhe falar, e antes vou lhe mostrar algo que acredito, não vai lhe deixar nada feliz - falo me aproximando do projetor.

Eu lanço direto do meu HD para o projetor do professor toda a conversa com Paul. E o vejo com uma das mãos no queixo, enquanto deixa os dedos indicador e polegar o segurar.

Eva Em Busca Da Humanidade (Concluído e Será Revisado) #wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora