Capítulo 22:

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Arapiraca.

Sexta feira, 13 de março de 2009.

Entre 13h00min e 13h15min.

O tempo era inimigo de Emanuel dos Santos naquele momento. A todo instante ele pensava na vida de sua família que estava em perigo. Quando cruzou a porta da frente do banco real, foi rapidamente abordado pelo Capitão Alberto Félix.

– O que houve Emanuel?

Sem se quer dar uma palavra, Emanuel continuou andando como se não tivesse visto ninguém a sua frente.

– Fique na cola dele, Willian. Mantenha-me informado até mesmo se ele lavar as mãos.

Emanuel andava em direção ao banco Itaú, seu local de trabalho. O segundo capitão, Willian, apressava o passo para acompanha-lo.

– Emanuel! Espere! – Gritou o segundo capitão.

– O que houve? – continuou.

– Não posso perder tempo, Willian. Eles me pediram para efetuar uma transferência bancária. Caso contrário, após o término do tempo mostrado no vídeo com minha família, eles matarão um a um. Não tenho escolha!

– Mas essa é a nossa chance! Para qual conta será feita a transferência?

– Não posso informá-lo. Disseram-me que se houver alguma movimentação policial quando sacarem o dinheiro, minha família morre.

O segundo capitão deu de ombros com a resposta de Emanuel e perdeu um pouco a razão.

– Emanuel! Não posso permitir isso! Você seria considerado cúmplice.

– Então me prenda antes que eu transfira o dinheiro. Pois não hesitarei em fazê-la.

– Calma! Vamos recomeçar. Nos informe qual é a conta e qual a agência bancária. Colocaremos pessoas capacitadas no local sem que eles percebam. Eles prometeram liberar sua família após o saque? Se sim, quando sacarem o dinheiro e libertarem sua família, nós tomaremos as devidas providências. O que me diz?

Emanuel informou ao segundo capitão qual era a conta e a agência bancária que o dinheiro seria transferido. Após isso, Willian partiu de lá rumo ao encontro do Capitão Alberto Félix.

– Olha. Assim que terminar de transferir tudo, nos informe para sabermos a hora de agir. Sua família será salva Emanuel. Prometo.

Emanuel dos Santos seguiu caminho contrário do policial. Passou direto da porta de entrada de seu trabalho e seguiu até seu automóvel, no estacionamento do banco Itaú. Ligou o carro e saiu o mais rápido possível. Não sabia como tinha feito uma manobra tão rápida para tirar o carro do pequeno estacionamento, já que nunca fora um exímio motorista. Depois disso pisou fundo e saiu a toda velocidade rumo a sua residência.

A promessa do segundo capitão Willian realmente se realizaria. A única coisa que ninguém imaginava, era, por quem a família "dos Santos" seria salva?
Uma coisa era certa, não seria pela polícia...

... e sim pelo próprio Emanuel.


Tempo é dinheiro - Uma herança de John DillingerOnde histórias criam vida. Descubra agora