Capítulo 29:

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Arapiraca e Maceió.

Sexta-feira, 13 de março de 2009.

Entre 15h20min e 18h00min.

15h20min. O investigador Maik Madaunsk cruzava pela Avenida Fernandes Lima rumo ao Exército de Maceió quando avistou um tumulto mais a frente. Sua paciência já estava no limite pela espera ao chegar e pelo engarrafamento que vinha enfrentando desde o momento que saiu do aeroporto Zumbi dos Palmares.

– Quanta gente! – Comenta o investigador.

O taxista olha pelo retrovisor e responde.

– Realmente. Deve ser o tal assalto. Você não prestou atenção enquanto estávamos vindo, mas o rádio falou de um suspeito a assalto no banco da Caixa econômica.

Uma vibração vinda do bolso esquerdo do investigador tirou sua atenção da conversa. Ele põe a mão e tira do bolso seu telefone particular.

– Sim? – Atende o investigador.

– Investigador, a informação que chegou a nós, é que um suspeito foi capturado agora a pouco na cidade de Maceió. Preciso que se dirija até lá e faça sua análise. As informações sobre o civil e onde ele esta nesse momento estão sendo encaminhadas nesse momento. Aguardo resposta. Até logo.

– Até logo, Tenente Silva. – Desliga o investigador.

15h40min. No exército da cidade de Maceió em uma sala pequena, um homem de cabelos grisalhos aguarda sentado em uma cadeira desconfortável com as mãos sobrepostas à mesa que esta a sua frente. Um vidro espelhado mais a frente esconde por trás alguns oficiais que o observam. O calor começa a aumentar, talvez pelo nervosismo do acontecido ainda a pouco, ou não, mas aumenta.

Mais alguns minutos e finalmente a porta é aberta pelo lado de fora. Alguém se aproxima. Um homem de paletó segurando uma maleta com rodinhas cruza a porta da sala e se aproxima do homem de cabelos grisalhos. Ele encosta sua mala no canto da mesa e senta em frente ao homem.

– Então... Sr. Carlos Costa... Quer dizer que o Senhor fez um saque de $1.000.000,00 sem saber quem foi o depositante?

– Isso mesmo.

– Mas, me diga... Como o Senhor então sabia que esse dinheiro estaria em sua conta?

– Olha amigo. Não cometi crime algum, entendeu? Tenho direito a um advogado. Onde ele está? Quero os meus direitos.

– Claro que tem. Mas tenha calma. Eu sou a lei, "amigo". E não se preocupe, não sofrerá nenhum abuso, mas, precisamos da sua cooperação.

– Olha, acredite se quiser. Mas eu realmente não conheço a pessoa que me depositou esse dinheiro. O que te posso dizer é que não sei o motivo, mas, há algum tempo, um homem me procurou e disse que era meu dia de sorte. Disse que eu fui escolhido e receberia um prêmio. A princípio fiquei assustado, nunca havia visto aquele homem. Mas ele não parecia louco ou nem que me queria fazer mal algum.

– Continue...

– Então ele me perguntou se eu queria ganhar o tal brinde.

– E onde vocês estavam?

– Eu estava chegando a uma lanchonete para almoçar. Vinha do trabalho.

– E onde você trabalha?

– Ah, eu trabalho na limpeza do shopping. Aqui, do Iguatemi.

Tempo é dinheiro - Uma herança de John DillingerOnde histórias criam vida. Descubra agora