Capítulo ( 1 )

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"A vida não é medida por sua respiração. Mas por seus momentos de tirar o fôlego"

-Michael Vance-



**

- Bem-vindas à nossa nova Casa-- meu pai disse, e apertou o interruptor da luz.

Nada aconteceu, e ele gemeu.

Eu aproveitei o momento para observar o bosque através da entrada

Era uma noite fria e nebulosa, e meu corpo não estava preparado para tanto frio, porque minha pele se eriçou dos pés a cabeça, ou talvez se devesse a essa sensação que se apoderou de mim desde que havia colocado um pé nesta aldeia.

Uma pontada forte se formou no meu peito, me alertando para algo desconhecido

Perigo

As copas das árvores se moveram violentamente no instante em que meus olhos foram até um animal que desde onde me encontrava eu não podia enxergar visivelmente de que espécie era.

Talvez um urso, já que meu pai me alertara para esse tipo de animais em Hoodsport

- Provavelmente está desconectado. Vou averiguar. Aqui, fiquem com isso - A voz do meu pai me despertou para a realidade.

Ele empurrou uma lanterna na minha mão. E outra para Brooke - Vou pegar outra no carro.

-Eu vou com você-Cibelle falou largando sua mala no chão empoeirado.

Ela estava assustada com a mansão sombria tanto quanto eu

Sua expressão chegava até ser cómica, não fosse pela situação em que me encontrava, eu teria disfrutado disso

Enrolei os braços ao redor do corpo, tremendo enquanto balançava o feixe de luz fino da lanterna na direção das vigas sombrias e cobertas de teias de aranha.

Sentia que estávamos invadindo seu espaço

O ar na casa era ainda mais frio do que o da noite lá fora.

O que só me fez me desejar correr de volta para minha antiga casa.

- Não se assustem com as aranhas - Cibelle falou do carro. -Por que não dão uma olhada nos vossos quartos? Achei que gostariam dos que estão no alto da escada. Tem uma vista maravilhosa para a floresta. Peguem um

Eu não queria explorar.

Eu queria correr para bem longe

Queria ir para casa, só que onde era minha casa?

Não em New York.

Não mais.

Brooke passou por mim e subiu as escadas entre espirros.

Eu soltei um suspiro, as escadas rangeram e protestaram a cada passo, até que cheguei a um patamar com um corredor que avançava pela escuridão, no qual havia portas dos dois lados

Lágrima NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora