Capítulo ( 15 )

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Quando as luzes dos postes se reacenderam, Adriel, me encarava estático

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Quando as luzes dos postes se reacenderam, Adriel, me encarava estático.

Seu olhar, foi o suficiente, para que eu desligasse aquele interruptor desconhecido, e voltass a tomar conta do meu próprio corpo.

Olhei horrorizada para o que estava fazendo. Meus dedos estavam mergulhando na enorme poça de sangue na minha frente.

O segundo rapaz com quem Adriel lutou Jazia ao meu lado, eu podia sentir o cheiro da morte, impregnada em cada célula do meu corpo.

Senti o gosto de sangue em minha boca, meu estômago embrulhou, com a palma da mão limpei o sangue em meus lábios, tudo o que consegui fazer depois foi vomitar ali mesmo.

Adriel se aproximou, com certa cautela, esperando talvez uma reação da minha parte.

Mas tudo o que fiz foi vomitar novamente, senti que tudo ao meu redor, dançava.

Ele parou de frente, e se dobrou para ficar no nível dos meus olhos.

-Você está bem? Ele perguntou, com um tom sincero de preocupação em sua voz.

Eu neguei com a cabeça, eu não podia mentir sobre isso, eu me sentia um lixo, meu estômago estava embrulhado, minha pele ardia no local onde aquele rapaz me machucou, além de que eu estava uma confusão por dentro.

Ele pegou meu rosto com uma mão, e com a outra ele retirava o cabelo dos meus olhos que estavam sujos de sangue.

Suas mãos tinham uma temperatura completamente diferente de qualquer outra pessoa, eram extremamente frias.

-Aquele bastardo machucou bastante você.- Sua voz grave estava carregada com uma fúria contida.

Eu queria perguntar o que tinha acabado de acontecer, quem eram aqueles homens, porque eles queriam fazer-me mal, mas me sentia muito cansada, perdida e fraca para isso.

Sem conseguir controlar mais as lágrimas, eu chorei.

-Se não fosse você. Eu...Eu estaria morta nesse momento.. Minha voz saiu em um sussurro.

-Eles não pretendiam matar você.

Eu o encarei completamente confusa.

-Como?

-Era apenas um aviso. Ele respondeu, me ajudando a levantar.

Esforço-me para ficar de pé, dores e ferimentos rasgando cada parte de meu copo, quando me apoio em um joelho.

Adriel olha para mim

Seus olhos são tão sensíveis, tão ameaçadores ao mesmo tempo, uma alma torturada.

Forço-me a desviar o olhar. Há algo nesses olhos, que me deixam incapaz de pensar claramente, quando os vejo.

Nunca me senti desse jeito antes, pergunto-me se ele também se sente conectado desse jeito comigo?

-Você precisa limpar esses machucados. ele disse me soltando, e olhando seu celular.

De repente o mundo pareceu girar, toquei de leve na lateral do meu rosto, e senti o sangue oculto escorrendo por meus cabelos, isso deveria ser o resultado de quando cai e bati com a cabeça.

Minha cabeça começou a latejar fervorosamente, meu estômago se contorcia por dentro, uma tontura passou por mim, e tudo o que lembro depois disso é de perder o equilíbrio, e tudo o que senti antes de cerrar meus olhos por completo, foi o de uns braços gélidos e fortes, me segurando, como se sua vida disso dependesse.

***

Acordei assustada, minha cabeça latejava. Olhei em volta tentando reconhecer o lugar onde me encontrava, más não avistei nada que fosse familiar.

Tentei me levantar, mas o mundo começou a girar novamente, então fiquei apenas sentada sobre a cama. Um cheiro bastante familiar invadiu todos os meus sentidos.

"Jasmim e Alecrim" olhei fascinada o quarto onde me encontrava, tons cinzentos e negros predominavam o local.

A cama era enorme, e eu me senti demasiado pequena nela. Os tons dos lençóis e dos dois travesseiros eram negros.

O édredon que estava sobre os lençóis era de um vermelho pálido.

O chão do quarto era revestido por um tapete couro cinza, quase todas as paredes do quarto eram de tons cinzentos, apenas a parede por trás da cabeceira da cama, era pintada de negro. A cortina vermelha estava balançando ao ritmo do vento.

Ao pé da janela havia uma prateleira repleta de livros.

Um enorme guarda-roupa de madeira negra, ocupava metade da parede ao lado da porta que dava acesso ao resto da casa.

Havia uma porta cinza que se situava de frente para cama, supus que daria acesso ao banheiro.

Uma batida na porta me trouxe de volta a realidade.

-Pode entrar- Eu disse com uma voz cortante.

Adriel entrou relutante, me observando com cuidado.

-Como se sente? Perguntou com uma voz mais grave que o normal.

-Melhor-

-Eu coloquei uma pomada em seus ferimentos, mas precisamos passar ela novamente. Concluiu com um semblante ilegível.

Ele foi até ao banheiro e voltou com uma pomada, e um copo de água.

-Beba-Ele ordenou, sem olhar para mim -Aposto que ainda deve ter o gosto de sangue em sua boca.

Assenti cabisbaixa,

Porque eu bebi sangue?

O que realmente estava acontecendo comigo?

O que realmente estava acontecendo comigo?

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