Capitulo ( 36 ) Final

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Olhei para a casa branca na minha frente, e vi um clarão de um vulto negro no pátio.

Escutei gritos de dentro...

Ariadne

De repente meu coração se apertou.

Eles estavam em minoria, seria uma questão de tempo até perdemos a luta.

Peguei no colar de metal em meu pescoço, e fiz o feitiço para mudar sua forma.

A lágrima de cristal brilhou no escuro, antes de eu coloca-la de volta, em meu pescoço.

Coloquei os pés cuidadosamente na grama molhada para não tropeçar no escuro. Segui meu caminho em direção a casa, pela escuridão.

Ao abrir a porta, um enorme vento soprou meu cabelo. Olhei para Jerry, que se encontrava numa enorme sala, sentado numa poltrona de couro preto, do seu lado estava outro homem mais velho bastante semelhante a Jerry, talvez seu pai.

Ariadne estava prostrada no chão, ferida.

Adriel... onde estava Adriel?

Observei todos os cantos e nada.

Uma sensação amarga se formou dentro de mim.

Meio trémula atravessei a distância que havia entre nós, até me posicionar entre Jerry e o elegante sofá que se encontrava do nosso lado.

- Sente-se-Jerry pediu fazendo um pequeno gesto com a mão, para o sofá.

- Onde está meu pai e Cibelle-grunhi

Uma sombra cruzou o rosto branco dele -Antoy, vá busca-los-Exigiu com sorriso maligno

-Este será seu fim bruxa. O homem imponente ao lado de Jerry soltou friamente.

Antoy entrou na sala, empurrando meu pai, Cibelle e para minha surpresa, um Adriel ferido estava dominado pelos lobos.

Estamos ferrados...

Tanto papai quanto Cibelle tinham a boca pressa com uma fita adesiva, e as mãos amarradas atrás das costas com uma corda grossa. Levantei para abraçar meu pai, mas as mãos de Jerry, me impediram de tal ato.

- Eu acho que todos devem morrer. O homem mais velho soltou diabólico. - Antoy mate todos eles. Ordenou

Precisava fazer algo...

Eu peguei o colar entre os dedos, palavras surgiram na minha mente...

Sem entender como, eu sabia o que era necessário fazer, apertando o pingente murmurei

"Mistando sanguinem et sanguinem da honorem" enquanto ela desferia um corte em seu pulso

Apertei com mais força a lágrima em minha mão.

Cerrei os olhos

"Transibo vim pro Domino tenebras

Ad meritum dabo"

A primeira dor me atingiu.

Era como se alguém estivesse me dando uma invisível facada no meu estômago.

Lágrima NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora