A Modelo

vinte e um

Melissa olha desesperada para Lívia que está pálida,as duas não sabem o que fazer,Lívia tinha que ter o bebê logo agora?

-Lívia?

-O quê?

-O que vamos fazer?

-Sei lá, ligar pra ambulância.

Melissa assente e corre para o telefone,está tremendo mais que vara verde,assim que digita o número uma mulher atende,aos berros ela pede por uma ambulância.

-Desculpe senhora,mas não temos ambulância, a última mandamos para um acidente na autoestrada.A mulher diz calmamente fazendo Melissa bufar de raiva.

-E quando ela vai estar livre?

-Daqui a uma hora.

-Mais não vai dar tempo.

-Sinto muito.

Melissa grita de raiva e desliga o telefone,vai até Lívia que está gemendo de dor.

-E então a ambulância vem?

-Er...Claro que vem,só vai demorar um pouco.

-Um pouco quanto?

-Alguns minutos.Melissa mentiu.-Você precisa deitar,vamos.

Lívia assentiu e Melissa a ajudou a se levantar,com calma e muitos gritos de dor,as duas conseguiram chegar ao quarto,Melissa deitou Lívia com cuidado,e a observou gemer de dor.

-Isso dói muito.Lívia gritou e Melissa podia perceber.

O que ela faria agora?,quem iria ajudar Lívia?,ficou pensando alguns segundos até se dar conta se que ela seria a pessoa quem ajudaria Lívia,mas ela não sabia fazer um parto,será que depois de tantos filmes ela realmente não havia aprendido?

Melissa correu até a cozinha e esquentou uma panela cheia de água, quando estava quente o suficiente a levou para o quarto de Lívia junto com alguns panos.

-Eu vou te ajudar Lívia.Ela sussurrou e a garota assentiu e gritou.

Melissa molhou o pano na água morna e o colocou na testa de Lívia, correu até o armário e pegou alguns lençóis e cobriu Lívia.

-Preciso que abra as pernas Lívia.A garota fez e Melissa tirou sua calcinha encharcada de sangue.-Pronto,agora faça força,muita força.

Lívia gritou e fez o que Melissa pediu,a dor era insuportável,era mil vezes pior do que Lívia pensava,mas ela tinha que conseguir,seu filho dependia dela.

-Continua,eu vou pedir por ajuda.Melissa sussurrou e correu desesperada pela casa, será que não havia chegado alguém?

Ela correu pelo jardim a procura de pelo menos algum empregado,mas nada,só o silêncio, foi até a rua que estava totalmente deserta,voltou para casa e correu para o telefone.

Ligou para Victoria,mas ela não atendeu, claro,a mulher devia teria coisas para fazer,então ligou para Arthur, mas o telefone dava ocupado,ligou para as meninas,mas estavam info direto para a caixa postal, então ligou para Samuel, ele atendeu no terceiro toque.

-Alô?

-Samuel?

-Melissa,o que houve?

-Ah Lívia.Ela chorou no telefone.

-O que houve?

-Ela está tendo o bebê,você tem que voltar pra casa.