Rindo atoa

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Com toda certeza, definitivamente estava louca. Então gargalhei em plenos pulmões.

- ok! você venceu, essa foi muito boa - falei enxugando á lagrima. - E eu pensando que você não tinha humor. - rir. Ele arqueou a sobrancelha.

- por que estaria brincando com algo desse tipo? - não achei realmente que fosse uma brincadeira, mas achei que seria a única explicação plausível a essa abordagem tão repentina de Jack.

- eu...eu...- o que iria falar? "Desculpe por lhe confundi com seu irmão morto" Acho que não soaria como palavras verdadeiras. E por que estaria arrependida afinal? Ele me lembra seu irmão e ponto final, não podia fazer nada a respeito.

- sei que não acreditou que fosse uma brincadeira Carol. Sinto muito se esse fato a deixou desconfortável , mas já estava para mim e senti que estava escondendo algo de você. - se ele estava tão incomodado por que estava se explicando?

- tudo bem - eram as únicas palavras que sairão dos meu lábios. Ele me e. Encarou como esperasse algo mais de mim, mas o que eu não sabia. - eu preciso...ir - apontei para trás de mim.

- entendo - ele continuava me encarando...esperando. Então fugi, fiz o que mais faço de melhor. E lá estava eu perambulando pela noite como uma alma penada, acabei de frente da casa Leticia.

- Por que você não me contou que ele era irmão dele?

- Porque é um assunto delicado para você, achei que não seria preciso.

- claro que não é preciso saber que o cara que eu amava tem um irmão mais velho e estou morando com ele.

- você não me perguntou - Leticia mantinha a cara de paisagem como se aquela situação não fosse grande coisa.

- claro que iria perguntar se Jack é o irmão do meu ex namorado morto. - ela bufou.

- não seja tão dramática Carol. Você que é lerda, não ponha a culpa em mim por não perceber algo obvio. Eles são quase idênticos algum parentesco haveria de ter. 

- eu sei que eles são parecidos mas...

- achou que era apenas coincidência alguém parecer com ele? Não ponha a culpa em mim, se tinha dúvida á esse respeito já o deveria ter perguntado muito antes. - ok eu admito fui muito trouxa a não perceber.

- Como vou o encarar agora depois dessa bomba? - ela revirou os olhos.

- por que você tona tudo tão complicado? E daí que ele é irmão do Pedro? Ele é o irmão, não é como o Pedro tivesse voltado dos mortos. Com todo respeito, mas não torne as coisas mais complicadas que já são e vida que segue.

- não é tão simples.

- Sim é simples assim. Basta você querer, então você vai o olhar com os mesmos olhos e rosto que tem todo dia. Simples assim. - admito também que sou complicada, mas é tão fácil assim?

- tentarei. - ela sorriu.

- viu é fácil, basta você tentar. - ela deu um soquinho no meu braço de encorajamento me fazendo rir. Talvez seja assim, fácil como respirar. Por que não?

   Não é tão fácil na pratica. Assim que cheguei Jack não estava na sala, e minha primeira reação foi está na segurança do meu quarto longe do olhar de Jack. E assim foi a semana. Não ignoramos um ao outro...pelo menos não diretamente. Seguimos nossa rotina habitual, tomamos café juntos...Sem nenhuma palavra, jantamos...sem palavras. Além dos cumprimentos nada mais que isso. Estávamos totalmente desconfortáveis e não era a única. Então não era simplesmente fácil como respirar, eu fui totalmente iludida com as palavras de Leticia. Elas não estavam totalmente erradas, mas estavam errada em tentar agir como se nada tivesse acontecido. E como sempre não sabia o que fazer para mudar a situação. Em pleno sábado  estava eu sem expectativas para o fim de semana, era totalmente normal está trabalhando em fins de semana, agora sentia que não precisaria mais de folga se a situação entre Jack e eu continuasse como está. Estava tão absorta de outras pessoas que mal percebi quando Paulo entrou no Bob, só notei sua presença quando Eli me chamou e indicou que Paulo estava a minha espera. M e aproximei da mesa em que Paulo estava aconchegado.

Uma Garota nada Perfeita -  O RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora