Prefácio

79 10 5
                                    

Recobrar a consciência... com sons naturais, barulho dos vizinhos, ou com os raios de sol que entram pelas frestas da janela;

Coçar os olhos, pensar sobre a própria vida por um instante, fantasiar ainda na cama um abraço doce do antigo amor que agora se encontra sabe-se lá onde, e então, levantar – é um novo dia;

Café, trabalho, passar na loja, discutir com o chefe... Louça? Deixa pra amanhã.

Café, vestir a armadura, sacar a espada e embarcar naquela aventura em busca de glória, ou vingança...

Rotinas... algumas delas poderia ser a sua, ou a minha – é o caso? Não importa, a nossa rotina não importa, ao menos não após saber da existência daquele lugar.

Enquanto você anda pela calçada, eles buscam uma fagulha de esperança naquele lugar;

Enquanto você range os dentes remoendo o passado, eles lutam por um futuro que pode nunca acontecer.

E enquanto você observa o nada, buscando um sentido para as coisas, uma resposta, aqueles que se veem presos no Nada buscam uma saída, uma saída de um lugar que está bem do seu lado, que é tão vasto quanto o mundo em que você vive, mas que não pode ser visto.

Um mundo em paralelo vibra enquanto tarefas mundanas são realizadas aqui do nosso lado, e o simples fato de estar ciente disso tornará as noites em pesadelos sem fim, pois nem mesmo a tranquilidade e o silêncio ao nosso redor trarão o sono de volta – Não depois de sabermos da existência do Caminho Escuro.

Hoep – o Dodmuqi

Semimágico de Guhesim

A Saga de Kedl - No Caminho Escuro (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora