Capítulo 34 - Amor em Outra Língua?

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Sinto meu telefone vibrar em meu bolso e paro de beijar Miguel automaticamente, ele me olha confuso e eu apenas sorrio sem graça para ele, pego meu telefone e sento ao lado de Miguel em sua cama, sem nem mesmo ver de quem é a ligação, atendo a mesma.

Alô. - Falo um pouco claustrofóbica.

Alice? Sou eu, sua mãe. - Ouço minha mãe falar do outro lado da linha.

Ah, oi, mãe. - Falo meio desanimada.

Eu vou passar no supermercado agora, você está precisando de algo? - Minha mãe pergunta e olho para o Miguel que está me encarando curioso.

Acho que não, mãe. - Falo ainda olhando para ele que se senta um pouco atrás de mim.

Tem certeza? Nem de absorvente? Nem remédio para cólica? Desodorante? Creme depilatório? Shampoo e condicionador? - Minha mãe faz uma série de perguntas e isso me deixou um pouco constrangida, porque eu precisava de absorvente, pois estava prestes a ficar naqueles dias.

Ah, acho que preciso de... hãm... é... ah, de... AB.- Falo e torço para que ela entenda.

Filha, o que é AB? - Ela pergunta confusa. Tudo o que eu mais queria, para não falar a verdade.

Ai, mãe, absorvente. - Falo irritada, o Miguel ri baixo e eu fico toda vermelha.

Okay, vou aproveitar e comprar remédio depois, beijos, te amo. - Minha mãe fala.

Também te amo, beijos. - Falo e desligo rapidamente, ponho meu telefone ao meu lado em cima da cama de Miguel. - Era minha mãe, ela queria saber o que vou querer pra comer na janta. - Falo tentando disfarçar.

E você vai querer um absorvente bem passado ou mal passado? - Miguel pergunta e começa a rir de mim que provavelmente estou completamente vermelha.

Idiota. - Falo e sorrio sem graça, era melhor ter ficado calada.

Desculpa, não queria te deixar constrangida. - Miguel fala tentando ficar sério.

Jura? Tem certeza? - Pergunto olhando séria para ele.

Não. - Ele fala e volta a rir novamente, pego um dos travesseiros que estava em cima de sua cama e jogo nele.

Idiota. - Falo novamente e cruzo meus braços.

Que você adora. - Ele fala me abraçando por trás.

Tadinho, iludido. - Falo em tom de brincadeira.

Se não adora, então por que você me beijou e está dentro do meu quarto? - Ele pergunta passando uma de suas pernas para o outro lado fazendo com que eu fique entre suas pernas.

Ah, fique quieto, garoto. - Falo fingindo estar irritada.

Bobona. - Ele fala e da um beijo em minha bochecha e vai descendo o beijo até meu pescoço, ele descruza meus braços e põem suas mãos em minha cintura apertando a mesma e me puxando para mais perto de si, senti meu corpo inteiro arrepiar novamente, mas algo me faz pensar no que aquilo daria, nós iriamos acabar fazendo sexo e eu não sei se quero isso neste momento, respiro fundo e me afasto um pouco dele, me viro para o mesmo que me olha sem entender nada.

Eu não sei se quero. - Falo olhando séria para ele que faz uma cara mais confusa ainda.

Se quer o que? - Ele pergunta me olhando confuso.

Se quero... - Paro para pensar na palavra certa para usar. - Se quero transar com você. - Falo rapidamente.

Mas quem disse que iriamos fazer isso? - Ele me pergunta sério.

Uma Garota Apaixonada Em Apuros.Onde histórias criam vida. Descubra agora