Angel POV:
- Pai, você precisa comer. - Suspirei tentando colocar uma colher com sopa em sua boca.
- Eu não estou com fome, Angel. - Resmungou.
Papai havia passado mal esta noite, minha mãe precisou ir ao banco e resolvi ficar com ele, Caity havia saído com Pattie, Justin estava viajando e voltaria amanhã.
- Você está sem comer desde ontem - Larguei o prato na mesinha ao lado da cama.
- Daqui a pouco eu como. - Ele abriu os braços para que eu deitasse em seu peito, assim o fiz.
- Minha menininha. - Murmurou acariciando meus cabelos.
Olhei para ele, que estava com os olhos fechados.
- Papai, o senhor está bem? - Perguntei o observando.
- Filha, me promete uma coisa? Eu sei que logo vou partir e preciso que me escute. - Me olhou.
- Pode dizer. - Franzi o cenho confusa.
- Eu sei que sua mãe errou muito, sei que você a culpa por tudo que aconteceu. Mas entenda que ela estava em um momento em que culpava tudo e todos por.. - Ele fechou os olhos com pesar. - Por ter perdido um filho.
- Ela.. -Balbuciei.
- Sim, ela estava grávida. Quando descobriu que você também estava, ficou ressentida, como se ela não tivesse o direito de ser mãe novamente, talvez tenha tido inveja. - Ele suspirou. - Você sabe como sua mãe é orgulhosa, ela nunca cederia á algum sentimento, por isso resolveu afastar você.
- Agora eu entendo como ela deve ter se sentido. - Suspirei.
- Filha, eu preciso que você cuide da sua mãe, ela nunca vai te contar, mas várias vezes já a vi chorando no seu quarto, ela sentiu sua falta. - Ele sorriu fraco.
- Eu achei que ela nem sequer lembrava de mim, isso que o senhor me disse tirou um peso das minhas costas. - Sorri. - Obrigada, papai.
- Só não conte o que lhe disse á ela, ela me mataria antes da doença. - Tentou brincar, mas minha expressão ficou séria.
- Não diga isso. - O repreendi.
- Tudo bem, tudo bem. - Sorriu levemente.
- Caity quer fazer balé. - Mudei de assunto.
- Eu lembro de quando eu te levava nas aulas, sempre te espiava depois.
- Acho que vou voltar a dançar, o que acha? - O olhei.
- Uma ótima ideia, tenho certeza que Caity irá adorar. - Sorriu.
- Vou conversar com Justin, ele conhece tantas pessoas.
- Ah! Justin.. - Ele disse pensativo. - Adoraria ver você casando antes de morrer.
- Papai! - O repreendi novamente.
- O que? Sou realista, filha. - Ele deu de ombros, como se estivesse falando de algo normal.
- Você diz isso com tanta naturalidade.. - Murmurei.
- Eu apenas aceitei. - Suspirou.
Sua expressão era serena, seu rosto pálido olhava agora para um ponto fixo na parede.
- Nossa, lá fora está caindo o mundo, com tanta chuva. - Minha mãe entrou no quarto, ajeitando seu sobretudo preto.
- Oi, Mamãe. - Falei calmamente.
Ela me olhou confusa, sentia meu corpo tenso, sem saber como reagir.
- Hm, olá. - Disse. - Você já pode ir pra casa, ficarei aqui.
Me levantei da cama e depositei um beijo na bochecha de papai, caminhei até ela e a surpreendi, com um abraço apertado.
- Eu te amo muito, Mamãe. - Sussurrei.
Seu corpo estava tenso, mas logo relaxou e meu corpo foi envolvido por seus braços finos.
- Eu também te amo, Filha. - Disse e sorri.
Eram as poucas as vezes em que ouvi minha mãe dizendo que me amava, ela era tão difícil.
- Dê um beijo na Caity. - Disse quando nos desvencilhamos.
- Darei. - Lhe dei um leve sorriso e peguei minha bolsa na poltrona.
Me despedi de papai com um aceno de mão e logo me retirei do quarto.
[...]
- Mamãe, onde estamos indo? - Caity perguntou pela milésima vez.
- Espere, filha, você já vai ver. - Depositei um beijo em sua testa.
Justin conhecia uma grande professora de balé, estava indo levar Caity, resolvi não voltar a dançar, não teria tempo, mas faria questão de levar Caity em todas as aulas.
- Pode parar aqui, Niall. - Falei. - Se quiser ir comer alguma coisa, em 2 horas estaremos de volta.
- Tudo bem, Senhorita Angel. - Ele estacionou o carro e logo descemos, Caity acenou animadamente para ele e segurei em sua mãozinha, ajeitando minha bolsa no ombro.
Caminhamos até o estúdio e pedi para falar com Elena, a recepcionista nos indicou uma sala e ao entrarmos, vi os olhos de Caity brilharem.
- Balé, Mamãe? - Perguntou.
- Sim, meu amor. - Sorri e me agachei á sua frente. - Mas primeiro, vamos trocar de roupa? - Ela assentiu animadamente e a peguei no colo.
Caminhei até a professora, uma morena, corpo escultural, sorriso cativante e cabelos cacheados. Confesso que senti ciúmes, tenho certeza de que Justin já havia tido algo com ela, ela era simplesmente maravilhosa.
- Elena? - Chamei sua atenção.
- Oh, Angel Blanc! - Ela sorriu. - E Caity, certo? - Ela afagou o cabelo de Caity, que sorriu.
- Sim, sou Caity.
- Que gracinha. - Ela me olhou encantada. - Ah, pode ir até o vestiário trocá-la, a aula começa em 15 minutos. - Apontou para uma porta e assenti.
- Tudo bem, obrigada.
Logo me retirei, indo para o vestiário, sentei Caity em um banco e tirei as roupas de dentro da bolsa, a vesti rapidamente, ouvindo ela dizer que seria uma grande bailarina e que Justin iria ter orgulho dela.
- Pronto, meu amor. - Falei após tirar várias fotos dela. - Você está tão linda. - Falei sentindo meus olhos encherem-se de lágrimas.
- Não chora, Mamãe. - Ela me abraçou. - Tem que sorrir. - A peguei no colo e beijei sua bochecha.
- Tem razão. - Funguei.
Peguei minha bolsa e guardei o celular, saí do vestiário e levei Caity até a professora, a sala estava cheia de alunas, de todas as idades.
- Pessoal, conheçam a Caitlyn. - Elena a apresentou.
Me sentei em uma cadeira no fundo da sala.
- Pode chamar de Caity, titia. - Sorri, ouvindo alguns risinhos.
Minha filha era perfeita.
Minutos depois, ouvi alguém me chamando baixinho, olhei para a porta e vi Justin, ele me chamou com a mão e levantei, caminhando até ele.
- O que está fazendo aqui? - Perguntei.
- Vim ver vocês. - Sorriu. - Vem comigo. - Ele me puxou pela mão, para dentro de uma porta.
- O que..
- Estamos no escritório da Elena, relaxa, ninguém vai entrar. - Ele trancou a porta.
- Justin.. - O olhei receosa.
- Fica quietinha, fica. - Ele me puxou pela cintura, me fazendo arfar.
Seu sorriso cafajeste se fez presente e logo seus lábios cobriram os meus, em um beijo rápido e cheio de luxúria, minha bolsa caiu no chão e minhas mãos foram para os seus cabelos, os despenteando. Senti Justin me levantar e me sentar sobre a mesa, me amaldiçoei mentalmente por ter vindo de calça, seria muito mais fácil se eu estivesse de saia.
- Amor, não temos muito tempo e nem podemos fazer barulho, então me chupa bem gostoso. - Sussurrou contra meus lábios.
Sorri maliciosamente e desci da mesa, me agachei á sua frente a abri a braguilha de seu Jeans, o abaixando em seguida, com a cueca. Olhei para cima, tendo a visão de Justin com os lábios entreabertos e a testa franzida, segurei em seu membro, fazendo movimentos lentos de vai e vem, uma de suas mãos foi guiada até minha cabeça, e entendi o recado, logo começando a chupá-lo, fazendo sucções fortes na glânde, o engolindo quase por inteiro e o lambendo, repetindo os movimentos e aumentando o ritmo das chupadas.
- Porra, que boca gostosa. - Disse entredentes.
Eu adorava ver sua expressão, seus suspiros e palavras desconexas.
- Angel..
Não demorou muito para que um jato quente de gozo fosse despejado em minha boca, tossi um pouco e cuspi o líquido numa lata de lixo que havia ali por perto, em seguida me levantando e depositando um selinho leve em seus lábios. Ajeitei sua calça e cueca e o abracei.
- Que chupada gostosa. - Balbuciou e ri um pouco sem graça.
[...]
- Angel! - Ouvi um grito no meio da noite.
Me levantei assustada, era a voz de Bettany, corri para o seu quarto, após ver um Justin confuso me olhando na cama.
- Bettany? - Entrei em seu quarto, a vendo com uma expressão de dor em seu rosto.
- O Bryan vai nascer.. - Ela respirava ofegante.
- Oh meu Deus! - Arregalei os olhos.
- O que.. - Justin apareceu no quarto. - Caralho!
- Justin me ajuda, pega ela no colo, irei pegar a bolsa do bebê. - Falei apressada, pegando o roupão de Betty e vestindo sobre meu pijama.
Justin apenas assentiu e a pegou no colo com cuidado, corri até o closet de Betty e peguei a bolsa do bebê e uma mochila com algumas roupas para ela, quando voltei para o quarto, Justin já não estava mais ali. Agradeço a Deus por Caity ter ido dormir na casa de Pattie.
Corri para fora de casa e fui para o elevador, vendo algumas manchas de sangue no chão, não demorou muito para que eu chegasse ao estacionamento, corri até o carro de Justin e entrei pela porta de trás, segurei na mão dela, enquanto ela chorava com dor.
- Vai dar tudo certo. - Tentei a tranquilizar.
- Eu quero o Ryan. - Choramingou.
- Já mandei uma mensagem pra ele. - Justin disse saindo do estacionamento.
Ele acelerou o carro e não demorou muito para que chegássemos ao hospital.
Betty logo foi atendida, Bryan nasceu com 3,500kg e 38cm. Ryan o olhava como se fosse feito de porcelana, seus olhos estavam orgulhosos. Minha amiga não parava de sorrir, enquanto eu e Justin observávamos a cena, felizes por nossos melhores amigos.
[...]
Dois anos, dois anos se passaram, eu estava com 23 anos e Caitlyn com 6. Era o seu primeiro dia na escola e confesso que estava com medo de deixá-la por lá. Minha fama havia crescido consideravelmente e com isso, o assédio também.
- Vai dar tudo certo, meu amor. - Justin disse quando paramos em frente á escola.
- Filha, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode ligar para a mamãe, ok? - Falei.
- Mãe, vai ser legal. - Ela sorriu me tranquilizando.
Seus cabelos loiros estavam amarrados em um rabo de cavalo, sua camisa branca e saia vermelha bem passados, combinando com o all star preto que ela adorava.
Saímos do carro e segurei em sua mão, Justin segurou na outra e caminhamos para dentro da escola particular, eu já sabia onde seria sua sala, então apenas a levei até lá. Meu coração se apertou ao ter que me despedir, mesmo sabendo que a veria mais tarde. Abracei minha bebê com força e a deixei ir.
- Relaxa, ela ficará bem. - Justin me tranquilizou.
Entrelaçamos nossas mãos e ele beijou o topo de minha cabeça.
- Que tal um sorvete? - Sugeriu.
- Acho uma ótima ideia. - Sorri mais relaxada.
[...]
- Essa criança está me deixando louca. - Betty disse.
- Ele é uma gracinha. - Apertei Bryan em meus braços.
O bebê de cabelos negros iguais ao da mãe e olhos azuis iguais ao do pai estava com dois anos, era agitado e adorava roubar beijos. Justin e Ryan haviam ensinado isso á ele.
- Tita. - Ele beijou minha bochecha e começou a pular em meu colo.
- O que foi? Hein, príncipe? - Sorri.
- Mãe, o Bryan quebrou minha boneca. - Caity apareceu com a boneca sem cabeça na mão.
Olhei para o bebê, que deitou a cabeça em meu ombro.
- Isso mesmo, agrada sua tia, você sabe que ela não consegue brigar com você. - Bettany disse ajeitando a camisa de Bryan.
- Não consigo mesmo, você sabe que o seu filho é a coisa mais fofa do mundo. - O abracei.
- É mesmo, né? - Sorriu abobalhada.
Vi Caity revirar os olhos e voltar para o quarto.
- Amiga, mudei minha cozinha, você precisa ver, está linda. - Betty disse.
- Irei para a Paris amanhã, você sabe, mas prometo, que quando voltar, irei lá. - Garanti.
- Tudo bem. - Suspirou. - Falou com sua mãe?
- Fui lá ontem, papai está tão mal.
- Amiga, você tem que aceitar, já se passaram dois anos, o tratamento já não está mais fazendo efeito, temos que nos preparar para o pior.
- É, eu sei. - Abaixei meu olhar, tentando não pensar nessa realidade.
[...]
Justin e eu estávamos na torre Eiffel, o frio chicoteava nossos rostos, enquanto ficávamos abraçados, olhando a linda vista.
- Pega uma coisa no meu bolso, estou congelado. - Murmurou preguiçosamente.
- Folgado.
Desci minha mão até o bolso de sua jaqueta e tirei uma caixinha de dentro, o olhei confusa e ele sorriu.
- Que tal se você aceitar ser minha mulher, darmos irmãos para Caity e você ser minha pra sempre? - Pediu.
Um sorriso lento se formou em meus lábios e simplesmente o beijei.
Ele sabe que a resposta seria sim.

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Angel
FanfictionSurpresa! Algo inevitável aconteceu, duas almas carentes se encontram, mas não sabem que se completam. Angel luta para criar a filha, Justin luta para conquistar a confiança de seu pai, ambos buscam o sucesso, mas de modos diferentes. Viva a moda! Q...