Welcome back my angel

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    Caity POV:
O moço me levou para um quarto e uma tia apareceu.
- Olá, Caity, me chamo Anna. - Ela sorriu.
- Oi, tia. - Falei baixinho, eu queria minha mamãe.
- Eu vou ser sua babá, tudo bem?
- Cadê minha mamãe, tia? - Me encolhi na cama.
- Acho melhor ir tomar banho. - Ela se aproximou de mim, mas me afastei. - Está tudo bem, não vou te machucar.
- Tá. - Ela sorriu e começou a tirar minha roupinha.
O papai me deu esse vestidinho novo ontem, disse que eu fiquei igual uma princesinha.
Tia Anna me pegou no colo e me levou para o banheiro do quarto, fiquei olhando tudo, ela me colocou embaixo do chuveiro, a água estava quente e comecei a chorar me encolhendo e fugindo dela, mas ela me puxou novamente.
- Tá queimando, tia. - Gritei.
- Não grita, é falta de educação. - Ela deu um tapa no meu bumbum.
Chorei desesperada, mas ela continuava me dando banho.
- Já terminou? - O moço ruim apareceu na porta do banheiro.
- Estou terminando, Senhor. - Tia Anna disse.
- O papai comprou sorvete, filha. - Ele sorriu e me encolhi.
- Num quelo. - Murmurei. - Quelo minha mamãe.
- Quer saber? Acho que você precisa dormir e sem janta. - Ele disse e saiu dali.
A tia me tirou do chuveiro e me secou, sentia minha pele coçar, mas doía quando coçava. Quando voltamos pro quarto, ela vestiu meu pijaminha de morangos e eu deitei na cama, me encolhendo.
- Boa noite. - Ela disse e me tampou.
Não respondi, ela apagou a luz me deixando no escuro e chorei de novo, querendo minha mamãe e sentindo minha barriguinha roncar e doer.
Angel POV:
Eu escutava sua voz, aquela voz rouca que me acalmava. Sentia seus toques e escutava suas palavras. Queria abrir os olhos, mas eles pesavam e não respondiam aos meus comandos. Suspirei frustrada.
- Você está me ouvindo? - Ele perguntou e tentei apertar sua mão.
- Amor, você está viva! - Senti seus lábios nos meus. - Abra os olhos, meu anjo. - Ele pediu.
Tentei abri-los novamente, mas não conseguia.
- Vou chamar o médico. - Ele disse apressado.
E então o silêncio voltou, eu não sei se ouvi errado ou se era verdade que Noah havia pego a guarda de Caity, senti lágrimas escorrendo por meu rosto e minutos depois ouvi a voz de Justin e uma outra voz masculina. Senti uma mão segurar a minha.
- Aperte minha mão se estiver me ouvindo, Angel. - A outra voz pediu e fiz o que ele pediu. - Ok, agora quero que se acalme e relaxe, tente abrir os olhos devagar.
Suspirei e relaxei, forcei minhas pálpebras á se abrirem e quando finalmente consegui, uma pontada forte atingiu minha cabeça, gemi baixo com a dor e olhei tudo em volta, vendo Justin ao meu lado sorrindo.
- Bem vinda de volta, meu anjo.
- Jus.. - Tentei falar, mas minha garganta doeu.
- Traga um copo d'água e um advil, Rebecca. - O homem, que deduzi ser o médico, disse.
A moça morena saiu do quarto.
- Como se sente? - Perguntou colocando uma luz em frente ao meu olho, me examinando.
- Dor. - Murmurei.
- É normal, irei te medicar e logo irá aliviar um pouco. - Sorriu fraco e assenti.
Justin apenas me observava, logo a enfermeira voltou e me medicou.
- Vou deixar vocês sozinhos. - O médico disse e logo se retirou com a enfermeira.
Justin se aproximou de mim e se sentou ao meu lado na cama, sorri fraco e vi seus olhos marejados.
- Senti tanto medo de te perder. - Ele disse e acariciou meu cabelo.
- Estou bem.. - Falei com a voz fraca.
- Agora está. - Ele beijou minha testa.
- Caity.. - Murmurei.
- Ela está com Noah, o juíz deu a guarda provisória pra ele. - Ele suspirou.
- Quero minha filha.. - Falei com a voz embargada.
- Você precisa se acalmar, quando você melhorar iremos buscá-la. O juíz só deu a guarda por que achou que você não sobreviveria. - Ele explicou.
- Mas.. - Ouvi minha barriga roncar.
- Acho que você precisa comer. - Ele me interrompeu. - Vou ligar para Betty e pedir para ela trazer alguma coisa pra você comer.
- Tá.. - Cedi.
Ele pegou o celular do bolso e discou um número, segundos depois começou a falar.
- E aí, Bro. - Silêncio. - A Angel acordou, quis te ligar primeiro se não a Betty ia surtar, então venham pra cá e tragam algo pra Angel comer. - Silêncio. - Sim, ela está bem, venha logo. - Silêncio. - Vai se foder. - Ele desligou e soltei um risinho fraco.
- Problema resolvido. - Ele sorriu e guardou o celular no bolso.
Fiquei o olhando e ele me deu um selinho.
- Senti saudade. - Disse contra meus lábios.
Quando ia responder, senti uma forte ânsia de vômito, coloquei a mão na boca e Justin percebeu, pois pegou uma lata de lixo que tinha ali próxima á cama e me entregou, vomitei apenas líquido, pois meu estômago estava vazio.
- Melhorou? - Justin disse e assenti lhe entregando a lata de lixo, que ele colocou no lugar de antes.
Suspirei sentindo algumas pontadas na cabeça e Justin ficou me contando o quanto Caity estava cabisbaixa sem mim. Eu só rezava mentalmente para que ela estivesse bem.
Minutos depois, a porta foi aberta por Bettany entrando apressada com Ryan atrás.
- Puta que pariu, garota. - Ela se aproximou da cama e me abraçou com força.
- Oi. - Murmurei.
- Eu quase morri sem você. - Ela choramingou e a abracei de volta.
- Oi, Angel, trouxemos sopa. - Ryan se aproximou e beijou minha testa.
- Obrigada. - Sorri.
- Eu preciso te contar uma coisa. - Betty disse quando me largou.
- Ryan, vamos lá comprar um café. - Justin disse, parecendo já saber o que Betty iria contar.
- Mas..
- Mas nada. - Justin o puxou para fora do quarto.
- Amiga, eu estou grávida. - Betty disse sorrindo com os olhos marejados.
- Oh, meu Deus! - Falei alto e gemi de dor.
- Shh.. deixa pra comemorar quando estiver melhor. - Ela riu.
- O Ryan já sabe? - Perguntei baixo.
Não, eu não sei como contar. - Ela corou.
- Betty, ele vai ficar muito feliz. - Sorri.
- Eu não sei como contar, amiga. - Ela bufou.
- Eu não sei como ele não percebeu ainda. - Falei olhando sua barriga, vendo um pequeno volume se formando.
- Já faz mais de duas semanas que não transamos, dei a desculpa de que não estava no clima por sua causa.
- Duas semanas? Fiquei em coma por duas semanas? - Arregalei os olhos.
- Na verdade, duas semanas e meia.
- Eu não imaginava..
- Amiga, você precisa melhorar logo, precisamos ter Caity de volta.
- Ok, me contem logo que porra está acontecendo. - Ryan entrou no quarto.
Betty o olhou assustado e ele a olhava irado.
- Você está me traindo, Bettany? - Ele perguntou nervoso.
- O quê? Não! - Ela disse ofendida.
- Ryan.. - Chamei e ele me olhou. - Justin, me ajuda a sentar. - Ele correu até a cama e levantou a cama, deixando inclinada, me ajeitei e suspirei. - Vem cá. - Chamei Betty, que se aproximou de mim. - Ryan, há uma coisa que ela não estava com coragem de contar, existem muitas coisas que não sabemos como reagir ou como as pessoas irão reagir. - Sorri. - Desde que eu e Betty nos conhecemos, aprendemos a fazer as coisas juntas, a ajudar uma á outra, e desta vez não vai ser diferente. - Olhei para Betty que estava nervosa e levantei sua camisa até a altura dos seios. - Eu sei que desde que vocês se conheceram, sentiram algo diferente, algo que os dois nunca haviam sentido, vocês sentiram que podiam achar o amor um no outro. - Ouvi Betty chorando, Ryan ainda me olhava confuso. - Vocês devem achar que não existe amor maior do que o de um casal, mas eu digo que isso é mentira. - Acariciei a barriga de Betty. - Você será pai, Ryan, saberá do que estou falando. - Ele olhou para Betty e ela sorriu mordendo o lábio inferior.
- Eu.. - Ele disse confuso.
- Sim, amor. - Ela disse com a voz embargada.
Eu sentia as lágrimas escorrendo por meu rosto, mas ao mesmo tempo, senti um aperto no meu peito, queria minha filha comigo.
Ryan correu até ela e a abraçou forte.
- Eu te amo tanto. - Ele disse.
Justin se aproximou de mim com uma tijela de sopa.
- Obrigada. - Sorri e ele beijou minha testa, olhando para seu amigo que estava em êxtase.
Comecei a comer e a sopa estava realmente deliciosa, Justin acariciava meus cabelos e beijava o topo de minha cabeça algumas vezes.
Algumas horas depois, Betty e Ryan se foram, Justin ficou comigo e dormimos agarrados.
Caity POV:
Acordei com alguém me chacoalhando, abri meus olhinhos e vi o moço ruim.
- Bom dia, filha. - Ele sorriu.
Me encolhi na cama, sentindo minha barriga doer, estava com muita fome.
- Tio, eu to cum fome. - Murmurei.
- Vim te buscar para tomar café da manhã comigo. - Ele disse e mexeu no meu cabelinho.
- Quelo meu papai. - Pedi.
- Você é muito chata. - Ele revirou os olhos.
- Revilar os olhos é feio. - Falei.
- Você é igualzinha sua mãe. - Ele se levantou da cama. - Quer ficar sem comer novamente? - Neguei com a cabeça. - Então cala a porra da sua boca, pirralha.
Ele puxou meu bracinho e me pegou no colo, resolvi ficar calada, estava com medo e meu bracinho doía. O moço ruim saiu do quarto e me levou para a cozinha, onde tinha uma tia.
- Oi, Gracinha. - Ela sorriu pra mim.
- Não dê muita liberdade pra ela, ou será demitida na primeira semana. - O moço ruim disse.
- Desculpe. - Ela parou de sorrir.
- Vou sair para resolver algumas coisas, cuide dela enquanto Anna não chega.
- Sim, Senhor. - Ela disse e o moço ruim me colocou em uma cadeira.
Cocei meus olhinhos e quando o moço ruim saiu, a tia sorriu pra mim.
- Qual é o seu nome? - Perguntou.
- Caitlyn, mas pode me chamar de Caity. - Sorri.
- Hm, sou Paola. - Ela colocou um pedaço de bolo de chocolate na minha frente. - Fiz pra você.
- Obligada. - Falei sorrindo e peguei o bolo com a mão.
- Você terá que ser uma menina boazinha, tá bom? - Ela se sentou na minha frente e me deu uma caneca. - É leite com canela. - Ela disse explicando o que tinha na caneca.
- Tá, tia.
- Quando o Noah falar com você, apenas responda sim ou não, tudo bem? - Assenti tomando meu leitinho.
Eu gostei da tia Paola.  

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