Hearing closed

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  Angel POV:
Ao acordar, vi Justin sentado na poltrona ao lado da cama, digitava concentrado em seu notebook, que estava pousado sobre suas pernas.
- Bom dia. - Murmurei chamando sua atenção.
- Bom dia, meu anjo. - Ele sorriu e fechou o notebook, o colocando sobre a poltrona quando se levantou.
- Trabalhando? - Me sentei e me espreguicei gostosamente.
Tomei um banho escondido durante a madrugada, enquanto Justin dormia, me sentia bem mais relaxada apór ter me depilado e lavado os cabelos. Felizmente, por eles serem finos, já haviam secado.
- Um pouco. - Ele se aproximou de mim.
Sorri e fiz um biquinho para que ele beijasse, e assim o fez.
- Preciso escovar os dentes. - Falei quando ele tentou aprofundar o beijo.
- Imaginei que gostaria, comprei uma escova de dentes pra você, está no banheiro. - Justin beijou minha testa, em um gesto carinhoso.
- Me ajuda a levantar? - Pedi e ele me pegou no colo, me fazendo rir. - Justin! - Abracei seu pescoço e ele riu do meu desespero.
Justin me levou para o banheiro e me colocou no chão cuidadosamente, me olhei no pequeno espelho e suspirei, meus cabelos estavam bagunçados, por eu ter dormido com eles molhados, e meu rosto um pouco pálido.
- Você está linda. - Ele beijou minha bochecha e logo saiu do banheiro, fechando a porta e me deixando ter mais privacidade.
Peguei a escova rosa e coloquei um pouco de creme dental, escovei meus dentes calmamente, tirando todo aquele gosto horrível da boca. Ao terminar, lavei minha boca e meu rosto, me sequei na pequena toalha que havia pendurada ao lado da pia e fiz um coque no cabelo, estava mais apresentável.
- Está tudo bem? - Ouvi a voz de Justin do lado de fora.
- Está! - Respondi.
Saí do banheiro e ele me recebeu com um sorriso calmo.
- Estive falando com o médico antes e ele me garantiu que você receberia alta hoje mesmo.
- Sério? - Dei meu melhor sorriso.
- Sim, trouxe essas roupas pra você. - Ele me entregou uma sacola.
- Obrigada, mas por que não me deu para vestir no banheiro, Justin? - Arqueei a sobrancelha.
- Senti falta do seu corpo, meu anjo. - Ele me puxou pela cintura e roçou seu nariz no meu.
Não pude deixar de rir.
- Você não presta, Justin Bieber. - Ele sorriu e me deu um selinho.
- Troque de roupa. - Ele me largou e foi até a porta, a trancando.
- Aqui? - Perguntei um pouco envergonhada.
- Aqui. - Disse colocando o notebook sobre uma mesinha ao lado da poltrona e se sentando.
Suspirei e tirei a camisola do hospital, ficando nua, senti o olhar de Justin por todo o meu corpo, abri a sacola, pegando um conjunto de lingerie preto, vesti a calcinha primeiro e vi Justin passar a língua nos lábios. Em seguida, coloquei meu sutiã e Justin caminhou até mim, puxando minha cintura e cobrindo meus lábios com os dele. Coloquei minhas mãos em seus cabelos, senti falta de bagunçá-los entre meus dedos.
Fomos interrompidos por batidas na porta, Justin choramingou contra meus lábios e se afastou, puxei o vestido de dentro da sacola e vesti rapidamente. Justin caminhou até a porta e a abriu deixando com que o doutor Calvin entrasse.
- Bom dia, Angel, como se sente? - Perguntou sorrindo.
- Bem. - Retribuí o sorriso. - Ganharei alta hoje? - Perguntei esperançosa.
- A princípio sim, mas precisarei te examinar antes. - Disse. - Sente-se, por favor. - Pediu e me sentei na cama.
Justin se sentou na poltrona e ficou me olhando enquanto doutor Calvin me examinava. Após alguns minutos, finalmente estava recebendo minha alta.
- Você está ótima, mas precisa de repouso pelo menos por um dia. Tudo bem? - Franziu a testa me olhando interrogativamente.
- Certo, doutor, obrigada. - Sorri e desci da cama.
Ele se despediu após dar os papéis da alta e uma receita médica com o remédio necessário caso eu sentisse dor de cabeça.
- Vamos? - Justin perguntou se levantando e pegando seu notebook.
Peguei um par de sapatilhas que estava dentro da sacola e calcei, ajeitei meu cabelo e Justin segurou em minha mão, saímos do quarto e caminhamos pelo corredor com pressa, eu precisava sair desse hospital o mais rápido possível, respirar um outro ar.
Ao sairmos do grande edíficio, caminhamos até o carro de Justin, que estava estacionado no estacionamento. Ele abriu a porta do carro para mim e sorri em agradecimento, entrei e coloquei o cinto, o esperando fazer o mesmo.
- Tem um óculos no porta-luvas se você quiser. - Informou após dar partida no carro.
Abri o porta-luvas e peguei o ocúlos aviador, logo o colocando e me sentindo melhor, por esconder minhas olheiras.
Ficamos em um silêncio confortável, Justin entrelaçou sua mão na minha, deixando um beijinho nas costas dela.
- Estou com fome. - Choraminguei.
- Em casa comeremos, Betty fez compras ontem, disse que queria deixar tudo ajeitado pra quando você voltasse.
- É por isso que eu amo minha amiga. - Sorri.
- Ela sofreu muito vendo você lá. - Ele disse concentrado na estrada. - A via chorando toda hora.
- Somos muito apegadas e por ela estar grávida, está mais sensível. - Suspirei.
- É como eu e o Ryan, somos como irmãos. - Disse e sorri.
Ficamos em silêncio novamente, até eu me lembrar do motivo pela qual eu estava naquela cama de hospital.
- E o Christian? - Perguntei e Justin suspirou.
- Foi embora. - Foi só o que ele disse.
Resolvi não perguntar mais nada, pretendo esquecer o que Christian fez, mas não quero mais vê-lo.
Minutos depois, chegamos no prédio, Justin estacionou o carro e fomos para o elevador de mãos dadas. Não via a hora de estar em casa. Senti algumas lágrimas descerem por meu rosto, queria minha filha comigo. Ao chegarmos no apartamento, Betty levantou do sofá e correu até mim, me abraçando com força.
- Até que enfim você voltou. - Ela fungou.
- Senti saudade. - Murmurei.
- E aí, Angel. - Ouvi a voz de Ryan.
Me desvencilhei de Betty e abracei ele por alguns segundos, até Justin me puxar, com uma expressão emburrada no rosto.
Beijei sua bochecha rindo e ele me abraçou.
- O que tem pra comer? - Perguntou depois de beijar o topo de minha cabeça.
- Comprei alguns pãezinhos na padaria, ainda estão quentinhos. - Betty disse já me puxando para a cozinha.
Ao entrar no cômodo, me deparei com uma mesa cheia de pães, bolo, café e frutas.
- Bom, não deu tempo de fazer muita coisa. - Betty disse.
- Está ótimo, obrigada. - Sorri e me sentei.
Logo Justin e Ryan se juntaram a nós e começamos a tomar café da manhã. Fiquei em silêncio todo o tempo, pensando se Caity estava sendo bem tratada.
Meus pensamentos foram interrompidos pelo celular de Justin tocando.
- Com licença. - Disse e se levantou.
Justin POV:
- Bom dia, Justin. - Era a doutora Collins.
- Bom dia, Kourtney.
- Descobri que o juíz do caso não será o tio de Noah. - Disse animada.
- Graças a Deus. - Suspirei aliviado.
- Esta causa está quase ganha. - Ela disse.
- Eu espero mesmo, pelo dinheiro que estou te pagando, Caity já deveria estar conosco novamente.
- Não é bem assim, não posso confrontar a justiça. - Se defendeu.
- Ok, só faça o possível e o impossível.
- Estou fazendo, tenho minhas cartas na manga.
- Como assim? - Perguntei curioso.
- Ainda não posso dizer, mas te garanto que ganharemos essa causa.
- Espero. - Falei seco.
- Como está Angel?
- Bem, está em casa já.
- Fico feliz, diga que lhe mandei um abraço. - Ouvi vozes no fundo da ligação.
- Direi.
- Preciso desligar, outra hora ligo com mais notícias.
- Tudo bem.
- Espere. - Ela pediu e ouvi ela conversando com alguém. - Justin?
- Estou ouvindo.
- A audiência foi marcada para daqui 3 dias. - Informou.
- Ótimo. - Sorri. - Era só isso?
- Era, até logo. - Desligou e guardei o celular no bolso da calça.
Voltei para a cozinha e sentei ao lado de Angel novamente.
- Tenho boas notícias. - Disse chamando todas as atenções para mim. - Doutora Collins me ligou e disse que a audiência será em 3 dias.
Vi um grande sorriso se formar nos lábios de Angel.
- Já poderemos buscar Caity?
- Ainda não, meu anjo, provavelmente só depois da audiência. - Acariciei sua bochecha com o polegar.
- Bom, pelo menos ela vai voltar. - Suspirou.
- Isso mesmo, temos que pensar positivo. - Ryan disse e assentimos.
- Amor, vamos? - Betty disse.
- Vão aonde? - Perguntei após tomar um gole de café.
- Comprar algumas coisas para o bebê. - Ryan disse animado.
Estava feliz pelo meu amigo.
- Até mais tarde. - Betty disse se levantando.
- Até. - Angel sorriu calmamente.
- Valeu, Bro. - Fiz um toque de mão com Ryan.
Logo os dois se retiraram, nos deixando sozinhos.
- Estou cheia. - Angel suspirou.
- Gordinha. - Brinquei e ela me olhou.
- Eu não estou gorda. - Choramingou.
- Não, não está. - Beijei sua testa.
- Bobo. - Riu.
- Por você. - Falei a deixando corada.
- Hm, vou me deitar um pouco. - Disse se levantando.
- Está tudo bem? - Ela assentiu. - Vou pra casa tomar um banho e trocar de roupa, ok?
- Tá bom. - Ela sorriu e me deu um selinho.
Angel guardou as coisas da mesa e logo se retirou, comi o pedaço de bolo que estava no meu prato e terminei meu café, levei a louça suja na pia e logo fui para o meu apartamento.
Angel POV:
Eu entendo que precisava ter paciência, mas a saudade de Caity estava me matando. Ao sair da cozinha, fui para meu quarto e em seguida para o closet, tirei minha roupa e vesti minha camisola rosa, calcei uma meia nos pés e fui para a cama, virei de bruços abraçando o urso de Caity que estava ali.
Minutos depois, Justin entrou no quarto usando apenas uma calça de moletom preta.
- Uau, que bunda maravilhosa. - Senti seu corpo sobre o meu.
- Justin! - O repreendi.
- O que? - Sussurrou contra minha nuca. - Você é gostosa, meu anjo.
Fiquei em silêncio enquanto aproveitava a sensação de ter seus lábios beijando meu pescoço.
- Eu quero matar a saudade do seu corpo. - Sussurrou em meu ouvido. - Deixa?
Eu precisava me distrair com alguma coisa e Justin era a distração perfeita.
- Uhum.. - Murmurei.
Justin empurrou seu quadril contra a minha bunda, me fazendo sentir sua ereção.
- Gostosa do caralho. - Sussurrou entredentes em meu ouvido.
Bieber saiu de cima de mim e levantou minha camisola até a cintura, empinei um pouco minha bunda, sentindo um tapa estalado em seguida.
- Quer ser fodida, meu anjo? Hm? - Perguntou colocando minha calcinha para o lado.
- Quero. - Respondi, eu já não tinha mais vergonha.
- Pede pra ser fodida, pede. - Disse passando seu indicador entre meus lábios vaginais.
- Me chupa, Justin. - Pedi.
- Uou! - Soltou um riso malicioso. - Claro, meu anjo.
Em seguida, ele tirou minha calcinha, afastei minhas pernas e logo senti seus lábios em contato com minha intimidade, sua língua lambeu meu clitóris fazendo uma pressão gostosa. Logo senti dois dedos forçando minha entrada e se movendo devagar dentro de mim.
- Oh, Justin! - Gemi apertando o lençol.
- Isso, geme meu nome. - Ordenou e deu um tapa estalado na minha nádega direita.
Seus dedos agora se moviam com pressa dentro de mim, eu estava totalmente molhada e pronta para tê-lo dentro de mim.
- Você está tão molhada, amor. - Ele depositou um beijo em minha nádega e em seguida um chupão. - Você é minha. - Vociferou.
- Só sua.. - Murmurei sentindo seus dedos friccionarem meu ponto G.
Justin aumentou a velocidade de sua mão, fazendo um barulho excitante, por eu estar totalmente molhada pra ele. Afundei minha cabeça no travesseiro, sentindo meu orgasmo se aproximar. Bieber tirou seus dedos de mim, me fazendo suspirar frustrada, mas antes mesmo de eu dizer algo, senti sua boca me chupando com vontade. Não consegui segurar mais e gozei violentamente em sua boca, meu corpo mole e relaxado.
- Você é muito gostosa, meu anjo. - Apertou minhas nádegas.
- Justin, quero te chupar. - Falei.
Justin POV:
- Justin, quero te chupar. - Disse com a voz rouca.
Sorri satisfeito e me deitei, esperando que ela começasse seu trabalho no meu pau.
A observei se ajoelhar entre minhas pernas, por alguns segundos ela me olhou enquanto tirava a camisola, até se agachar e passar a língua na minha glânde. Em seguida, começou a me chupar devagar, enquanto masturbava a parte que não cabia em sua boca. Coloquei minha mão em seu cabelo, o enrolando entre meus dedos.
- Isso, meu anjo.. - Gemi a observando.
Porra, a visão dela com meu pau em sua boca e me olhando, era a 8° maravilha do mundo. Empurrei sua cabeça de leve e ela fez o que eu não esperava, colocou todo o meu pau em sua boca, fazendo uma garganta profunda, seus olhos agora se fecharam, enquanto sua língua me rodeava. Segundos depois, ela levantou a cabeça ofegante e me olhou com seus olhos verdes, que neste momento estavam cheios de luxúria. Olhei para os seus seios durinhos e ela sorriu maliciosa.
- Quer foder eles? - Perguntou com a voz mais sexy que eu já escutei em toda a minha vida.
- Porra, e como eu quero, meu anjo.
Ela alargou seu sorriso e colocou meu pau entre seus seios, os espremendo de leve, me fazendo uma espanhola deliciosa.
- Assim? - Perguntou e apenas assenti.
Inebriado demais para dizer alguma coisa. Eu estava focado na visão de ter meu pau entre seus seios, senti uma leve pressão em minha virilha, indicando que eu iria gozar.
- Angel.. - Gemi seu nome, com um tom desesperado.
Ela percebeu o meu gesto e tirou seus seios do meu pau, começando a me chupar rapidamente, não pude segurar mais e me permiti liberar meu gozo em sua boca.
- Você é delicioso, Bieber. - Ela disse após beber todo o meu líquido.
Sorri e passei as mãos no rosto, não acreditando no que Angel havia feito. Ela acordou safada pra caralho. E eu estava amando isso.
Senti seu corpo sobre o meu e pousei minhas mãos em sua cintura, sentindo ela se esfregar no meu pau.
- Você está bem tarada, hein? - Comentei e me sentei, ficando cara a cara com ela.
- Não é como se você não gostasse disso. - Sorriu e abraçou meu pescoço, acariciando minha nuca.
- Não estou reclamando, meu anjo. - Acariciei sua cintura. - Agora trate de meter meu pau em você, quero te deixar dolorida de tanto que vou te foder. - Ordenei e levei minhas mãos até seus seios, os apertando com força.
Ela gemeu baixo e posicionou meu pau em sua entrada apertada, senti ela descendo devagar enquanto jogava a cabeça pra trás, com os lábios entreabertos. Levei minha boca até um de seus seios e mordi seu mamilo de leve.
- Quica. - Falei e ela rebolou devagar no meu colo.
Voltei a me deitar, tendo a visão privilegiada de seus seios pulando enquanto ela quicava no meu pau, mexi meu quadril embaixo dela, a entocando mais fundo, Angel gemeu alto e me olhou, suas mãos foram pousadas em meu peito enquanto ela me olhava aumentando a velocidade das suas quicadas, acertei um tapa estalado em sua nádega e ela sorriu.
- Amo quando você me bate assim. - Sussurrou ofegante.
Acertei um outro tapa no mesmo lugar e apertei suas nádegas, mexendo meu quadril rápido e forte contra o seu. Sentia sua boceta se contrair toda vez que eu ia fundo dentro dela.
- Oh, Justin! - Gemeu e deitou sobre o meu peito, repousando sua cabeça na curvatura do meu pescoço. - Me fode, Bieber. - Sussurrou.
Ela rebolava devagar no meu pau, enquanto eu metia com força, acariciei suas costas com uma de minhas mãos, e pressionei meu indicador em seu ânus, ela estremeceu em cima de mim. Penetrei metade de meu dedo ali, diminuindo a velocidade das minhas entocadas em sua boceta, senti seus dentes no meu ombro, abafando os gemidos.
- Eu ainda vou foder isso aqui. - Falei mexendo meu dedo devagar.
- Fode agora. - Murmurou.
- Não, amor, não quero te machucar. - Tirei meu dedo.
Ouvi um suspiro sair de seus lábios e inverti nossas posições, ficando por cima dela, voltei a penetrá-la com força e a beijei com pressa, ambos gemendo contra os lábios do outro.
- Oh, shit! - Gemi sentindo mais uma vez aquela sensação em minha virilha.
Me ajoelhei entre suas pernas e acariciei seu clitóris com meu polegar, sua intimidade estava vermelha, o que indicava que estava sendo bem fodida.
- Justin! - Senti ela se contrair e a vi fechar os olhos, apertando seus lindos seios.
Fechei meus olhos me liberando dentro dela, ao mesmo tempo em que ela se entregava ao orgasmo. Caí ofegante sobre ela e senti sua mão acariciando meu cabelo.
- Você é fantástica. - Suspirei.
- Obrigada, você também.
A olhei, vendo seu rosto corado, mas não de vergonha, e sim por conta de seu recente orgasmo.
- Quer tomar banho agora? - Perguntei e ela negou fechando seus olhos. - Foi bem comida? - Ela assentiu ainda de olhos fechados e sorri.
Essa foi uma das melhores transas da minha vida.
Caity POV:
Tia Paola me deu Iogurte de morango, falou que eu deveria beber rápido, antes que o moço ruim chegasse, ele não gostava de mim. Sinto minha pele machucada, por que ele me belisca quando eu não quero chamá-lo de papai. Minha pele tinham bolhinhas, tia Anna brigava comigo quando eu tentava estourar as bolhinhas, mas a tia Paola era legal, passava pomada pra sarar.
- Caity, que merda, seu pai vai brigar com você. - Tia Anna disse quando eu derrubei o potinho do moço ruim no chão. - Você vai pegar esses cigarros agora. - Ela disse brava.
Abaixei meu olhar e me ajoelhei, quando fui pegar aquilo do chão, senti meus dedos queimando.
- Tá quente, tia. - Falei.
- Foda-se, ninguém mandou derrubar. - Ela se jogou no sofá.
- Mas tia..
- Que porra, garota. - Ela pegou um, o que ela chamava de cigarro, do chão e colocou no meu bracinho.
- Au! - Gritei começando a chorar.
- Cala a boca. - Disse brava e colocou de novo no meu bracinho.
- Anna, pode me ajudar aqui? - Ouvi tia Paola.
- Que saco. - Ela bufou. - Pega essas merdas do chão, antes que seu pai chegue.
[...]
Três dias se passaram e finalmente o dia da audiência havia chegado, minhas mãos suavam e meu coração palpitava em nervosismo.
- Calma, meu anjo, vai dar tudo certo. - Justin disse pela milésima vez naquele dia.
- Eu só preciso ter minha filha comigo novamente.
- Vai ter, Angel, te garanto. - Ele beijou minha testa.
Estávamos no meu closet.
- Vou deixar você terminar de se arrumar, te espero na sala.
- Tudo bem. - Sorri fraco e ele me deu um selinho, logo se retirando.
Vesti um vestido branco, com comprimento abaixo dos joelhos, coloquei um cinto marrom na cintura, para não ficar tão básico e sério, calcei uma rasteirinha simples e saí do closet levando uma bolsa marrom comigo, coloquei sobre a cama e fui até o espelho da cômoda, abri minha maleta de maquiagens e resolvi passar apenas um pouco de base, pó e blush na pele, destaquei meus cílios com um pouco de rímel e um batom rosado nos lábios. Caity gostava de rosa.
Betty e Ryan já estavam no tribunal, iriam ser minhas testemunhas, junto com Michael e alguém que doutora Collins não quis dizer. Justin não poderia depor, pois era meu companheiro.
Passei um pouco de perfume no pescoço e peguei a bolsa sobre a cama, deixei os cabelos soltos. Saí do quarto e encontrei Justin sentado no sofá, mexendo no celular.
- Vamos? - Chamei sua atenção.
Ele me olhou e levantou-se, saímos do apartamento, após eu dar uma leve afagada em pudim, ele sentia falta dela também. Fomos em silêncio para o carro e para o tribunal, ambos imersos em seus pensamentos. Ao chegarmos, fomos direto para a sala da audiência, onde encontramos doutora Collins com um sorriso confiante em seu rosto.
- Bom dia. - Nos saudou.
- Bom dia, Kourtney. - Falei e apertamos as mãos.
- Podemos nos sentar! Justin, peço que se retire, por favor. - Pediu com educação.
Ele me deu um beijo na testa e desejou "Boa sorte", logo se retirando. Nos sentamos na nossa mesa e logo vi Noah chegando com seu advogado. Ele sorriu e acenou a cabeça, mas o ignorei. O juíz chegou em sua mesa e se sentou, batendo o martelo.
- Silêncio. - Pediu e todos os burburinhos se calaram. - Caso pela guarda de Caity Blanc, os envolvidos são Angel Blanc e Noah Willians.
- Meretíssimo, temos algumas fotos para mostrar. - O advogado de Noah se pronunciou.
- Permissão concedida.
Os burburinhos se iniciaram e um telão se acendeu na parede, em seguida fotos de Caity com bolhas, queimaduras e cortes na pele, apareceram. Coloquei a mão na boca espantada e senti lágrimas escorrendo por meu rosto.
- Senhor, essas são fotos de quando Caity Blanc foi para a casa do meu cliente, segundo ele, o companheiro de Angel Blanc a maltratava junto com Bettany, amiga de Angel. - O advogado disse.
- Certo, o que a acusada tem a dizer? - Olhou para mim.
- Meretíssimo, ela nunca foi machucada, sempre lhe demos todo o carinho. Bettany sempre cuidou dela, Caity a ama. E sobre Justin, minha filha até o chama de pai, pois se apegou muito á ele. - Falei com a voz trêmula pelo choro.
- Quero ouvir as testemunhas. - Disse e mexeu em alguns papéis. - Senhorita Anna Karten. - Chamou.
Em seguida uma garota loira apareceu, se sentou na mesa e olhou para mim.
- Certo, o que tem a dizer sobre essas fotos?
- Foi eu mesma que bati, Noah até dormiu com Caity nos primeiros dias em que foi pra lá, a coitadinha estava assustada e só sabia chorar, pedindo para protegê-la.
Fiquei ouvindo aquela mulher contar um monte de mentiras para o juíz, pela primeira na minha vida, tive vontade de bater em alguém. Mas o que me espantava, era o olhar sereno de doutora Collins.
- Certo, ouvirei a testemunha da Senhorita Angel agora.
Bettany entrou me olhando com o olhar espantado, se sentou e o juíz a avaliou com o olhar.
- O que tem a dizer?
- Bom, meretíssimo, Caity nunca apanhou, posso te jurar isso. Angel e eu nos conhecemos desde a escola, moramos juntas á anos, meus pais nos ajudaram quando ela engravidou e foi expulsa de casa, Noah nunca quis a guarda de Caity, quis agora por que reencontrou Angel e ela não o quis mais. Caity foi um bebê indesejado por ele, tanto que fugiu quando descobriu sobre a gravidez.
- Isso é verdade, Senhor Noah? - O juíz perguntou.
- Eu senti medo, era muito jovem. Admito que fui irracional, mas agora estou tentando me redimir.
Bettany respondeu mais algumas perguntas e mais uma mulher, que eu não conhecia, apareceu como testemunha de Noah. Michael veio em seguida e o juíz o interrogou brevemente.
- Acabaram as testemunhas? - O juíz perguntou.
- Meretíssimo, temos uma última testemunha. - Doutora Collins disse.
- Certo, que venha.
- Senhorita Paola Hendins. - Kourtney disse e franzi o cenho, confusa, quando a mulher de cabelos negros entrou.
- Certo, quem é a senhorita?
- Sou empregada do senhor Noah. - Respondeu.
- Meretíssimo, tenho algumas imagens para mostrar para o senhor.
- Mostre-me.
A tela novamente se iluminou na parede, Caity aparecia brincando de boneca em um quarto, quando Anna entrou no mesmo e mandou que ela se levantasse para tomar banho. Em seguida, em outra câmera, Caity tomava banho chorando, enquanto Anna lhe lavava.
"Está quente, tia." - Gritava e Anna lhe deu um tapa na bunda.
As lágrimas escorriam por meu rosto, quando apareceu outra filmagem. Caity pegando cinzas de cigarro do chão e depois sendo queimada por Anna. Aquele mulher era um monstro.
Olhei para Noah, o vendo de olhos arregalados.
- E por fim, os cortes que apareceram nas fotos, eram feitos por estilete, toda vez que Caity pedia pela mãe ou não o chamava de pai, o senhor Noah fazia um corte ou a beliscava. - Paola explicava.
- Levem o senhor Noah e a Senhorita Anna para a cela agora mesmo. - O juíz ordenou e bateu seu martelo. - A guarda fica com Angel Blanc, audiência encerrada.

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