Livro 2 - Parte 1

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Três anos depois...

-Tem mesmo que ir?Sair assim no meio da noite?Não acha que poderia esperar até amanhecer e...

-Não eu não posso,desculpe. -Falava fechando os botões da camisa e amarrando o cabelo em seguida. -Viu meus óculos?

-Estão aqui. - Respondia a outra ainda entre os lençóis ,tirando-os da cômoda que ficava próxima a cama que estavam.

-Obrigada. - Os recebeu levantando em seguida.

-Você está bem?

-Sim,porque? -Perguntou sem muito interesse enquanto seguia para a porta.

-Porque esse não é o tipo de expressão que estou acostumada a ver depois de transar.

-Oh,não!Não pense que eu não...quer dizer...foi muito bom,você é linda...é só,minha cabeça...-Balbuciava tentando se explicar.E a outra, que por sua vez percebia o nervosismo tratou de deixa-la confortável.

-Não se preocupe.As vezes não estamos nos nossos melhores dias,não é mesmo?Bem...espero ter conseguido te fazer relaxar um pouco.

Em resposta ela apenas deu um sorriso curto e finalizou:

-Foi um prazer conhecê-la Lilly. 

-O prazer foi todo meu.  

 Melanie ainda pôde ouvi-la ,mas deixou o ambiente sem mais nada acrescentar

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 Melanie ainda pôde ouvi-la ,mas deixou o ambiente sem mais nada acrescentar.Saiu para o carro e partiU  em direção ao seu apartamento recém comprado no Harlem.E se vendo  dentro dele,ainda cheio de objetos encaixotados,ela se atirou ao sofá,livrando-se dos sapatos,levou as mãos até a cabeça e respirou fundo.Sabia que as poucas horas de sono que lhe sobravam seriam em claro.

Por fim,ligou a TV e passou os canais procurando algo decente para ver,ou que pelo menos a ajudasse a esquecer o que fizera anteriormente.Pela segunda vez em dois meses havia quebrado uma promessa importante para si.

***

Depois do ocorrido em Toronto,de ter finalmente se recuperado fisícamente, Melanie foi levada de volta aos EUA,por Adan.Suas condições psicológicas não a permitiam trabalhar ou ficar sozinha,principalmente naquela casa,ou naquela cidade que tudo lembrava Allie e seus momentos juntas.Tanto o irmão como os amigos temiam por sua segurança.

Extremamente abalada,ficara dias sem falar mais que o necessário,comia com dificuldade e seu semblante era sempre abatido.Vivia perdida em pensamentos,inerte,sem interesse em mais nada.Adan precisou elaborar uma história fantasiosa para mãe e os demais irmãos,sobre um surto momentâneo,o qual não sabia exatamente a ligação,e fora também, a única pessoa com quem ela conseguia se abrir e dialogar por um período mais longo de tempo.

A HER lamentou perde-la,toda a equipe apreciava seu dom para o ofício. PG e Debora ,mesmo distantes,sempre tentavam manter contato por emails ou rápidas chamadas,e conseguiam dela  arrancar  alguns sorrisos.

EM PEQUENAS DOSESOnde histórias criam vida. Descubra agora