Acasos

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João estava apertado no trabalho durante aquela manhã. Pedro faltara mais uma vez e ele teve que cobrir o amigo em uma reunião. Tudo correu bem, no fim, mas ainda tinha algumas dúvidas do que repassaria para o sócio quando ele resolvesse voltar a trabalhar. Por este motivo correu atrás de Nat assim que deixou a sala onde estavam reunidos, ela havia saído primeiro, ele ficara para se despedir da banda com a qual haviam discutido um contrato.

Só conseguiu alcança-la quando já estavam na saída do prédio.

- Nat! - gritou para o outro lado da rua, onde ela conversava com uma mulher.

A advogada virou-se ao ouvir seu nome, e acenou para João, que pediu - com a mão - para que ela fosse até ele.

- Fala, João.

- Eu só queria saber se posso ficar com os papeis do contrato para mostrar ao Pedro. Eu sei que tenho permissão para assinar, mas acho melhor deixar o chefe por dentro de tudo.

- Ah, claro, João.

- Quem é a moça? - ele perguntou olhando para a mulher que continuava na outra calçada, Nat tirou os documentos da pasta e entregou a João para depois seguir seu olhar - Ela parece nervosa.

- Provavelmente está. - Nat respondeu com um suspiro - Eu me mudei recentemente, ela é minha vizinha, o marido bate nela. Pedi que ela me encontrasse longe de casa para tentar conversar, arrancar algo. Casos como esses são os meus preferidos.

João ouvia a explicação da advogada ainda olhando para a mulher que estava de cabeça baixa.

- Ela não me é estranha. - pensou alto.

- Você a conhece? - Natália ergueu uma sobrancelha.

- Não sei. Qual o nome dela?

- Não seria muito ético da minha parte te dizer, não é? Acabei de contar algo sério pra você. - disse sorrindo.

- Oh, eu não quis ser intrometido, Nat. Só fiquei intrigado, eu realmente achei ela parecida com alguém, só não me lembro.

- Tudo bem. Bom, tá aí os documentos, eu preciso ir. - Natália deu as costas, mas antes que pudesse realmente dar um passo, olhou para trás e suspirou. - O nome dela é Bianca.

***

- Ah! Pê!

- Mais baixo, Karina. Vai acabar acordando a Angel.

- Não para, seu idiota!

Pedro riu do desespero da mulher e voltou a enterrar o rosto entre suas pernas.

A barriga de Karina os atrapalhava na hora do sexo, fazia umas boas semanas que não transavam convencionalmente, tudo o que rolava eram alguns dedos e língua. Ele adorava dar prazer à loira, mas ele nunca parecia totalmente satisfeita, estar grávida aumentara a líbido dela enormemente.

Pedro segurava as coxas dela em torno de seu rosto, e brincava com a língua no clitóris inchado da mulher. Ela gemia, tinhas os dedos agarrados ao lençol que cobria o colchão. Estava quase lá...

- Pê! Chupa mais for-forte.

Quase lá... E o telefone tocou.

- Deixa tocar! - Karina gritou quando sentiu Pedro afrouxar as mãos que seguravam suas pernas - Isso!

Ele aumentou a velocidade dos seus movimentos e sentiu Karina se derramar em sua boca.

Ele levantou e olhou para a mulher relaxada em sua cama, sorriu, lhe beijou a testa, e caminhou até o celular que não parava de tocar.

Eu vou tenta conserta vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora