Completos

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- Ângela! Cadê a sua irmã? - Karina estava parada na porta do quarto que as filhas dividiam, as mãos na cintura, expressão séria.

- Eu não sei. - respondeu sorrindo sapeca.

- Você sabe. Quantas vezes vou ter que dizer para não escondê-la. Ela não é uma de suas bonecas, filha. - a mulher fazia o discurso enquanto caminhava pelo quarto procurando a mais nova em todos os cantos. Embaixo da cama, atrás da porta, no banheiro. E por fim, dentro do guarda roupas, onde a encontrou.

Luna estava sorrindo para mãe, claramente cúmplice de Ângela na brincadeira.

A menina, que agora tinha pouco mais de um ano e estava começando a dizer as primeira palavras, jogou-se nos braços da mãe, chamando por ela.

- Vocês duas ainda me matam do coração!

- Eu ouvir matar do coração? - agora foi a vez de Pedro aparecer ao pé da porta - Só eu posso matar a mãe de vocês do coração. Estão me sabotando?

- Suas filhas, por favor, explique pra elas que é perigoso essas brincadeira de esconde esconde dentro dos móveis. Você é o preferido, talvez elas te escutem. - entregou a filha menor nos braços do homem que ria junto com Ângela.

Karina odiava quando eles faziam isso, sempre de segredinhos contra ela. Bem capaz de ser ele quem ensina os locais para as meninas brincarem.

- Você anda muito esquentadinha, não é, Angel?

- Muito, mamãe.

- Vocês dois me odeiam.

Pai e filha riram juntos mais uma vez e a garota andou até a mãe, abraçando-a nas pernas, onde sua altura alcançava.

- Nós amamos a senhora.

- Não sei se acredito nisso. - a loira fez marra, cruzando os braços.

Pedro andou até ela, com Luna agarrada ao seu pescoço, e lhe beijou rapidamente os lábios.

- Nós amamos, não tivemos escolha, né filha?

- É!

- Ok, eu também amo vocês. Agora é hora do banho, as duas. E depois cama.

- Aaah não! Eu ainda preciso brincar com o Dobby. - a mais velha retrucou.

- Você faz isso amanhã. Já esta tarde, vamos...

Karina logo puxou a pequena dos braços do pai, enquanto ele ficou com mais velha. Era impossível descrever a bagunça que os quatro faziam no banheiro durante aquele banho. Mas logo as duas estavam adormecidas como se não fossem as maiores pestinhas da história. Ângela em sua cama, Luna em seu berço, ao lado da irmã.

- Eu ainda não acostumei com a beleza delas. - o pai babão falou, observava as filhas dormir com um sorriso orgulhoso.

- Você é um coruja. - Karina riu se aninhando nos braços do marido, que a envolveu em um abraço apertado.

- E você também! - ele acompanhou o riso.

- Como não ser? Olha pra elas!

- Nossos pedaços mais bonitos.

- Sem dúvidas.

- A gente podia fazer outro pedaço, né? - olhou para a mulher sorrindo maliciosamente.

- De novo isso, Pê? Essas duas me esgotam, não sei como consegue pensar em mais!

- Não custa tentar. - deu de ombros.

- Bom, fazer outro pedaço agora eu não sei, mas podemos treinar...

- Concordo plenamente! - Pedro falou rapidamente, fazendo Karina rir ainda mais, ele quebrou o abraço e segurou a mão da mulher enquanto dava um beijo na testa de cada uma das filhas. A loira repetiu o gesto do marido logo em seguida.

- Boa noite, lua.

- Boa noite, anjo.

Disseram juntos antes de sair do cômodo. Luzes apagadas, mais uma noite. Juntos, felizes, completos.

Eu vou tenta conserta vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora